Transportes Urbanos de Coimbra fazem ajustes em horários face a atrasos

Os Transportes Urbanos de Coimbra vão fazer ajustes de horários em várias linhas, com consequente supressão de viagens, numa proposta aprovada esta segunda-feira, mas que levantou dúvidas junto dos serviços camarários.

A proposta de ajustamento de horários, aprovada com votos a favor da coligação Juntos Somos Coimbra, abstenção do PS e contra da CDU, é justificada com a necessidade de aproximar os tempos de viagem dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) da realidade, minimizando atrasos e incumprimentos, provocados nomeadamente pelo trânsito que se sente na cidade em hora de ponta.

A proposta debruça-se sobre 6/6F, 7, 7T, 24T e 37, as linhas dos SMTUC que representam cerca de 46% das viagens perdidas por “não cumprimento de horário” e 23% por “interrupção da via”.

No processo consultado pela agência Lusa, um dirigente municipal deu nota de que a metodologia utilizada para a redução das viagens pode induzir “a uma supressão de serviços superior à realmente necessária, uma vez que fora das horas de ponta o número de entradas e saídas é substancialmente inferior, assim como a velocidade de circulação também aumenta”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Além disso, o mesmo dirigente dava nota de que os horários da linha 24T deveriam ser revistos para garantir a chegada às escolas antes das 8h30 e aos serviços no centro de Coimbra antes das 9h00.

A própria vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, considerou que a proposta dos SMTUC deveria ser “devidamente monitorizada” para serem identificados eventuais “desajustes/desarticulação de horários”.

O documento que foi esta segunda-feira analisado em reunião do executivo dava nota da necessidade da proposta ser ponderada face à lotação das viaturas, “uma vez que tendo sido verificado que as viaturas já circulam no limite das suas lotações, ao reduzir a oferta pode-se estar a contribuir para uma concentração de passageiros e uma rutura do serviço”.

As dúvidas presentes nos documentos foram também sublinhadas pelos vereadores Francisco Queirós (CDU) e Regina Bento (PS).

O vereador Francisco Queirós realçou que será sempre favorável a uma proposta que torne o serviço de transporte público “mais fiável”, mas notou que a supressão proposta não está devidamente fundamentada, considerando que seriam necessários mais elementos para a medida avançar com segurança.

Também Regina Bento concordou que se torna difícil aos SMTUC cumprirem horários com “a cidade transformada num estaleiro”, mas defendeu que esses ajustes não podem “comprometer horários críticos, nomeadamente a chegada a hospitais, escolas e centro da cidade”.

“A própria informação técnica refere que essa questão pode não ficar salvaguardada”, disse.

Na resposta, José Manuel Silva afirmou que o ajuste de horários será alvo “de avaliação e monitorização permanente”, considerando que a proposta tem como objetivo assegurar “pontualidade e confiabilidade” dos SMTUC.

“Há supressão de viagens que já não eram feitas. Estávamos a enganar-nos todos uns aos outros”, afirmou, sublinhando que a proposta foi “extensamente estudada” e que irá melhorar “a qualidade do serviço”.

Os perigos da IA e dos ecrãs, o valor do tempo lento e da leitura

Estamos a viver uma época de grandes desafios para a Humanidade. As novas tecnologias e a Inteligência Artificial — com computadores quânticos, robôs altamente sofisticados, impressoras de ADN — estão a ter um impacto exponencial e profundo no mundo e na forma como vivemos que, na opinião de muitos investigadores, suplanta o trazido pela Revolução Industrial. Este progresso acarreta enormes benefícios como a descoberta da cura para várias doenças através dos avanços na biotecnologia, a produção de energia mais barata e limpa, o desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e saudável, a produção de algas que extraem carbono da atmosfera e um conhecimento mais vasto dos segredos do Universo, mas também faz-se acompanhar de vários perigos que importa conhecer para desenvolver respostas adequadas. Com a IA podemos alterar o código genético dos seres vivos, editando genes quase como texto (na China, em 2018, nasceram as primeiras crianças com genomas editados) e produzindo bactérias em computador, conceber sistemas que escapam ao nosso controlo e ficar à mercê de algoritmos que não compreendemos, diz-nos Mustafa Suleyman, um dos maiores especialistas em inteligência artificial e vice-presidente da gestão de produtos e políticas de IA na Google. Hoje é possível comprar um sintetizador de ADN de bancada por 25 mil euros e usar como se quiser, sem restrições nem controlo, em casa, na biogaragem. No futuro, a IA poderá dominar, deixando aos humanos apenas a supervisão, enquanto o seu desenvolvimento descontrolado e sem regulação central aumenta os riscos de uso indevido.

