O cacauzinho da preguiceira, para quem não tem nem paciência nem tempo

Estava aqui a pensar no presente que havia de dar aos meus leitores — dentro das minhas possibilidades, como agora se diz — e calhei num que deve dar jeito à maioria das pessoas: tempo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue – nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.

Criar valor com os valores olímpicos

Li, há dias, o livro Ramalho Eanes: Palavra que conta, fruto de uma entrevista ímpar de Fátima Campos de Ferreira. A dado passo, o general Ramalho Eanes referiu-se a uma “liderança míope” dos EUA porque estes “não se empenharam em conhecer bem a Rússia e, talvez menos Putin”. Lembrou, por contraste, que os mesmos EUA, “para a pacificação e democratização do Japão, tiveram o cuidado de encomendar um estudo sobre esse país à antropóloga Ruth Benedict.”

Noutra passagem, sobre o como responder ao desafio da vida, Eanes lembra que “há que aprender, permanentemente, com os outros e com o que os outros nos podem ensinar.” De súbito, com as devidas adaptações, lembrei-me do barão Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, cujo projecto de paz através do desporto assentava muito na ideia de que só conhecendo o próximo, só com ele convivendo, aprendendo e dialogando, só procurando conhecer os seus valores, a sua cultura, é que melhor o percebemos e consequentemente respeitamos, mesmo que estejamos em pólos divergentes.

No mesmo livro, Eanes aflorou os “valores” da União Europeia (UE) e não resisti a um novo paralelo com o desporto, noutra escala: recordei-me de um desafio que me foi lançado, pela Comissão Europeia, em 2018, para no Fórum Europeu do Desporto, em Sófia, partilhar reflexões sobre a promoção dos valores europeus através do desporto. E não me restaram dúvidas de que praticar, ver e viver o desporto contribui para a identificação com os valores em que se funda a UE, conforme o Tratado: os “valores do respeito pela dignidade humana, da liberdade, da democracia, da igualdade, do Estado de direito e do respeito pelos direitos do Homem, incluindo os direitos das pessoas pertencentes a minorias”.

Esta sinergia entre o desporto e a vida de cada um e entre os valores que o desporto pode transportar para a vida global hodierna é algo que me envolve há muito. Por isso, orgulho-me de termos, no Governo, em 2012, lançado o Plano Nacional de Ética no Desporto (PNED), ainda hoje vigente. Mas creio que essa sinergia pode e deve ser potenciada, sendo que outras leituras da semana passada reforçaram tal convicção: refiro-me ao que li dos manifestos eleitorais dos sete candidatos à presidência do Comité Olímpico Internacional.

Nesses documentos, um dos denominadores comuns é a constatação do papel do desporto face à instabilidade e tensão do globo, com guerras, terrorismo, crises, pobreza. E a percepção de que os valores do desporto são vitais para a unidade, a compreensão, a solidariedade, a tolerância, a coexistência pacífica entre os povos. Para a participação e diálogo, num quadro de multiculturalismo. A noção de que o desporto ensina, entre outros, o valor do trabalho em equipa e o respeito pelas regras, com esperança, resiliência, ambição, busca do sucesso. O desporto, que pode ser um antídoto para lógicas nacionalistas, proteccionistas e populistas. Não posso estar mais de acordo com tais visões.

Merecem-me, portanto, aplauso, as propostas de envolver múltiplos actores na expansão dos valores olímpicos, designadamente os atletas, os media, os estabelecimentos de ensino e os patrocinadores. Numa visão de futuro, que aproveite a Inteligência Artificial e que convoque a juventude. Inserindo os valores em todos os documentos e estratégias. Pela “marca olímpica”, ou não significassem os Jogos Olímpicos a junção dos cinco continentes. E sem medo de, com os valores, criar valor, gerar negócio. Ganha o olimpismo. Ganha o mundo.

Balanço de 2024: Leões históricos na inédita tripleta em andebol

O Sporting teve um ano de sonho, com a conquista de uma inédita tripleta, quebrando a hegemonia do FC Porto, vindo de quatro títulos consecutivos no Campeonato.

