Aumentam casos de “bullying” sobre professores e há “sensação de impunidade”

No dia em que chegou aos mais de 800 agrupamentos de escolas o inquérito sobre “bullying” dirigido a professores, a Renascença falou com o presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), que sublinha que um estudo deste género tem como objetivo “confirmar aquilo que é a perceção pública”.

Manuel Pereira, que está no setor da educação há mais de 40 anos, não tem dúvidas em afirmar que, “à medida que os anos vão passando, cada vez há mais situações de alunos que faltam ao respeito aos professores e a todos os profissionais de educação em geral”.

Por outro lado, Manuel Pereira refere que, “muitas vezes, os encarregados de educação não tomam as medidas necessárias e, em alguns casos, eles próprios têm dificuldades em proteger-se desse tipo de comportamento dos seus educandos”.

Este diretor não tem dúvidas em dizer que “a situação tem vindo a agudizar-se nos últimos anos, não é geral, mas há muitas escolas onde estas situações acontecem regularmente”.

Professora fala de agressão: “Foi muito difícil lecionar quando tinha um aluno a provocar-me”

Nestas declarações à Renascença, este dirigente escolar admite que a falta de professores em certas escolas é justificada pelos alunos difíceis que as frequentam, porque “professores informados não querem trabalhar nessas escolas, porque sabem que é muito difícil trabalhar e que boa parte das aulas são passadas a tentar pôr regras na sala”.

Manuel Pereira acrescenta que “todos nós conhecemos situações destas e percebemos as dificuldades que os professores têm, em alguns casos, em fazer o seu trabalho de forma produtiva”.

Escolas não têm mecanismos para travar o mau comportamento

O presidente da ANDE admite que as escolas não têm mecanismos legais para tomar decisões que possam limitar algum tipo de comportamento menos correto.

A este propósito, Manuel Pereira sublinha que o Estatuto do Aluno “não dá instrumentos às direções das escolas, nem aos professores para poderem tomar atitudes ou decisões que de alguma forma possam limitar algum tipo de comportamentos”.

Este dirigente escolar lamenta que “não haja mecanismos legais para poder parar determinado tipo de mau comportamento nas escolas”, que muitas vezes, admite “é mesmo ‘bullying’ contra profissionais de educação, sabemos que isso existe”.

Manuel Pereira denuncia ainda a “sensação de impunidade por parte de jovens e às vezes por parte de alguns adultos, que sabem ou que percebem que quase podem fazer tudo”.

Nestas declarações à Renascença, o presidente da ANDE admite que “para além da suspensão que o Estatuto do Aluno permite, quando não há solução e quando os pais não tomam as medidas que devem tomar, aquilo que sobra à escola é apenas entrar em contacto com o Ministério Público. Depois, conclui Manuel Pereira resta “esperar que (o Ministério Público) faça alguma coisa junto das famílias”.

Sondagem coloca Montenegro seis pontos à frente de Pedro Nuno, mas com empate técnico

A AD mantém tendência de crescimento ao registar 32,9% das intenções de voto face aos 26,9% do PS, de acordo com a sondagem encomendada à Pitagórica pela TSF, o JN, a TVI e a CNN Portugal.

É uma diferença de seis pontos percentuais, mas tendo em conta que a margem de erro é de cerca de 5 pontos percentuais, pode apontar-se ainda assim para um empate técnico. Foram realizadas para esta sondagem 400 entrevistas telefónicas.

A sondagem mostra uma subida de 4,1% para a AD — de 28,8% obtidos nas legislativas de 2024 para os 32,9% — enquanto o PS desce 1,1% — passa de 28% para 26,9%.

O Chega também demonstra uma tendência de queda de 1,8 pontos — de 18,1% votos obtidos nas legislativas para 16,3% nesta sondagem —, ao passo que tanto a IL como a CDU registam uma subida ligeira de 0,8%. Os liberais passam de 4,9% para 5,7%, enquanto que os comunistas sobem de 3,2% para 4%.

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Nas descidas, BE e Livre caem 0,1%. O partido de Mariana Mortágua passa de 4,4% para 4,3% e o de Rui Tavares de 3,2% para 3,1%. Já o PAN afunda 6 décimas, de 2% para 1,4%.

A mesma sondagem aponta também para uma perceção positiva da atuação do governo de Luís Montenegro, com 62% dos inquiridos a aprovar o trabalho do executivo e apenas 32% a reprovar. 6% não sabe ou não responde.