Para enfrentar estes desafios da “próxima vaga” é preciso preparar as novas gerações. É urgente apetrechá-las de pensamento reflexivo e crítico para que sejam mais proativas e responsáveis quanto ao curso do seu devir, exigindo dos Estados que as governam garantias de paz, segurança e equidade, só possíveis através da criação de mecanismos de contenção e regulação da nova onda tecnológica.

Por isso, é urgente contrariar a tendência global de estagnação ou recuo dos níveis de educação, do défice dos índices de confiança das populações nas democracias em geral, que vem sendo acompanhado pela afirmação dos nacionalismos e autoritarismos, alimentadoras de ondas de populismo. É preciso enfrentar eficazmente as desigualdades sociais que, também, se vêm avolumando.

No cenário atual, o ritmo acelerado e o excesso de estímulos digitais — seja através das redes sociais, videojogos ou outros ecrãs — têm um impacto nocivo na formação destas novas gerações. A busca frenética por novidades e entretenimento instantâneo, bem como a desinformação reduz o tempo de reflexão e introspeção, elementos essenciais para o desenvolvimento do pensamento crítico. O “tempo lento”, necessário para compreender o curso da História, o rumo que ele está a tomar e nos empurra constantemente para um futuro incerto, cedeu lugar a uma cultura de superficialidade e consumo rápido de (des)informação, que distorce o discurso democrático e a confiança nas instituições e na segurança pública.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O estímulo constante dos ecrãs impede que os jovens experimentem o silêncio, a solidão criativa e a reflexão profunda. Em vez disso, estão presos a uma catarata de imagens, sons e interações instantâneas que os distanciam de si mesmos e da realidade circundante. A tecnologia oferece avanços, mas também nos cobra um preço elevado: o risco de perdermos a conexão com o que realmente nos define enquanto seres humanos.

O neurocientista Michel Desmurget, autor do livro A Fábrica de Cretinos Digitais, que recebeu o prémio Femina de Ensaio em França, alerta-nos para esses perigos. Nas suas palavras: O smartphone segue-nos para todo o lado, sem dó nem piedade. É o Santo Graal dos sugadores de cérebro, o derradeiro cavalo de Troia da nossa descerebração. Quanto mais “inteligentes” se tornam as aplicações, mais substituem o nosso pensamento e mais nos permitem tornar-nos idiotas. Já escolhem os nossos restaurantes, ordenam-nos as informações de que dispomos, selecionam os anúncios que nos são enviados, determinam as rotas que devemos seguir, domesticam-nos os filhos a partir do jardim de infância etc. Mais um esforço e, realmente, acabarão por pensar por nós.

Em oposição a esta dependência dos ecrãs, o livro emerge como um símbolo do tempo lento e da reflexão. A leitura não é apenas um ato de adquirir conhecimento, mas uma forma de mergulhar na História, compreender outras narrativas e perspetivas e explorar as profundezas do espírito humano. Ao ler, somos convidados a desacelerar, a refletir e nos conectar com uma riqueza de ideias que transcendem o momento presente.

