Autárquicas. Coligação junta movimento Sempre, PSD e CDS em Castelo Branco

O PSD, o CDS e o Sempre — Movimento Independente, liderado pelo anterior presidente do município, eleito pelo PS, vão concorrer em conjunto à Câmara Municipal de Castelo Branco, com a designação Sempre Por Todos.

O anúncio do acordo de entendimento autárquico foi hoje feito numa unidade hoteleira albicastrense, que contou com a presença de representantes das três forças e a que se seguiu a assinatura do entendimento.

Na primeira fila esteve presente António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, apontado como o nome a encabeçar a lista à Câmara de Castelo Branco, mas ainda não formalizado.

Luís Correia, do Sempre, disse que “nos próximos dois meses, senão antes”, será anunciado o candidato e adiantou que vai propor aos parceiros de coligação o nome de António Fernandes.

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“É uma pessoa que tem o perfil adequado para liderar uma coligação como esta. Tem prestígio, capacidade, provas dadas”, concordou o presidente da distrital do PSD, Manuel Frexes, adiantando que “cada coisa a seu tempo”, quando questionado quando será anunciado o nome que vai liderar a lista ao município albicastrense.

Luís Correia acentuou que esta é uma coligação que “pretende unir e não separar os albicastrenses”, aparece para criar uma alternativa à atual gestão autárquica, que considerou “uma desilusão”, para contrariar um “concelho que esmoreceu” e para mudar, “com outros protagonistas”.

“Tínhamos a consciência que tínhamos de propor uma alternativa aos albicastrenses que fosse mais forte do que nós próprios”, vincou o líder do Sempre, para quem “não é o rótulo que interessa, mas a competência para construir listas fortes e ganhadoras”.

O presidente da distrital do PSD, Manuel Frexes, afirmou que o acordo é “um passo histórico na política em Castelo Branco” e “um marco importante na construção de uma nova liderança em Castelo Branco”, não tendo as três forças ficado “a olhar para siglas ou para interesses partidários”.

Frexes frisou que este não é um projeto de um partido, mas de toda a comunidade e que as forças envolvidas souberam trabalhar em conjunto com vista a uma “mudança firme e segura”.

“É o momento de todos os albicastrenses se unirem em torno de um projeto de esperança e transformação”, enfatizou Manuel Frexes, do PSD.

A representante do CDS, Celeste Capelo, referiu que a coligação procura “soluções e respostas” e elevar o potenciar o concelho.

“Com esta coligação estamos a passar uma mensagem de esperança para projetar Castelo Branco”, reforçou a centrista.

O Sempre é liderado por Luís Correia, anterior presidente da Câmara de Castelo Branco, eleito pelo Partido Socialista em 2013 e 2017, do qual se desfiliou em 2021, para avançar com uma candidatura em nome do movimento independente, depois de em 2020 ter perdido o mandato.

O município albicastrense é presidido pelo socialista Leopoldo Rodrigues, partido com três eleitos no executivo, enquanto o Sempre tem também três eleitos e o PSD um, a quem o partido retirou a confiança política.

No início do mês o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Hélder Henriques, informou ter deixado de exercer essas funções e ter entregado ao presidente os pelouros que lhe tinham sido confiados.

O PS preside ao município albicastrense há 27 anos.

Em dezembro o presidente da concelhia do PSD, Pedro Lopes, anunciou a demissão e acusou as estruturas distrital e nacional do partido de estarem a impor candidatos sem auscultarem a organização local.

Grupo ativista Just Stop Oil pintou o túmulo de Charles Darwin na Abadia de Westminster: “1.5 está morto”

Já Di Bligh disse que avançaram com a vandalização do túmulo por acreditarem que “já não existe esperança no mundo”: “Decidimos fazer isto no túmulo de Darwin em específico porque ele estaria a rebolar no seu caixão ao perceber que nos estamos a aproximar da Sexta Extinção em Massa”.

