Extrema-direita alemã promete encerrar fronteiras e promover “remigração”

O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) aprovou este domingo um programa eleitoral que inclui promessas de encerrar fronteira, “remigração” de imigrantes, a saída do euro e a reintrodução do serviço militar obrigatório.

Num momento em que as sondagens lhe dão os melhores resultados desde há um ano e a colocam como segunda força nas eleições de 23 de fevereiro, a AfD aprovou o programa no congresso, que também nomeou a sua co-líder Alice Weidel como candidata oficial a chanceler nas eleições de fevereiro. “Estamos a ficar cada vez mais fortes”, exclamou Weidel no final do congresso.

O programa adotado este domingo inclui o polémico termo “remigração”, cunhado por extremistas de direita e neonazis para designar a expulsão em massa de migrantes e pessoas com raízes estrangeiras.

A AfD afirma oficialmente que “remigração” se refere apenas à expulsão de imigrantes ilegais por meios legais, mas o termo é frequentemente utilizado nos círculos de extrema-direita como a expulsão de cidadãos de outras culturas.

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Apesar do facto de a candidata Weidel ter uma mulher como companheira, com quem é mãe de dois filhos, os delegados votaram a favor da inclusão no programa de que a família tradicional, “pai, mãe e filhos”, é a célula básica da sociedade. Votaram também contra a vacinação obrigatória para o sarampo das crianças em idade escolar na Alemanha.

O Congresso aprovou ainda a criação de uma nova organização juvenil integrada no partido, depois de terem aumentado as tensões com a Alternativa Jovem (JA), classificada como extremista pelas autoridades alemãs em 2023.

De acordo com as sondagens mais recentes, a AfD está a gozar da sua maior popularidade desde há um ano, com uma subida de dois pontos no último mês para 21-22% nas intenções de voto.

O partido, que conta com o apoio explícito do magnata Elon Musk, um aliado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ficaria atrás apenas do bloco democrata-cristão de Friedrich Merz, que se situa nos 30%.

Luís Montenegro e Domingos Castro correram na São Silvestre de Espinho

Luís Montenegro, primeiro-ministro de Portugal, e Domingos Castro, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, foram dois dos milhares de participantes na 10.ª edição da São Silvestre de Espinho, que se realizou este domingo.

O líder da FPA, eleito em outubro passado, foi convidado pelos autarcas locais para correr a prova de 10 quilómetros, enquanto o primeiro-ministro, que tem forte ligação a esta cidade, onde já residiu, participou na caminhada de cinco quilómetros. No final, imperou a boa disposição e foram muitas as solicitações para fotos e autógrafos.   

A São Silvestre de Espinho esteve inicialmente agendada para dia 5 de janeiro, mas foi adiada para este domingo devido às más condições climatéricas que afetaram o território na data inicialmente prevista. O clima desta vez foi propício e milhares fizeram a festa pelas ruas da cidade de Espinho, sendo esta 10.ª edição da São Silvestre desta localidade uma das mais participadas de sempre.  

Dionísio Castro, irmão gémeo de Domingos Castro, foi igualmente um dos ex-atletas de elite que se associaram a esta São Silvestre que teve início às 10h00 e contou com três provas diferentes: a corrida de 10 km com cronometragem oficial aberta a todos os atletas federados e não federados, e duas provas sem caráter competitivo – uma caminhada de 5 km e uma minicorrida com cerca de 300 metros, para as crianças. 

Luís Oliveira, do Recreio Desportivo de Águeda, (30.31) e Joana Nunes, do CD São Salvador do Campo, (36.57) foram os vencedores em seniores masculinos e femininos, respetivamente.

Nacional 🆚 Porto | Dragão perde o rumo mesmo sem nevoeiro

Nacional 🆚 Porto | Dragão perde o rumo mesmo sem nevoeiro

Grande surpresa na Choupana. Desta feita o nevoeiro não apareceu, pelo menos no terreno de jogo. Na equipa portista a ideia foi que pelo menos os “dragões” jogaram sob um impenetrável manto de névoa que lhes impedia de ler o jogo, antecipar os lances ofensivos do Nacional e gizar jogadas de ataque. os insulares marcaram dois golos numa primeira metade em que os da Invicta não registaram qualquer disparo. No segundo tempo os visitantes criaram perigo, mas o os anfitriões nunca perderam verdadeiramente o controlo dos acontecimentos.