A educação tem aqui um papel crucial. Se as escolas e instituições de ensino derem prioridade à leitura e à valorização da tradição cultural, ajudarão a formar cidadãos mais conscientes, críticos e ligados ao seu próprio ser e à sua História. A educação deve ensinar os jovens a encontrar o equilíbrio no uso da tecnologia, a navegar no passado para entender e problematizar o presente e construir um futuro sustentável para todos. Apenas, assim, poderemos construir uma sociedade que valorize não só o progresso tecnológico, mas também a sabedoria, a empatia e a consciência de si. O famoso psiquiatra Carl Jung já alertava para a perda da relação com as raízes e para o “espírito de gravidade” que escraviza o indivíduo quando este se torna parte de uma massa. Hoje, vemos este espírito manifestar-se no comportamento dos jovens que, muitas vezes, se submetem às normas e pressões das redes sociais, perdendo autonomia e autenticidade. Também será importante recordar as palavras de Ray Bradbury, o visionário autor de Fahrenheit 451: Não é preciso queimar livros para destruir uma cultura. Basta que as pessoas deixem de os ler.

É animada por estas causas tão preciosas – o livro, a cultura e a educação, bem como o sentido de comunidade e partilha — que oriento a minha atividade profissional. Coordenar as Jornadas Pedagógicas de História Local – Barreiro: passado, presente e futuro com colegas de todo o concelho, alunos, famílias, autarquia, técnicos de museus e arquivos é lembrar e reinventar a nossa identidade barreirense. Incentivar à leitura através do projeto Ler mais, melhor e com prazer, que envolve a partilha de livros entre os membros da comunidade escolar e enfatiza a leitura por prazer. Promover, com todos estes parceiros, concursos de escrita criativa associados à nossa História local e a publicação de um livro com os contos premiados; “Tertúlias no Convento da Verderena”; “Conferências do Casino Casquilhense”;  “Olimpíadas da História”; o “Barreiro em curtas”, educando para o cinema documental; o “VULTOS juvenil”, biografando personalidades do Barreiro, e os “Percursos no Tempo”, roteiros histórico-culturais preparados e guiados pelos alunos ao património local e regional para colegas de outros cursos ou ciclos de ensino; a “Arte de Entrevistar” preparada e dirigida pelos alunos a personalidades ligadas a diversas áreas da cultura são iniciativas que me dão motivos de grande regozijo. Dignificam a nossa Terra, a sua História e dignificam-nos como seres humanos, criadores de cultura, capazes de nos aperfeiçoar e desafiar com os olhos postos no presente e no futuro e o coração animado pelas vidas, palavras, sons, exemplos apaixonantes do passado!

Helena Sardinha Pereira é professora de História na Escola Secundária de Casquilhos, Barreiro, vencedora da “Menção Honrosa Acesso à Cultura” do Global Teacher Prize Portugal 2024 e “Medalha Barreiro Reconhecido 2024” atribuída pela Câmara Municipal do Barreiro.

Vender o TikTok a Elon Musk é uma possibilidade para a China

A venda da rede social TikTok nos Estados Unidos a Elon Musk, dono do X e apoiante de Donald Trump, é uma possibilidade que está a ser avaliada pelos responsáveis chineses, avançam fontes próximas do processo à agência Bloomberg.

A notícia é conhecida numa altura em que o TikTok corre o risco de ser banido nos EUA. A decisão está agora nas mãos do Supremo Tribunal e poderá ser conhecida em breve.

Os responsáveis chineses preferem que a rede social continue em poder da empresa ByteDance, mas já está a ser preparado um “plano B”, que pode passar pela venda a Elon Musk, o homem mais rico do mundo, apoiante de Donald Trump, que vai ter um cargo na nova Administração.

Num dos cenários discutidos pelo governo chinês, o X de Elon Musk (antigo Twitter) assumiria o controlo do TikTok nos EUA e administraria os negócios em conjunto, segundo as fontes citadas pela Bloomberg.

Neste momento, ainda não foi possível apurar se a ByteDance conhece os planos do governo de Pequim e se Elon Musk já conhece oficialmente a possibilidade de negócio.

O Congresso dos EUA aprovou, em abril de 2024, por uma larga maioria uma lei contra a TikTok, que tem cerca de 170 milhões de utilizadores ativos no país.