O primeiro-ministro regista também uma taxa de aprovação de 53% (com 38% dos inquiridos a dar-lhe má nota), valores muito acima daqueles obtidos por Pedro Nuno Santos (59% dá nota negativa face a 31% positiva) e André Ventura (69% de nota negativa versus 26% de nota positiva).

A Taça da Liga deixou pistas para o resto da temporada de Benfica e Sporting. A derrota na Choupana deixará o quê para o futuro do FC Porto?

Já os dragões falharam o assalto ao primeiro lugar, com uma derrota que aumenta a contestação em torno de Vítor Bruno. Ainda o feito do O Elvas na Taça ou o arranque de Conceição no Milan. Emissão conduzida por Pedro Barata.

O futebol é um jogo simples que muita gente complica. Por isso vamos analisá-lo e descomplicá-lo com a ajuda de quem sabe. Todas as semanas, Tomás da Cunha e Rui Malheiro vão explicar tudo sobre os jogos e as equipas de futebol em Portugal e lá fora. Acompanhe o podcast da Tribuna Expresso.

Brilhou nas bolas paradas, mandou calar as críticas, fez uma “assistência” de cabeça: Fenerbahçe de Mourinho soma terceira vitória seguida

Ano novo, vida velha… mas com um novo e redobrado espírito. Após o empate com o Eyupspor que deixou o Fenerbahçe a oito pontos do líder Galatasaray na Liga turca, José Mourinho foi sujeito a uma intervenção cirúrgica à vesícula, esteve em recuperação mas voltou com toda a energia aos trabalhos em Istambul, com um triunfo em casa com o Hatayspor que acabou com muitas críticas ao trabalho da arbitragem.

“Jogámos bem, dominámos do primeiro ao último minuto, criámos várias oportunidades. É estranho que o jogo tenha acabado 2-1, podia ter acabado 6-1, 7-1 ou 8-1. Estou feliz com o jogo que fizemos mas não com as oportunidades que desperdiçámos. Atingimos uma vitória clara. Se as cores das camisolas fossem diferentes, o jogo podia ter acabado 11 para oito mas sabemos o quão tóxica é a liga em que jogamos. Os nossos adversários sabem e sentem isso. Sabem como jogar contra nós e contra outros. Deviam ter havido cinco vermelhos nos últimos dois jogos que fizemos”, começou por dizer o técnico, que apontou também à comunicação social do país por considerar que não escrevia sobre os alegados favorecimentos do Galatasaray.

“Porque é que têm medo de dizer a verdade, porquê? Porque é que fazem estas perguntas e tentam esconder a verdade? Do que é que as pessoas têm medo neste país? Eu sei que vocês são jornalistas, eu também podia ter sido jornalista. Do que é que têm medo? Vocês pensam que a diferença de pontos é apenas por causa do futebol jogado? Então digam a verdade, não perguntem. Tenho aprendido algumas palavras em turco, aprendo algumas que ouço o tempo todo. Ontem [no jogo do Galatasaray] ouvi muito uma palavra: ‘escândalo, escândalo, escândalo’. Enfim, aprendi uma palavra nova”, acrescentou o português.

Durante a última semana, já depois de um comunicado do Fenerbahçe a defender o treinador pelas críticas de alguns comentadores televisivos, a formação de Istambul voltou a vencer para a Taça da Turquia diante do Kasimpasa mas Mourinho tinha dado nas vistas na véspera… quando jogava o Galatasaray. “Caro Miguel Crespo, espero que estejas bem e que as tuas caneleiras sejam de carbono”, escreveu nas redes sociais por uma entrada mais dura no encontro em que o Basaksehir empatou a dois para a Taça da Turquia. No reencontro para a Liga, o rival de Istambul venceu e voltou a alargar o avanço para o Fenerbahçe para 11 pontos, colocando a partida de José Mourinho frente ao Konyaspor como (ainda mais) decisivo pelo título.

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O encontro tinha menos de 30 segundos e, apesar de ter ficado com o pontapé de saída, o Fenerbahçe já perdia: recuperação a meio-campo, bola na profundidade para a referência ofensiva Kramer e assistência na diagonal curta para Pedrinho rematar cruzado por baixo de Livakovic para o 1-0. Logo de seguida houve uma oportunidade flagrante para o empate, com Tadic a cabecear sozinho na pequena área ao segundo poste por cima, mas era a formação da casa que continuava a aproveitar a entrada em falso dos visitantes no capítulo das transições defensivas para criar perigo mais uma vez pelo esloveno Blaz Kramer, a seguir sem oposição pelo corredor central e a ganhar espaço para um remate travado com dificuldades por Livakovic.