Por Alexandre Reis

Deixe o seu comentário

7h. SNS24. Criança encaminhada para urgência fechada

O olhar de José Manuel Fernandes e Helena Matos para os principais acontecimentos do dia. Programa aberto à participação dos ouvintes que quiserem dar a sua opjnião. Basta inscreverem-se pelo 910024185. Todos os dias às 10h10 na Rádio Observador.

Moçambique. Venâncio Mondlane anuncia nova fase de protestos

O líder do partido moçambicano Podemos, Venâncio Mondlane, anuncia uma nova fase nos protestos em curso no país co, mudança de alvos.

“O nosso alvo vai ser um alvo muito certeiro: ministérios,
governos provinciais, governos distritais, órgãos eleitorais, sedes do partido
Frelimo, Presidência da República”, enumera, numa publicação nas suas redes sociais.

O segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais em Moçambique promete revelar o seu plano em detalhe na segunda-feira.

“Vamos explicar como é que vamos fazer isso”, diz, antecipando que “não
vão ser lojas, não vão ser supermercados, não vão ser fábricas, não vão ser
camiões. Nada disso”.

Mondlane acusa a Frelimo de recorrer à violência para tentar responsabilizar os contestatário e o Podemos: “Já sabemos que agora vamos afastar tudo isso, porque nunca
teve nada a ver connosco e agora está claro que seu partido Frelimo que fez
isso.”

O líder da oposição diz que a nova fase de protestos vai prolongar-se até 15 de janeiro, o dia previsto para a tomada de posse do novo Presidente.

6h. Tiroteio Viseu: Suspeito continua a monte

O olhar de José Manuel Fernandes e Helena Matos para os principais acontecimentos do dia. Programa aberto à participação dos ouvintes que quiserem dar a sua opjnião. Basta inscreverem-se pelo 910024185. Todos os dias às 10h10 na Rádio Observador.

A lua é um planeta Não, mas há astrónomos confusos

Tal como a Terra, a nossa lua é redonda e tem uma superfície sólida e rochosa. Tecnicamente, não é um planeta (pelo menos de acordo com a NASA e a União Astronómica Internacional), mas alguns astrónomos não se convencem. De acordo com a União Astronómica Internacional (IAU) – a mais importante autoridade mundial em astronomia -, um objeto tem de cumprir quatro critérios para ser um planeta. Tem de estar em órbita ao redor de uma estrela (como o Sol); tem de ter massa suficiente para assumir uma forma quase esférica; tem de ter eliminado da sua órbita todos os

Balanço de 2024: Sporting a rugir na Europa em hóquei em patins

Portugal voltou a mostrar em 2023/24 que tem o melhor campeonato do Mundo.

Por Rafael Godinho

Deixe o seu comentário

Palcos da semana: orquestras, experiências, Redol e muita festa

Música em três… dois… um…

Da “Roma Portuguesa” em preparativos para capital cultural até aos grandes festejos algarvios de pé na areia e temperatura amena, vai todo um rol de festas para a contagem decrescente, com muita música para harmonizar com fogos-de-artifício de meia-noite. Eis algumas – quase todas gratuitas e na rua – para partir rumo a 2025.

A de Lisboa está nas mãos do mestre José Cid, velho conhecido destes festejos na Praça do Comércio. O Porto também chama um veterano para as boas entradas nos Aliados: Rui Veloso. Em Portimão, é Martinho da Vila o anfitrião. Albufeira entrega-se a uma Carpe Nox encabeçada pelos Xutos & Pontapés e cheia de drones. Richie Campbell em Lagos e Calema em Monte Gordo são outras sugestões algarvias.

Subindo no mapa, encontramos Dino D’Santiago à beira-mar em Sines, os The Gift no Fim de Ano Azul de Setúbal e a soul de Aurea destacada para a festa almadense junto à junto à Fragata D. Fernando II e Glória. Beja entretém-se com Ivandro, Leiria recebe os GNR, Coimbra vira-se para Matias Damásio e Pete Tha Zouk, a Figueira da Foz tem Slow J, Guimarães convoca Os Azeitonas e Braga conta com Fernando Daniel para a dupla celebração que é entrar em 2025 e assumir a pasta de Capital Portuguesa da Cultura.