Segundo o jornal The Morning Star, Di Bligh citou Darwin relembrando os princípios do darwininismo que defendem a adaptabilidade da espécie como o requisito único e fundamental para a continuidade e evolução da espécie. “Se não trabalharmos em conjunto para limitarmos o poder das grandes corporações e dos bilionários, a Humanidade não irá conseguir adaptar-se para aquilo que vier”.

As ativistas que vandalizaram o túmulo de Charles Darwin lamentaram que o limite dos 1,5ºC “que era suposto garantir a segurança” da humanidade tenha sido superado, alertando ainda para as mais diferentes e recentes catástrofes naturais, nomeadamente os fogos da Califórnia em curso.

Los Angeles: Sobem para 24 os mortos nos incêndios, mas número deverá aumentar . 34 pessoas foram detidas e há 23 desaparecidos

O grupo climático Just Stop Oil foi fundado em 2022. Desde então, foram responsáveis por diversas ações diretas, nomeadamente a vandalização da embaixada norte-americana em Londres (em novembro de 2024), da obra Girassóis, de Vincent Van Gogh (outubro de 2022) e do Stonehedge (junho de 2024).

Ativistas ambientais vandalizaram quadro de Van Gogh em Londres

Desde a fundação do grupo, já foram detidos 3,000 membros, principalmente devido a vandalismo ou protestos constrangedores para com a via pública.

Stonehenge pulverizado com tinta laranja por ativistas climáticos

Charles Darwin morreu no dia 19 de abril de 1882, estando sepultado na Abadia de Westminster desde 26 de abril do mesmo ano, apesar da preferência por parte da família em sepultá-lo no cemitério da igreja de St. Mary’s, na localidade de Down, onde vivia. É um dos três cientistas sepultados na Abadia de Westminster, juntamente com Isaac Newton e Stephen Hawking.

Ministro israelita contra qualquer acordo de tréguas para Gaza

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O ministro das Finanças israelita, o extremista de direita Bezalel Smotrich, manifestou esta segunda-feira oposição a qualquer acordo para terminar com a guerra em Gaza, num momento em que a trégua entre Israel e o Hamas parece estar próxima.

Smotrich garantiu que não apoia um “acordo de rendição que incluísse a libertação de hiperterroristas, o fim da guerra e a perda do que foi adquirido à custa de muito derramamento de sangue e do abandono de um grande número de reféns”.

As negociações indiretas que visam libertar os 94 reféns mantidos em Gaza, 34 dos quais morreram segundo o Exército, e chegar a um acordo de tréguas com o movimento islamita palestiniano Hamas, intensificaram-se nos últimos dias.

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Apesar dos intensos esforços diplomáticos liderados pelo Qatar, pelo Egito e pelos Estados Unidos, não foram alcançadas tréguas desde a pausa de uma semana no final de novembro de 2023, que resultou na libertação de cem reféns.

As negociações já tinham decorrido em Doha em dezembro, mas o Hamas e Israel acusaram-se mutuamente de as bloquear.

Analistas israelitas dizem que um acordo está agora ao alcance, particularmente por causa da decisão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ignorar a pressão dos seus ministros de extrema-direita da coligação, que foi reforçada no início de novembro, ao unir-se ao partido de centro-direita de Gideon Saar, ministro dos Negócios Estrangeiros israelita.

Gideon Saar garantiu esta sexta-feira que Israel está a trabalhar “arduamente” para uma trégua que incluiria a libertação dos reféns.

Uma alta autoridade palestiniana próxima do Hamas também falou de “progressos significativos” nas negociações.

“A atual ronda de negociações é a mais séria e profunda e alcançou progressos significativos”, frisou à agência France-Presse (AFP) fonte do movimento islamita, que falou sob condição de anonimato.

Disse que o projeto de acordo estava a ser finalizado para estabelecer detalhes sobre o número de reféns que seriam libertados em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

As discussões incluem também a questão da ajuda humanitária a Gaza, acrescentou.