Trump pede suspensão de lei que pode proibir TikTok para tentar acordo depois de tomar posse

A lei visa prevenir riscos de espionagem e manipulação dos utilizadores da plataforma pelas autoridades chinesas.

Promulgada pelo Presidente cessante, Joe Biden, a lei estipula a data de 19 de janeiro para a holding ByteDance concretizar o decidido.

Mas o Presidente eleito, Donald Trump, já pediu ao Supremo Tribunal a suspensão de uma lei federal que pode resultar na proibição da rede social, ou forçar a venda da mesma. Defende que deve ser dado ao TikTok tempo para procurar uma “resolução política” para o assunto depois de tomar posse.

“Este caso apresenta uma tensão difícil, nova e sem precedentes entre os direitos de liberdade de expressão de um lado, e preocupações de política externa e segurança nacional do outro”, disse Trump num documento entregue no tribunal no final de dezembro.

Trump indicou que é favorável a que o TikTok continue a operar nos Estados Unidos durante pelo menos um pouco mais, apontando que tinha conseguido milhares de milhões de visualizações nessa rede social durante a campanha presidencial.

O Departamento de Justiça dos EUA considera que o controlo chinês do TikTok é um risco continuado para a segurança nacional do país.

Monza surpreende Fiorentina e volta a vencer na Serie A quase três meses depois

O Monza, último classificado, voltou a vencer um jogo na Serie A quase três meses depois, ao impor-se esta segunda-feira em casa à Fiorentina, por 2-1, no encontro que encerrou a 20.ª jornada.

Patrick Ciurria (44 minutos) e Daniel Maldini (63′), este assistido pelo lateral português Pedro Pereira, assinaram os golos da formação da Lombardia, cujo último triunfo remontava a 21 de outubro, diante do Verona, antes de uma série de 11 partidas sem vencer na Serie A.

Apesar do tento do argentino Lucas Beltrán (74 minutos), a Fiorentina confirmou a quebra que tem vindo a registar, tendo somado o quinto encontro consecutivo sem triunfos, quando há cerca de um mês estava na quarta posição, a apenas três pontos da liderança.

O conjunto viola é agora sexto colocado, a 15 pontos do líder Nápoles, que tem mais um encontro, enquanto o Monza segue no 20.º e último posto, a seis pontos da linha de água.

Por Lusa

Deixe o seu comentário

Autárquicas. Coligação junta movimento Sempre, PSD e CDS em Castelo Branco

O PSD, o CDS e o Sempre — Movimento Independente, liderado pelo anterior presidente do município, eleito pelo PS, vão concorrer em conjunto à Câmara Municipal de Castelo Branco, com a designação Sempre Por Todos.

O anúncio do acordo de entendimento autárquico foi hoje feito numa unidade hoteleira albicastrense, que contou com a presença de representantes das três forças e a que se seguiu a assinatura do entendimento.

Na primeira fila esteve presente António Fernandes, presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco, apontado como o nome a encabeçar a lista à Câmara de Castelo Branco, mas ainda não formalizado.

Luís Correia, do Sempre, disse que “nos próximos dois meses, senão antes”, será anunciado o candidato e adiantou que vai propor aos parceiros de coligação o nome de António Fernandes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“É uma pessoa que tem o perfil adequado para liderar uma coligação como esta. Tem prestígio, capacidade, provas dadas”, concordou o presidente da distrital do PSD, Manuel Frexes, adiantando que “cada coisa a seu tempo”, quando questionado quando será anunciado o nome que vai liderar a lista ao município albicastrense.

Luís Correia acentuou que esta é uma coligação que “pretende unir e não separar os albicastrenses”, aparece para criar uma alternativa à atual gestão autárquica, que considerou “uma desilusão”, para contrariar um “concelho que esmoreceu” e para mudar, “com outros protagonistas”.

“Tínhamos a consciência que tínhamos de propor uma alternativa aos albicastrenses que fosse mais forte do que nós próprios”, vincou o líder do Sempre, para quem “não é o rótulo que interessa, mas a competência para construir listas fortes e ganhadoras”.