Danças com 2025

Depois das badaladas, a Orquestra do Algarve está de abalada para uma digressão movida a polcas, valsas, danças eslavas e outras. Está na altura de cumprir a tradição de saudar o novo ano com um programa musical festivo. Desta vez, são as Danças do Império Austro-Húngaro a marcar-lhe o passo. Martim Sousa Tavares, maestro titular do agrupamento algarvio, dirige a interpretação de pautas assinadas por Brahms, Dvorák e Johann Strauss Jr.

O novo ano é uma Experience

Por falar em ano novo, que entre em cena a Lisbon Film Orchestra, que está sempre preparada para a ocasião com a sua música emoldurada por imagens de filmes e séries.

Primeiro, leva à Figueira da Foz partituras que vão d’O Padrinho aos Beatles (Hey Jude), passando pelos Abba de Mamma Mia!, pela saga de 007 e pelas canções de Assim Nasce Uma Estrela.

Depois, amplia o cineconcerto para o nível de toda uma Experience à medida da Meo Arena, onde se estreou com sucesso no ano passado e à qual regressa com repertório renovado, vários convidados e a promessa de uma imersão sem paralelo no universo sonoro da sétima arte. As vozes de Patrícia Duarte, Vânia Blubird e Diogo Beatriz Santos juntam-se ao agrupamento dirigido, desde sempre, por Nuno Sá.

Pinheirinho coroado

Se hoje temos árvores de Natal enfeitadas dentro de casa, bem podemos agradecer ao rei-artista. Terá sido ele, D. Fernando II, o primeiro a montar uma no país. Em meados do século XIX, trouxe da Áustria essa tradição. Desde 2019 que tem sido recuperada milimetricamente no Salão Nobre do Palácio da Pena, onde está à vista uma reprodução fiel do pinheiro original.

Embora pertencesse à realeza, era pequeno e enfeitava-se com a simplicidade de maçãs, pêras e romãs, a par de velas, figuras e brinquedos – elementos decorativos que sempre que possível, foram feitos nos mesmos materiais da época e com técnicas artesanais. Junto ao Pinheiro da Pena – que será desmontado no Dia de Reis, como manda a praxe – estão gravuras do próprio D. Fernando II que testemunham a popularidade da árvore no seio da sua família.

Redol, sonhos e o programa em volta

Inquietações e procuras, entre noites vazias de sonhos e dias em que se sonha acordado. É neste limbo que se encontra Constantino, Guardador de Sonhos, a peça que O Teatrão se prepara para estrear, com dramaturgia de João Gaspar, encenação de Isabel Craveiro e interpretação de Eva Tiago, João Santos e Margarida Sousa.

Foi um projecto que implicou um mergulho nas profundezas da obra de Alves Redol (no título original, Constantino, Guardador de Vacas e Sonhos) e, por extensão, nos meandros do movimento neo-realista português.

Daí à criação de um todo um programa paralelo – “de diferentes actividades que nos ajudam a pensar porque é que viver, simplesmente, não nos basta”, explica o grupo – foi um passo alargado. A saber: uma exposição Neo-Real com peças do Museu do Neo-Realismo, outra em itinerância por escolas (Alves Redol: Horizonte Revelado), conferências sobre o Real Social, oficinas, Leituras ao Domicílio e um clube de leitura Em Voz Alta para adolescentes.

Constantino, Guardador de Sonhos
Carlos Gomes

Balanço de 2024: Benfica festeja penta no voleibol e Sporting dá luta

A temporada de 2023/2024 fez do Benfica pentacampeão nacional, feito que só o Técnico (década de 40) e Sp. Espinho (anos noventa) tinham conseguido.

Por Record

Deixe o seu comentário
1 11 12 13 14 15 670