Ministro israelita rejeita proposta de cessar-fogo em Gaza

Netanyahu discutiu no domingo o progresso nas negociações com o presidente norte-americano, o democrata Joe Biden, numa altura em que se aproxima a data da tomada de posse do presidente eleito, o republicano Donald Trump, em 20 de janeiro.

Donald Trump prometeu recentemente um “inferno” para a região se os reféns não fossem libertados antes do seu regresso ao poder.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque executado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.210 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas. Nesse dia, 251 pessoas foram também raptadas.

Mais de 46.500 pessoas, a maioria civis, foram mortas na campanha militar de retaliação de Israel em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, que a ONU considera credíveis.

Sindicato Nacional da Polícia exige que ministério da Administração Interna trate sindicatos da PSP por igual

O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) exigiu esta segunda-feira à ministra da Administração Interna um tratamento igual aos sindicatos da PSP que em julho assinaram um acordo com o Governo e pediu para se preocupar com as negociações que vão agora começar.

A ministra tem de tratar os sindicatos da mesma forma, esquecer aquilo que foi o acordo de 2024 e preocupar-se com as negociações que vão ter lugar em 2025. Se não o fizer, corre o risco de mais uma vez ter problemas se tivermos de celebrar algum acordo”, disse aos jornalistas o presidente do Sinapol, Armando Ferreira, no final de uma reunião com a ministra da Administração Interna.

O sindicalista chegou a ameaçar que não estaria presente nesta primeira reunião da nova ronda negocial, mas acabou por comparecer porque lhe foi facultado o acordo assinado em julho de 2024 com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR sobre o aumento faseado do suplemento de risco.

No entanto, Armando Ferreira continua a afirmar que a ministra está a discriminar sindicatos da PSP porque não está a ter as reuniões com todas as estruturas no mesmo dia e está a tratar de forma diferente aqueles que assinaram o acordo.

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A ministra cometeu um erro ao receber no dia 6 aqueles que assinaram o acordo e uma semana depois, que é hoje, os sindicatos que não assinaram o acordo. É preciso perceber que os sindicatos que não assinaram o acordo representam a maioria dos polícias. Quem assinou o acordo não é quem representa a maioria dos polícias”, precisou.

Armando Ferreira sublinhou que o Sinapol não se reuniu uma única vez com a ministra desde julho de 2024, enquanto os sindicatos que assinaram o acordo já se reuniram várias vezes.

O sindicalista disse ainda que as próximas reuniões têm de incluir todos os sindicatos no mesmo dia.

“Se a ministra insistir em manter uma diferenciação e manter sempre os mesmos à frente obviamente que vamos tomar medidas”, disse, sem especificar quais.

Também o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) recebeu esta segunda-feira o acordo assinado em julho, tendo o seu presidente.

Carlos Torres considerou que se “nota que há uma discriminação” por parte da ministra entre as estruturas que assinaram o acordo e aquelas que não assinaram, mas referiu que acredita existir “boa-fé” nas negociações que agora vão começar, uma vez que há matérias que é preciso analisar.

Um dos pontos da negociação é a revisão do estatuto profissional, mas o presidente do SIAP defendeu que, em vez de ser alterado, devia entrar em vigor na totalidade o atual estatuto de 2015.

Carlos Torres disse que há matérias do atual estatuto que “nunca entraram em vigor”, como a pré-aposentação, higiene e segurança no trabalho e suplementos remuneratórios.

Se estas questões fossem resolvidas, muitos dos problemas dos polícias ficavam resolvidos, disse o sindicalista, dando conta de que a ministra pediu também contributos ao sindicato sobre a portaria que já entrou em vigor e altera os requisitos de admissão ao curso de formação de agentes da PSP.