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Jhonatan perto de reforçar o Pakhtakor de Pedro Moreira

Jhonatan está em vias de ser reforço do Pakhtakor, do Uzbequistão, sabe Record. O guardião brasileiro está a ultimar a saída do Rio Ave, primeiro, mas já com vista a uma mudança para o emblema treinado pelo português Pedro Moreira.
O processo está de tal forma encaminhado que o guarda-redes já nem sequer foi convocado para o jogo da Taça de Portugal, frente ao Casa Pia, no qual, em condições normais, seria até titular. A expectativa é que Jhonatan viaje já nas próximas horas para tratar dos derradeiros detalhes e assinar contrato com o novo clube. Deste modo, chega ao fim a ligação de longa data ao Rio Ave. De modo a suprir a baixa na hierarquia da baliza, é expectável que os vila-condenses ataquem o mercado.

De notar, ao nível do mercado de transferências, que Amine e Pantalon também têm via aberta para sair de Vila do Conde. Confirmando-se a saída da dupla, assim como a rescisão do Hassan, poderão ser quatro as peças do núcleo mais experiente a deixar o clube, resistindo nomes mais rodados como Aderllan Santos e Vítor Gomes.

Por Pedro Morais

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Guerreiro foi o melhor português na sétima etapa do Dakar

Gonçalo Guerreiro (Red Bull) foi o melhor piloto português na sétima etapa da 47.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, que se disputa até dia 17 na Arábia Saudita, ‘madrasta’ para três portugueses.

Luís Portela de Morais (GRally), Ricardo Porém (MMP) e António Maio (Yamaha) foram forçados a abandonar. Já o piloto da equipa júnior da Red Bull terminou na 30.ª posição da geral, quarto da categoria Challenger, de veículos ligeiros, a 30.51 minutos do vencedor, o brasileiro Lucas Moraes (Toyota) e imediatamente à frente de João Ferreira (MINI), que foi 31.º.

Nos Challenger, Gonçalo Guerreiro foi quarto, a 4.46 minutos do vencedor do dia, o norte-americano Cobin Leaverton (Red Bull), e manteve o segundo lugar da classificação da categoria para protótipos entre os veículos ligeiros.

Luís Portela Morais (GRally), da mesma categoria, foi forçado a desistir com problemas mecânicos logo após a partida para a etapa deste domingo, com 419 quilómetros cronometrados, em redor de Al-Duwadimi.

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“É um sentimento de enorme frustração de incapacidade nem sei bem descrever. O mais importante é que eu e o [navegador] David Megre estamos bem e fizemos tudo para conseguir continuar”, escreveu Portela de Morais nas redes sociais.

Também Ricardo Porém (MMP) se viu fora de prova, depois de ter tido problemas mecânicos na etapa da véspera. O piloto de Leiria chegou ao acampamento só esta manhã, já com a sétima etapa em andamento.

Rui Carneiro (GRally) foi nono, Mário Franco (Franco Sport) 12.º e Maria Luís Gameiro (X-Raid) 35.ª. Na geral, Gonçalo Guerreiro é segundo classificado, a 30.37 minutos do líder, o argentino Nicolas Cavigliasso (BBR), Mário Franco é 18.º, Maria Luís Gameiro 28.ª e Rui Carneiro 34.º.

Nos SSV, para veículos ligeiros derivados de série, o melhor representante nacional foi João Monteiro (South Racing), na quinta posição, a 13.34 minutos do vencedor, o argentino Jeremias Ferioli (Can-Am). João Dias (Santag) foi 11.º e Alexandre Pinto (Old Friends) o 12.º.