O presidente da distrital do PSD, Manuel Frexes, afirmou que o acordo é “um passo histórico na política em Castelo Branco” e “um marco importante na construção de uma nova liderança em Castelo Branco”, não tendo as três forças ficado “a olhar para siglas ou para interesses partidários”.

Frexes frisou que este não é um projeto de um partido, mas de toda a comunidade e que as forças envolvidas souberam trabalhar em conjunto com vista a uma “mudança firme e segura”.

“É o momento de todos os albicastrenses se unirem em torno de um projeto de esperança e transformação”, enfatizou Manuel Frexes, do PSD.

A representante do CDS, Celeste Capelo, referiu que a coligação procura “soluções e respostas” e elevar o potenciar o concelho.

“Com esta coligação estamos a passar uma mensagem de esperança para projetar Castelo Branco”, reforçou a centrista.

O Sempre é liderado por Luís Correia, anterior presidente da Câmara de Castelo Branco, eleito pelo Partido Socialista em 2013 e 2017, do qual se desfiliou em 2021, para avançar com uma candidatura em nome do movimento independente, depois de em 2020 ter perdido o mandato.

O município albicastrense é presidido pelo socialista Leopoldo Rodrigues, partido com três eleitos no executivo, enquanto o Sempre tem também três eleitos e o PSD um, a quem o partido retirou a confiança política.

No início do mês o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, Hélder Henriques, informou ter deixado de exercer essas funções e ter entregado ao presidente os pelouros que lhe tinham sido confiados.

O PS preside ao município albicastrense há 27 anos.

Em dezembro o presidente da concelhia do PSD, Pedro Lopes, anunciou a demissão e acusou as estruturas distrital e nacional do partido de estarem a impor candidatos sem auscultarem a organização local.

Grupo ativista Just Stop Oil pintou o túmulo de Charles Darwin na Abadia de Westminster: “1.5 está morto”

Já Di Bligh disse que avançaram com a vandalização do túmulo por acreditarem que “já não existe esperança no mundo”: “Decidimos fazer isto no túmulo de Darwin em específico porque ele estaria a rebolar no seu caixão ao perceber que nos estamos a aproximar da Sexta Extinção em Massa”.

Segundo o jornal The Morning Star, Di Bligh citou Darwin relembrando os princípios do darwininismo que defendem a adaptabilidade da espécie como o requisito único e fundamental para a continuidade e evolução da espécie. “Se não trabalharmos em conjunto para limitarmos o poder das grandes corporações e dos bilionários, a Humanidade não irá conseguir adaptar-se para aquilo que vier”.

As ativistas que vandalizaram o túmulo de Charles Darwin lamentaram que o limite dos 1,5ºC “que era suposto garantir a segurança” da humanidade tenha sido superado, alertando ainda para as mais diferentes e recentes catástrofes naturais, nomeadamente os fogos da Califórnia em curso.

Los Angeles: Sobem para 24 os mortos nos incêndios, mas número deverá aumentar . 34 pessoas foram detidas e há 23 desaparecidos

O grupo climático Just Stop Oil foi fundado em 2022. Desde então, foram responsáveis por diversas ações diretas, nomeadamente a vandalização da embaixada norte-americana em Londres (em novembro de 2024), da obra Girassóis, de Vincent Van Gogh (outubro de 2022) e do Stonehedge (junho de 2024).

Ativistas ambientais vandalizaram quadro de Van Gogh em Londres

Desde a fundação do grupo, já foram detidos 3,000 membros, principalmente devido a vandalismo ou protestos constrangedores para com a via pública.

Stonehenge pulverizado com tinta laranja por ativistas climáticos

Charles Darwin morreu no dia 19 de abril de 1882, estando sepultado na Abadia de Westminster desde 26 de abril do mesmo ano, apesar da preferência por parte da família em sepultá-lo no cemitério da igreja de St. Mary’s, na localidade de Down, onde vivia. É um dos três cientistas sepultados na Abadia de Westminster, juntamente com Isaac Newton e Stephen Hawking.