Desconhecendo se a portaria vai ser anulada, Carlos Torres acredita que vai ser alterada depois de ouvir os sindicatos e defendeu que a atratividade da profissão é conseguida através de melhores salários e não através do alargamento da idade e diminuição de provas físicas como está previsto no diploma que entrou em vigor há mais de oito dias.

Depois de, na semana passada, Margarida Blasco ter iniciado novas negociações com os sindicatos da PSP e associações da GNR que a 09 de julho de 2024 assinaram o acordo sobre o aumento faseado do suplemento de risco, esta segunda-feira foi a vez de a ministra se reunir com as estruturas que ficaram de fora do acordo.

Durante a manhã, a ministra esteve reunida com a Associação Nacional dos Sargentos da Guarda, Associação Socioprofissional Independente da Guarda, Associação Nacional Autónoma da Guarda e Associação da União das Guardas.

Além do SIAP e Sinapol, a ministra manteve ainda reuniões com o Sindicato dos Profissionais de Polícia e a Associação Sindical Autónoma de Polícia, tendo ficado estabelecido o calendário e o conteúdo das negociações.

Estas oito estruturas da PSP têm novas reuniões a 4 e 25 de fevereiro e 28 de março e em cima da mesa das negociações vão estar as tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos.

Bruninho assina pelo Fafe

Bruninho é reforço do Fafe. Depois de duas épocas no Felgueiras, o avançado de 26 anos dá novo rumo à sua carreira ao assinar pelos justiceiros, atuais segundos classificados da Série A da Liga 3. 
Na primeira metade da temporada, o atacante fez 10 jogos pelo Felgueiras, 9 na 2.ª Liga e um na Taça de Portugal, sem golos marcados e com 3 assistências. Natural de Barcelos, Bruninho conta com passagens por Montalegre, Celta de Vigo B, Rio Ave e Gil Vicente, entre outros. 

Por João Baptista Seixas

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Ataques israelitas matam mais de 50 pessoas na cidade de Gaza, segundo autoridades

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Uma série de ataques israelitas matou esta segunda-feira mais de 50 pessoas em Gaza, no norte do território palestiniano, segundo as equipas de socorro locais.

De acordo com o porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, Mahmoud Bassal, os ataques visaram a maior cidade do território durante todo o dia, atingindo “escolas, casas e até aglomerações”.

Um desses ataques matou onze pessoas e feriu várias outras numa casa no bairro de Shujaiya, e outro visou um grupo de palestinianos, matando sete deles na rua Al-Maamal, segundo a Defesa Civil.

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Cinco pessoas foram também mortas num ataque a uma escola no bairro de Al-Darraj, de acordo coma mesma fonte.

“Não há espaço nos hospitais para receber os feridos”, declarou Mahmoud Bassal à AFP.

Estes bombardeamentos ocorrem numa altura em que tanto as autoridades israelitas como as do Hamas anunciaram progressos no sentido de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, juntamente com a libertação de reféns detidos no território desde o ataque que desencadeou a ofensiva.

Gaza: diplomatas israelitas revelam que cessar-fogo inclui Hamas libertar 33 reféns numa primeira fase

O emir do Qatar reuniu-se esta segunda-feira com representantes dos Estados Unidos para negociar o cessar-fogo de um conflito que, segundo um estudo publicado na revista “The Lancet”, já matou 3% da população em Gaza.

O mesmo estudo realizado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM), divulgado na quinta-feira passada, estima em 64.260 o número de mortos em Gaza entre 07 de outubro de 2023 – data do início da ofensiva, após o ataque do Hamas contra Israel – e 30 de junho de 2024.

A investigação da LSHTM aponta para mais 26.383 vítimas mortais do que as 37.877 mortes registadas pelas autoridades palestinianas nesse período.

O possível acordo de cessar-fogo a ser negociado prevê três fases, a começar pela libertação de 34 reféns em troca de um número de prisioneiros palestinianos a determinar, e na constituição de um novo governo na Faixa de Gaza, o que culminaria na reconstrução do enclave.