Na geral, Pinto mantém o quarto lugar, a 2:39.29 horas do comandante, o norte-americano Brock Heger (RZR). João Monteiro é, agora, o 10.º, apesar dos problemas elétricos sofridos nas primeiras etapas. João Dias é 24.º.

Já na categoria principal dos automóveis, a Ultimate, o único representante nacional, João Ferreira (MINI) teve este domingo um dia menos positivo depois do segundo lugar da véspera.

O piloto natural de Leiria, de 25 anos, era o segundo a partir para a pista, pelo que sentiu mais dificuldades de navegação, até porque a etapa de domingo tinha percursos diferentes para os carros e as motas.

A somar a isso, um erro no roadbook [livro com as indicações do percurso] fornecido pela organização fez com que cerca de uma dezena de concorrentes andassem algum tempo perdidos por volta do quilómetro 150, incluindo o piloto português.

A organização acabou por reconhecer o erro e devolver o tempo perdido.

Lucas Moraes acabou por vencer, com 7.41 minutos de vantagem sobre o sueco Mattias Ekstrom (Ford) e 9.28 sobre o norte-americano Mitchel Guthrie (Ford).

João Ferreira perdeu 30.55 minutos mas mantém o nono lugar que ocupava à partida da etapa. O português está, agora, a 1.58,25 do líder, o sul-africano Henk Lategan (Toyota), que este domingo viu os adversários aproximarem-se perigosamente. O saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota) está agora a 21 segundos, com Ekstrom a 10.25 minutos. Al-Attiyah é o quarto, a 21.57.

Nas motas, o australiano Daniel Sanders (KTM) voltou a vencer uma etapa, a quarta deste ano, incluindo o prólogo.

Rui Gonçalves (Sherco) foi o melhor português, na oitava posição, a 8.46 minutos de Sanders. Outro herói do dia foi o espanhol Edgar Carnet (KTM), estreante de apenas 19 anos, que terminou na segunda posição, a 3.36 minutos de Sanders. O espanhol Tosha Schareina (Honda) foi terceiro, a 3.47.

Bruno Santos (Husqvarna) foi 37.º num dia em que se viu confirmado o abandono de António Maio, devido a problemas na embraiagem da sua Yamaha no decurso da sexta etapa, no sábado.

“Não era isto que eu queria dizer, mas de facto esta aventura para nós terminou e de que maneira. A etapa de ontem (sábado) era mesmo muito longa e começou logo com uma avaria ao quilómetro dois, com uma vela partida. O Mário Franco trouxe-me a vela, mas quando ele chegou já tinham passado bem mais de duas horas. Parti e o receio passou a ser terminar a etapa de noite. Tentei vir o mais rápido possível e estava a rolar bem quando, por volta do km 550, já de noite e a faltarem 50 para terminar a especial, fiquei sem embraiagem. No meio do nada onde eu estava, não havia nada a fazer e começou a outra parte da aventura”, contou António Maio esta manhã depois de ter chegado a Al Duwadimi.

O piloto alentejano, militar da GNR, teve de passar a noite no deserto saudita, só conseguindo regressar ao acampamento esta manhã.

“Um helicóptero [da organização] atirou-nos um saco de comida e água, para mim e para um indiano que também tinha ficado próximo. Tivemos de procurar os mantimentos de noite e encontramos tudo espalhado no meio das dunas. Depois foram mais duas horas à espera do camião vassoura. Seguiram-se mais de 16 horas no camião à procura de caminho para aqui, no meio daquelas dunas. Foi uma noite sem dormir nada, mas já cá estou, a mota já aqui está”, contou ainda.

Na geral, Sanders tem, agora, 15.33 minutos de vantagem sobre Tosha Schareina, da equipa Honda gerida pelo português Ruben Faria, e 26.07 sobre o francês Adrien Van Beveren, também da Honda.

Rui Gonçalves subiu ao 13.º, a 2:21.38 horas. “Foi mais um dia longo mas senti-me bem desde o início, com um ritmo muito rápido em algumas secções. Também houve muita navegação, pelo que era essencial manter-me concentrado”, disse o piloto transmontano, que rodou “sozinho na maior parte do tempo”.