Ministro israelita contra qualquer acordo de tréguas para Gaza

Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre a guerra no Médio Oriente

O ministro das Finanças israelita, o extremista de direita Bezalel Smotrich, manifestou esta segunda-feira oposição a qualquer acordo para terminar com a guerra em Gaza, num momento em que a trégua entre Israel e o Hamas parece estar próxima.

Smotrich garantiu que não apoia um “acordo de rendição que incluísse a libertação de hiperterroristas, o fim da guerra e a perda do que foi adquirido à custa de muito derramamento de sangue e do abandono de um grande número de reféns”.

As negociações indiretas que visam libertar os 94 reféns mantidos em Gaza, 34 dos quais morreram segundo o Exército, e chegar a um acordo de tréguas com o movimento islamita palestiniano Hamas, intensificaram-se nos últimos dias.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Apesar dos intensos esforços diplomáticos liderados pelo Qatar, pelo Egito e pelos Estados Unidos, não foram alcançadas tréguas desde a pausa de uma semana no final de novembro de 2023, que resultou na libertação de cem reféns.

As negociações já tinham decorrido em Doha em dezembro, mas o Hamas e Israel acusaram-se mutuamente de as bloquear.

Analistas israelitas dizem que um acordo está agora ao alcance, particularmente por causa da decisão do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de ignorar a pressão dos seus ministros de extrema-direita da coligação, que foi reforçada no início de novembro, ao unir-se ao partido de centro-direita de Gideon Saar, ministro dos Negócios Estrangeiros israelita.

Gideon Saar garantiu esta sexta-feira que Israel está a trabalhar “arduamente” para uma trégua que incluiria a libertação dos reféns.

Uma alta autoridade palestiniana próxima do Hamas também falou de “progressos significativos” nas negociações.

“A atual ronda de negociações é a mais séria e profunda e alcançou progressos significativos”, frisou à agência France-Presse (AFP) fonte do movimento islamita, que falou sob condição de anonimato.

Disse que o projeto de acordo estava a ser finalizado para estabelecer detalhes sobre o número de reféns que seriam libertados em troca de prisioneiros palestinianos detidos por Israel.

As discussões incluem também a questão da ajuda humanitária a Gaza, acrescentou.

Ministro israelita rejeita proposta de cessar-fogo em Gaza

Netanyahu discutiu no domingo o progresso nas negociações com o presidente norte-americano, o democrata Joe Biden, numa altura em que se aproxima a data da tomada de posse do presidente eleito, o republicano Donald Trump, em 20 de janeiro.

Donald Trump prometeu recentemente um “inferno” para a região se os reféns não fossem libertados antes do seu regresso ao poder.

A guerra em Gaza foi desencadeada pelo ataque executado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.210 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas. Nesse dia, 251 pessoas foram também raptadas.

Mais de 46.500 pessoas, a maioria civis, foram mortas na campanha militar de retaliação de Israel em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, que a ONU considera credíveis.

Sindicato Nacional da Polícia exige que ministério da Administração Interna trate sindicatos da PSP por igual

O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) exigiu esta segunda-feira à ministra da Administração Interna um tratamento igual aos sindicatos da PSP que em julho assinaram um acordo com o Governo e pediu para se preocupar com as negociações que vão agora começar.

A ministra tem de tratar os sindicatos da mesma forma, esquecer aquilo que foi o acordo de 2024 e preocupar-se com as negociações que vão ter lugar em 2025. Se não o fizer, corre o risco de mais uma vez ter problemas se tivermos de celebrar algum acordo”, disse aos jornalistas o presidente do Sinapol, Armando Ferreira, no final de uma reunião com a ministra da Administração Interna.

O sindicalista chegou a ameaçar que não estaria presente nesta primeira reunião da nova ronda negocial, mas acabou por comparecer porque lhe foi facultado o acordo assinado em julho de 2024 com três sindicatos da PSP e duas associações da GNR sobre o aumento faseado do suplemento de risco.