Dos 240 reféns capturados pelo Hamas apenas 8 foram recuperados com vida, 40 corpos foram recuperados pelo exército israelita e três morreram após terem sido baleados por soldados israelitas, na sequência de tiroteios, enquanto escapavam aos captores.

Witi avalia Tiago Margarido: «Taticamente é um dos melhores da Liga»

O percurso de Tiago Margarido enquanto técnico do Nacional não tem passado despercebido a muitos e o antigo jogador Witi, que na época passada foi dos mais influentes da equipa madeirense, destaca a personalidade e a relaç…

Por João Manuel Fernandes

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Na Sibéria também se corre a maratona. Com -52ºC, bebe-se chá em vez de água

  Na região habitada mais fria do mundo, também se faz exercício ao ar livre — mas com muitos casacos e até proteções na cara. Agasalhados da cabeça aos pés, os atletas da maratona de Oymyakon, uma povoação em Yakutia, na Sibéria, correram a clássica maratona, com uma temperatura de -52ºC. A Sibéria, mais propriamente Yakutia, no norte Rússia é o local habitado mais frio do mundo, e as temperaturas atingem no inverno com frequência várias dezenas de graus negativos. Como conta a Reuters, os maratonistas, que correram sobre a neve, foram submetidos a exames médicos antes do início do

Situação em Moçambique e na Venezuela é “completamente diferente”, diz Paulo Rangel

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, vai representar Portugal na tomada de posse do novo Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, “com grande sentido de responsabilidade” e rejeita comparações com a situação na Venezuela.

O chefe da diplomacia portuguesa, em entrevista à SIC Notícias, sublinha que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Governo “entenderam que esta é a representação adequada”.

Sobre as críticas da oposição parlamentar, Paulo Rangel considera que os comentários “esquecem completamente as posições do Governo português” desde as eleições de 9 de outubro em Moçambique.

“O Governo condenou sempre todos os atos de violência e fez sempre um apelo fortíssimo às autoridades moçambicanas para não reprimirem as manifestações, para garantirem a segurança dos candidatos, fez sempre um grande apelo à reconciliação nacional”, sublinha o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Paulo Rangel considera que a posição do Governo português “é muito moderada e muito equilibrada e visa essencialmente que as forças políticas em Moçambique possam dialogar e possam criar uma situação de estabilidade, de normalidade que leve a que seja possível trazer de novo a prosperidade ao povo moçambicano”.

Portugal não esteve representado, na semana passada, na tomada de posse do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, devido a denúncias de fraude eleitoral.

Chissano considera “normalíssimo” que Marcelo se faça representar na tomada de posse de Chapo

O ministro dos Negócios Estrangeiros rejeita comparações entre os casos de Moçambique e da Venezuela.

“A situação na Venezuela é completamente diferente. Existe uma prova objetiva de que os resultados eleitorais davam um outro vencedor, e isso estava no comunicado da União Europeia que saiu na sexta-feira. E da parte do candidato declarado vencedor não existe nenhuma vontade de se abrir a um diálogo político com a oposição”, argumenta.

Paulo Rangel considera que “não é esse o caso de Moçambique”, apesar de admitir que “houve grandes dificuldades no processo eleitoral e com certeza irregularidades”.

“Mas não sabemos qual seria o resultado…. temos de aceitar os resultados anunciados. O ponto é que há disponibilidade para o diálogo, o que nos interessa é que se ultrapasse este conflito”, defende o chefe da diplomacia.

O ministro recorda que há dezenas de milhares de portugueses em Moçambique e mais de 400 empresas e sublinha que no caso da Venezuela tem havido um “reforço da comunicação com a comunidade portuguesa”.

Paulo Rangel diz que a situação política é distinta nos dois países. “Há uma diferença clara que é a disponibilidade do poder que toma posse para dialogar e se abrir ao diálogo com as oposições. Uma situação não tem nada a ver com a outra, embora muita gente as queiram assimilar. Até agora, temos sempre cuidado muito de todos os [emigrantes] portugueses”, sublinha.