Nos camiões, o lituano Vaidotas Zala (Iveco), navegado pelo português Paulo Fiúza, foi segundo classificado, a 09.34 minutos do vencedor, o checo Ales Loprais (Iveco). Na geral, Fiúza é oitavo.

Segunda-feira, os pilotos enfrentam 739 quilómetros entre Al-Duwadimi e Riade, capital da Arábia Saudita, 487 deles cronometrados.

Populistas alemães Aliança de Esquerda dizem ser alternativa à extrema-direita

A candidata do partido populista alemão Aliança de Esquerda, Sahra Wagenknecht, apresentou-se este doming como “alternativa séria” à extrema-direita, com a qual partilha a parte da política de migração e a crítica ao apoio à Ucrânia.

“Nós somos a alternativa séria e é por isso que nos pusemos a caminho”, disse Wagenknecht num discurso em Bona (oeste), que acolhe o segundo congresso federal do partido desde a sua fundação, há um ano.

A mês e meio das eleições legislativas de 23 de fevereiro, Wagenknecht foi recebida como uma estrela pelos membros, que acenaram com os ecrãs dos telemóveis iluminados, antecipando a sua entrada na sala.

A candidata, cujo partido está em quinto ou sexto lugar nas sondagens e poderá ficar de fora do novo parlamento, procurou, no seu discurso, realçar as suas diferenças em relação à Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, com a qual está a competir pelos eleitores.

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Chamou à candidata de extrema-direita Alice Weidel uma “fã submissa” do magnata norte-americano Elon Musk e sublinhou que o seu partido não se opõe apenas à fraude dos beneficiários da segurança social, mas também dos mais ricos. Acusou também o AfD de ser a favor do rearmamento militar e de atuar como vassalo dos Estados Unidos.

No entanto, centrou a maior parte do seu discurso no risco de o apoio militar à Ucrânia desencadear uma guerra com a Rússia — o tema central do seu partido — e descreveu qualquer forma de apoio militar a Kiev como belicista.

Em particular, denunciou a guerra que começou com a invasão russa como uma resposta aos interesses económicos de Washington, que, por sua vez, são prejudiciais para a Europa. “Os Estados Unidos não estão a agir por respeito ao direito internacional”, sublinhou.

“Por amor de Deus, não acreditem nessas tretas. O que está em causa são os interesses comerciais das empresas americanas”, afirmou. Wagenknecht também destacou, entre as prioridades do seu partido, o custo de vida, a recessão económica e os sem-abrigo.

Depois de ter sido fundado há um ano, o partido obteve excelentes resultados nas eleições regionais da Saxónia, Turíngia e Brandeburgo, em setembro passado, com 11 a 16% dos votos, e entrou em governos regionais de coligação.

Segundo a sondagem “Politbarómetro”, publicada pelo canal público ZDF na sexta-feira, e a sondagem INSA para o Bild, no sábado, o partido ficaria com 4% nas eleições de 23 de fevereiro.

O bloco conservador liderado por Friedrich Merz (30 %) continua a ser o favorito, seguido da extrema-direita (21-22 %), enquanto os sociais-democratas liderados pelo chanceler Olaf Scholz (14-16 %) disputam o terceiro lugar com os Verdes (13-15 %).

Oposição a Maduro condena ataque ao consulado em Lisboa

A oposição venezuelana condenou este domingo “energicamente” o ataque de sábado ao Consulado Geral da Venezuela em Lisboa, por considerar que põe em causa a convivência pacífica entre o povo português e a diáspora venezuelana.

Num comunicado divulgado nas redes sociais, o Comando Com a Venezuela (CCV), liderado pela opositora Maria Corina Machado, diz confiar que os culpados pelo atentado venham a ser responsabilizados.

“O CCV – Portugal condena veementemente o ataque ao Consulado da Venezuela em Lisboa, um ato que afronta a ordem pública, a segurança e a convivência pacífica entre o povo português e a diáspora venezuelana”, explica a organização em comunicado.