O conjunto de José Mourinho, que começou de início com Dzeko e Youssef En-Nesyri na frente, sabia que o Konyaspor não perdia em casa desde agosto, quando o Galatasaray passou pelo recinto, mas também soube perceber aquele que seria o calcanhar de Aquiles do adversário: as bolas paradas. Em dois cantos, um à direita e outro à esquerda, a equipa de Istambul marcou outros tantos golos e fez a reviravolta para 2-1 com Mert Müldür (14′) e Çağlar Söyüncü (25′) a aproveitarem as facilidades de marcação concedidas na área para mudarem aquilo que estava a ser o caminho da partida, algo que só não ficou mais definido porque Dzeko falhou na área o 3-1. Não marcou o Fenerbahçe, marcou o Konyaspor: em cima do intervalo, Blaz Kramer apareceu sozinho entre os centrais contrários e desviou de cabeça um cruzamento da esquerda (44′).

Ficava tudo em aberto para o segundo tempo, com as duas equipas a darem mostras de que poderiam chegar de novo à vantagem e com as oportunidades a sucerem-se junto de ambas as balizas. Aí, acabou por ser mais forte o conjunto de José Mourinho: Jakub Slowik teve um passe errado em zona proibida, Tadic conseguiu roubar a bola a um central adversário e depois só teve de escolher o lado para marcar o 3-2 a meia hora do final da partida. A intensidade manteve-se, os protestos da equipa da casa a pedir a expulsão de Dzeko por uma entrada perigosa na canela e um penálti com consequente expulsão de Kostic por atingir um adversário com o braço na área incendiaram ainda mais o ambiente mas o Fenerbahçe não mais perderia a vantagem, passando num dos terrenos mais complicados da Liga turca para reforçar o segundo lugar na Liga, tendo um momento “alto” ao fazer uma assistência de cabeça na zona técnica para um lançamento lateral.

Acordo de cessar-fogo em Gaza “à beira” de ser concluído, diz Biden

O cessar-fogo entre Israel e Hamas, na Faixa de Gaza, e o acordo de libertação de reféns estão à beira de se concretizar, declarou esta segunda-feira o Presidente norte-americano.

Joe Biden sublinha que a sua administração está a trabalhar com urgência para tentar fechar um entendimento.

Os mediadores entregaram esta segunda-feira a Israel e ao movimento palestiniano Hamas um esboço final do acordo para acabar com a guerra na Faixa de Gaza, iniciada a 7 de outubro de 2023.

O documento foi apresentado após um avanço nas negociações que contaram com representantes de Joe Biden e com o Presidente eleito, Donald Trump, indicam fontes citadas pela agência Reuters.

Uma delegação do Hamas disse esta segunda-feira que as negociações de cessar-fogo em Gaza estão a progredir bem, afirmou o grupo em comunicado após uma reunião com o emir do Qatar.

Fonte oficial israelita confirma que as negociações estão numa fase avançada e que a libertação de 33 reféns em posse do Hamas fará parte do acordo.

Carlos Moedas alerta para aumento da violência nos crimes cometidos em Lisboa

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), manifestou-se esta terça-feira preocupado com a insegurança na capital, sublinhando que dispõe de informação de que os crimes têm sido cometidos com “cada vez mais violência”.

“Sempre estive preocupado com a segurança em Lisboa desde há três anos. Algo que é claro nos relatórios é que os crimes que são cometidos, são cometidos com mais violência”, afirmou o autarca, salientando que em 2010 existiam oito mil polícias e atualmente são 7.700.

Carlos Moedas, que falava esta tarde aos jornalistas à margem da cerimónia da Abertura do Ano Judicial, que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça, em Lisboa, recusou-se a comentar os episódios mais recentes de violência ocorridos na zona do Martim Moniz, assim como a polémica operação da PSP, ocorrida em 19 de dezembro, na Rua do Benformoso.

Presidente da Junta de Santa Maria Maior diz que manifestação contra operação da PSP é apadrinhada por “populistas” e “wokistas de esquerda”

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“É uma pergunta que tem de ser feita à polícia e aos protocolos da polícia. Para mim, como presidente da Câmara estarei ao lado daquilo que é a segurança na cidade”, apontou.