ALP afirma que mais de metade dos senhorios com rendas antigas não pediu compensação

Mais de metade dos senhorios com rendas antigas não pediu compensação ao Estado, segundo a 8.ª edição do Barómetro Associação Lisbonense de Proprietários (ALP), que indica também que cerca de um quinto (21,2%) tem rendas em atraso.

Os senhorios, refere o estudo, entraram em 2025 sem confiança no mercado imobiliário e nos políticos, queixam-se da manutenção das rendas congeladas e afirmam praticar rendas de valor acessível ou abaixo do mercado.

Um dos motivos para a falta de confiança vem do incumprimento no pagamento das rendas, com 21,2% a indicarem que têm rendas em atraso. Deste total, 55% registam atrasos de um a três meses e 23,4% acumulam já mais de seis meses de rendas em atraso.

Para resolver este problema, 26,4% dos senhorios afirmam que vão negociar amigavelmente um plano de pagamentos, sendo que um quinto (22%) pondera avançar com um processo de despejo.

Dos cerca de 170 senhorios que responderam às questões colocadas neste novo barómetro da ALP, 65,5% têm casas com as chamadas rendas congeladas e para as quais foi criado um apoio, que começou a poder ser pedido em julho do ano passado.

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Porém, indica o estudo, mais de metade (58%) dos que estão nesta situação optou por não fazer o pedido de compensação à renda prevista na lei, sendo que um terço (32,3%) não o fez por entender que o valor a receber pelo Estado não compensa o desgaste burocrático que o processo de pedido implica.

Mas há também uma parcela de senhorios que não o fez por desconhecer se tem direito a esta compensação (14% das respostas), por não saber onde arranjar os documentos exigidos (11,3%) ou ainda por não dispor de meios informáticos (6,5%), uma vez que o pedido e toda a documentação tem de ser feito e entregue ‘online’.

Este barómetro procura fazer um ‘retrato’ dos senhorios, concluindo que 27,8% têm entre os 65 e os 85 anos de idade, a que se somam 27,8% entre os 55 e os 64 anos de idade. Por outro lado, cerca de 40% possuem até cinco imóveis, enquanto 18,8% têm um único imóvel.

O valor de rendimentos que retiram dos imóveis revela que a esmagadora maioria recebe até três salários mínimos (SMN) brutos e perto de 25% rendimentos de até um SMN.

A maioria dos inquiridos (50,95) diz ainda ser investidor no mercado imobiliário não por opção, mas por herança.

OE2025. Senhorios surpreendidos com o “volte-face” do descongelamento das rendas antigas

O estudo revela também que três quartos de todos os que responderam (76,4%) referiram que não acreditam que o Governo liderado por Luís Montenegro vá abolir o congelamento de rendas neste mandato e mais de metade acha que praticam rendas acessíveis ou de valores abaixo do mercado, sendo que 36% dizem mesmo que praticam rendas baixas ou muito baixas.

Por outro lado, três quartos dos senhorios portugueses atualizaram os valores dos contratos em 2025, sendo que uma pequena parcela (13,7%), afirmou que vai manter o valor das rendas este ano, não fazendo uso do coeficiente de atualização publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) com base na inflação média sem habitação registada em agosto.

Em comunicado, o presidente da ALP, Menezes Leitão, lamenta o facto de “nenhum governo ter a coragem de reparar e ficar na história” eliminando o congelamento das rendas e lembra que esta associação está a promover uma petição pública para abolição daquele congelamento, com o objetivo de recolher 7.500 assinaturas para “forçar esta discussão” na Assembleia da República.

Os inquéritos para esta 8.ª edição do barómetro da ALP decorreram em plataforma digital entre os dias 27 de novembro e 31 de dezembro de 2024, tendo recolhido 169 respostas.

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