No documento, divulgado na conta oficial do Comando Com a Venezuela na rede X, a oposição venezuelana sublinha apoiar “a posição do Governo português, que classificou o ato como intolerável e reforçou a necessidade de respeitar a inviolabilidade das missões diplomáticas”. “Confiamos nas autoridades para uma investigação rigorosa que responsabilize os culpados”, afirma.

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Por outro lado, o CCV — Portugal reitera o seu compromisso “com a promoção da harmonia social e condena qualquer tipo de violência, porque foi ela que levou milhões de venezuelanos a fugir do seu país”.

O Consulado Geral da Venezuela em Lisboa foi atingido no sábado à noite por um engenho explosivo, que não causou vítimas ou danos de maior, segundo disse à agência Lusa fonte da PSP.

Segundo as autoridades, pelas 22h00 uma pessoa atirou “uma espécie de cocktail molotov improvisado contra uma parede” da representação diplomática da Venezuela em Lisboa, que estava fechada àquela hora.

O Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, condenou o ataque ao Consulado Geral da Venezuela, considerando tratar-se de um “ato intolerável” e tendo determinado um reforço imediato da segurança no local.

Este episódio aconteceu depois de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter tomado posse na sexta-feira para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das últimas eleições presidenciais.

Nos últimos dias, têm ocorrido manifestações nas ruas de várias capitais internacionais contra a tomada de posse de Maduro. Em Portugal, realizaram-se na quinta-feira manifestações contra o Governo de Maduro, em simultâneo, nas cidades de Aveiro, Porto, Faro, Beja, Lisboa e Funchal.

BE alerta que seria “errado e contraproducente” excluir jovens do acesso a médico de família

O BE alertou este domingo que seria “errado e contraproducente” excluir jovens saudáveis do acesso a médico de família, considerando que este grupo etário é dos que mais beneficia da função de prevenção da doença dos cuidados primários.

Em declarações à Lusa, a deputada do BE Isabel Pires manifestou “alguma estranheza” perante as declarações do presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH).

Em entrevista à Antena1 e ao Jornal de Negócios, divulgada este domingo, Xavier Barreto defende que, perante o cenário atual de escassez de médicos de família, “faz sentido escolher” quem tem acesso e quem não tem ao médico de família, excluindo, por exemplo, os jovens sem comorbilidades, sem doenças e sem fatores de risco para dar prioridade a pessoas mais velhas, com mais doenças.

“Quando nós falamos de acesso aos cuidados primários, estamos a falar, em grande parte, de promoção de saúde e de prevenção da doença. E, desse ponto de vista, parece-nos que retirar ou tirar acesso a pessoas mais jovens é bastante contraproducente com este objetivo de promoção da saúde e de prevenção da doença, porque são uma das faixas que mais podem beneficiar ao longo da sua vida com este acompanhamento desde muito cedo”, contrapôs a deputada do BE.

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Isabel Pires reconhece que existe um problema de falta de médicos de família, mas contrapõe que a solução não pode passar por “retirar acesso a determinadas franjas da sociedade”.

“Retirar jovens que, eventualmente, possam ser saudáveis dessas listas, parece-nos errado, porque há um papel de promoção da saúde e de prevenção da doença que, em particular nessa faixa etária, é muito relevante esse acompanhamento”, disse.

Na entrevista ao programa Conversa Capital, Xavier Barreto defende que essa deveria ter sido uma “medida de prioritária de implementação” e que é necessário questionar o Governo “porque é que não avançou”.

Pelo contrário, o BE defendeu um caminho oposto para resolver o problema da escassez de médico de família, acusando o executivo de não estar a resolver a questão essencial.

“Precisamos de mais médicos, precisamos que os médicos sintam valorizada a sua carreira, precisamos que sejam bem tratados no Serviço Nacional de Saúde e que tenham incentivos para aí ficar, nomeadamente os médicos de família. É um alerta porque nos parece um pouco perigoso, um pouco contraproducente entrarmos neste tipo de propostas e devemos ir pelo caminho exatamente contrário”, considerou.

