Já foi vítima de bullying? Inquérito é feito a professores
Para traçar o retrato das situações de bullying que afetam os professores nas escolas, a “Missão Escola Pública” promove inquérito. Pretende-se avaliar a dimensão do fenómeno: não só de violência de alunos sobre docentes, mas também de coação por parte de pais e de assédio laboral, por parte das direções escolares.
Saber até que ponto os professores são vítimas de bullying em ambiente escolar, é o objetivo do inquérito, o primeiro do género enviado esta segunda-feira para os mais de 800 agrupamentos escolares.
Trata-se de uma iniciativa da “Missão Escola Pública”, que procura, assim, saber em que ponto está “a questão da indisciplina e a questão do bem-estar dos professores, uma vez que têm sido indicadas no que diz respeito à atratividade da carreira”, sublinha à Renascença a porta-voz do movimento.
Cristina Mota defende que “ninguém melhor do que os professores podem responder sobre o que se passa nas salas de aula”.
Os docentes são, por isso, convidados a dedicar cinco minutos para responder às questões. O questionário é feito online, é anónimo e a data limite para responder é 26 de janeiro.
Os professores são confrontados com perguntas sobre se foram vítimas de agressões por parte de alunos, se foram apenas verbais ou se também foram físicas. Há também perguntas sobre se os docentes sofreram coação de outros elementos da comunidsde educativa.
Cristina Mota salienta que nas escolas sente-se “um grande desgaste dos professores relativamente à indisciplina e às agressões por parte de alunos”, mas não há elementos suficientes para traçar um retrato.
Esta responsável sublinha ainda que ao movimento chegam relatos de colegas sobre “situações de assédio laboral, mas não só, também há relatos que visam pais e encarregados de educação”.
São situações que no entender de Cristina Mota têm “passado despercebidas, daí o inquérito da Missão Escola Pública nesta altura”.