Desacatos ocorridos no domingo na Rua do Benformoso, no Martim Moniz, causaram sete feridos, todos estrangeiros em situação regular no país.

Em 19 de dezembro, uma operação policial ocorrida na mesma rua gerou polémica, após terem sido divulgadas imagens de dezenas de imigrantes encostados às paredes dos prédios, para serem revistados.

A operação resultou na detenção de duas pessoas e já teve como consequência a abertura de um inquérito por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna e uma queixa à provedora de Justiça, subscrita por cerca de 700 cidadãos, entre eles deputados do PS, Bloco de Esquerda e Livre.

Já este sábado, milhares de pessoas participaram numa manifestação contra o racismo e xenofobia, denominada “Não nos encostem à parede”, em protesto contra a atuação da polícia nesta zona do Martim Moniz.

Bombeiro agredido à paulada ao abastecer cisterna

Um bombeiro da corporação de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja, sofreu esta segunda-feira ferimentos ligeiros após ter sido agredido com um pau na cabeça, naquela vila alentejana, revelaram fontes da GNR e da Proteção Civil.

Fonte do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Baixo Alentejo indicou à agência Lusa que o alerta para esta ocorrência foi dado às 16h12, tendo o bombeiro, de 34 anos, sido transportado para o hospital de Beja.

Segundo fonte do Comando Territorial de Beja da GNR, o bombeiro foi agredido por um homem quando abastecia uma cisterna de água, mas o agressor não foi detido.

Foram mobilizados para o local sete operacionais dos bombeiros de Ferreira do Alentejo e da GNR, apoiados por quatro veículos.

Marchesín cada vez mais perto do Boca Juniors

O nosso bem conhecido Agustín Marchesín, guarda-redes argentino do Grémio, está cada vez mais perto de se tornar reforço do gigante Boca Juniors, onde ajudará a suprir a ausência de Sergio Romero, por lesão.

De acordo com a imprensa argentina, o antigo jogador do FC Porto, de 36 anos, já está em conversações com o clube xeneize, que por sua vez já chegou a acordo com o Grémio.

Recorde-se que na temporada passada Marchesín participou em 28 jogos. Sofreu 32 golos e manteve a baliza inviolada em 8 ocasiões.

Por João Seixas

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Mais de meio milhão por dia: Cristiano Ronaldo prepara-se para assinar o contrato mais caro da história

Cristiano Ronaldo

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Cristiano Ronaldo

Cristiano Ronaldo

Hamad I Mohammed

A poucas semanas de completar 40 anos de idade, Cristiano Ronaldo continua a bater recordes dentro e fora de campo, preparando-se agora para assinar o contrato mais caro da história do futebol mundial.

Segundo os sauditas do Al Khabar, o astro português vai estender por mais um ano o contrato com o Al Nassr e passará a auferir cerca de 200 milhões de euros por ano, incluindo o salário base e rendimentos comerciais relacionados com os seus direitos de imagem.

Serão assim cerca de 3,8 milhões de euros que vai encaixar por semana encaixar, ou seja, quase 550 mil euros por dia.

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Na Arábia Saudita desde janeiro de 2023, CR7 cumpre os últimos seis meses de contrato com os sauditas, tendo mesmo chegado a especular-se a sua saída para o vizinho Al Hilal, treinado pelo português Jorge Jesus.

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Mundial de 2026 no horizonte

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Aquando da realização da competição, o futebolista terá 41 anos mas terá no horizonte representar Portugal na maior prova de seleções do mundo pela sexta vez na carreira.

As palavras cruzadas são um jogo especial – e a matemática explica porquê

O processo de resolução de palavras cruzadas é matematicamente semelhante a sistemas físicos bem estudados – mas há uma propriedade que torna o jogo único. Palavras cruzadas. Quem as não faz. Umas causam “pedaços” de dor. Outras nem tanto. Tony de Matos, à parte, as palavras cruzadas são muito semelhantes à forma como alguns sistemas físicos passam por uma transição de fase – mas, em comparação com eles, este jogo é matematicamente único. A história é contada pela New Scientist: “Um dia, enquanto resolvia palavras cruzadas, Alexander Hartmann, da Universidade de Oldenburg, na Alemanha, propôs-se um desafio pessoal: queria encontrar

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