Vítor Bruno lamenta “entrada totalmente ao lado” e “primeira parte desastrosa” do FC Porto

Vítor Bruno assume que a entrada e a primeira parte do FC Porto no reatamento do jogo com o Nacional, que os dragões perderam, por 2-0 – falhando o assalto à liderança do campeonato -, ficaram muito aquém.

“Primeira parte desastrosa, entrada totalmente ao lado”, lamenta o treinador portista, em declarações à Sport TV, após a partida.

Os dragões não fizeram um único remate na primeira parte, durante a qual Vítor Bruno admite que o Nacional “quis ganhar mais”. Era a oportunidade de terminar a primeira volta na liderança isolada da I Liga: “Não soubemos dar a resposta que tínhamos de dar.”

“Uma equipa que quer ser campeã tem de ter outros argumentos, tem de abordar o jogo de outra forma, tem de ter outra mentalidade, outro tipo de caráter. Tem de perceber que o jogo não se ganha apenas no talento, mas no compromisso”, sublinha, já em conferência de imprensa.

Análise: “Primeira parte desastrosa, entrada totalmente ao lado. Na primeira jogada o Nacional põe-se na frente, faz o segundo golo de bola parada. Depois, Nacional mais contundente, mais forte nos duelos, e nós com muitas dificuldades em chegar à frente e ligar o nosso jogo. Segunda parte diferente, a equipa atirou-se ao jogo. Tivemos três ou quatro lances para fazer golo e reentrar no jogo. Não conseguimos, mas fomos sempre à procura, até ao fim. Tentámos, não com grande lucidez, clareza ou qualidade, criámos lances suficiente para reabrir o marcador. Não conseguimos. O Nacional pelo que fez na primeira parte ganha bem.”

Substituições antes do intervalo: “Tínhamos sempre um plano alternativo. Lançámos unidades a partir de fora, também mudámos ao intervalo. O jogo estava a pedir isso e não hesitámos. Volto a dizer, tivemos três ou quatro lances claros, na cara do guarda-redes, para fazer golo. Depois o Nacional fecha-se bem, estaciona na sua área. Eles quiseram muito ganhar e nós na primeira parte não quisemos tanto como eles.”

Porto acusou pressão do ataque à liderança? “Podemos especular de forma que quisemos. Não soubemos dar a resposta que tínhamos de dar, uma equipa não estava há tanto tempo em primeiro e podia dar um sinal forte hoje. Não conseguimos, mas estamos a um ponto do primeiro lugar. Vamos a entrar agora na segunda volta, há 17 jogos para jogar e só dependemos de nós para ser campeões. Agora, temos de dar passos em frente na mentalidade, não chega agora estar a chorar. Temos de perceber que o Nacional foi muita forte na primeira parte, na mentalidade que teve, que nós não tivemos. Isso tem de ser traduzido de forma operacional no campo, em duelos, em vontade, em ganhar primeiras bolas, segundas bolas, em atacar de forma contundente a última linha adversária. Fomos demasiado macios perante um Nacional que quis muito ganhar.”

Contestação dos adeptos, com lenços brancos: “É normal. Querem muito ganhar, como nós queremos muito a ganhar. Sentem-se frustrados por não termos conseguido chegar ao primeiro lugar. Tiveram apoio fantástico durante o jogo, agora no final temos de aceitar a insatisfação deles.”

Alan Varela: “Pelo menos uma semana vai ter de ficar parado.”

Está um capacete no chão: porquê e o que deve fazer

Há toda uma cultura ligada a andar de mota. Há códigos que os motociclistas costumam usar – um deles é deixar o capacete na estrada. É provável que alguns leitores não saibam, mas há toda uma cultura associada a quem anda de mota. Uma ligação especial, se quiser. No meio desse mundo muito próprio, até há sinais, códigos específicos entre os motociclistas. Um deles é quando está uma mota parada na berma de uma estrada e um capacete pousado, muitas vezes na própria estrada. Direitinho, ali, sozinho. O SlashGear começa por tranquilizar: não, em princípio não foi o capacete que

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