No entanto, Armando Ferreira continua a afirmar que a ministra está a discriminar sindicatos da PSP porque não está a ter as reuniões com todas as estruturas no mesmo dia e está a tratar de forma diferente aqueles que assinaram o acordo.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A ministra cometeu um erro ao receber no dia 6 aqueles que assinaram o acordo e uma semana depois, que é hoje, os sindicatos que não assinaram o acordo. É preciso perceber que os sindicatos que não assinaram o acordo representam a maioria dos polícias. Quem assinou o acordo não é quem representa a maioria dos polícias”, precisou.

Armando Ferreira sublinhou que o Sinapol não se reuniu uma única vez com a ministra desde julho de 2024, enquanto os sindicatos que assinaram o acordo já se reuniram várias vezes.

O sindicalista disse ainda que as próximas reuniões têm de incluir todos os sindicatos no mesmo dia.

“Se a ministra insistir em manter uma diferenciação e manter sempre os mesmos à frente obviamente que vamos tomar medidas”, disse, sem especificar quais.

Também o Sindicato Independente dos Agentes de Polícia (SIAP) recebeu esta segunda-feira o acordo assinado em julho, tendo o seu presidente.

Carlos Torres considerou que se “nota que há uma discriminação” por parte da ministra entre as estruturas que assinaram o acordo e aquelas que não assinaram, mas referiu que acredita existir “boa-fé” nas negociações que agora vão começar, uma vez que há matérias que é preciso analisar.

Um dos pontos da negociação é a revisão do estatuto profissional, mas o presidente do SIAP defendeu que, em vez de ser alterado, devia entrar em vigor na totalidade o atual estatuto de 2015.

Carlos Torres disse que há matérias do atual estatuto que “nunca entraram em vigor”, como a pré-aposentação, higiene e segurança no trabalho e suplementos remuneratórios.

Se estas questões fossem resolvidas, muitos dos problemas dos polícias ficavam resolvidos, disse o sindicalista, dando conta de que a ministra pediu também contributos ao sindicato sobre a portaria que já entrou em vigor e altera os requisitos de admissão ao curso de formação de agentes da PSP.

Desconhecendo se a portaria vai ser anulada, Carlos Torres acredita que vai ser alterada depois de ouvir os sindicatos e defendeu que a atratividade da profissão é conseguida através de melhores salários e não através do alargamento da idade e diminuição de provas físicas como está previsto no diploma que entrou em vigor há mais de oito dias.

Depois de, na semana passada, Margarida Blasco ter iniciado novas negociações com os sindicatos da PSP e associações da GNR que a 09 de julho de 2024 assinaram o acordo sobre o aumento faseado do suplemento de risco, esta segunda-feira foi a vez de a ministra se reunir com as estruturas que ficaram de fora do acordo.

Durante a manhã, a ministra esteve reunida com a Associação Nacional dos Sargentos da Guarda, Associação Socioprofissional Independente da Guarda, Associação Nacional Autónoma da Guarda e Associação da União das Guardas.

Além do SIAP e Sinapol, a ministra manteve ainda reuniões com o Sindicato dos Profissionais de Polícia e a Associação Sindical Autónoma de Polícia, tendo ficado estabelecido o calendário e o conteúdo das negociações.

Estas oito estruturas da PSP têm novas reuniões a 4 e 25 de fevereiro e 28 de março e em cima da mesa das negociações vão estar as tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos.

Bruninho assina pelo Fafe

Bruninho é reforço do Fafe. Depois de duas épocas no Felgueiras, o avançado de 26 anos dá novo rumo à sua carreira ao assinar pelos justiceiros, atuais segundos classificados da Série A da Liga 3. 
Na primeira metade da temporada, o atacante fez 10 jogos pelo Felgueiras, 9 na 2.ª Liga e um na Taça de Portugal, sem golos marcados e com 3 assistências. Natural de Barcelos, Bruninho conta com passagens por Montalegre, Celta de Vigo B, Rio Ave e Gil Vicente, entre outros. 

Por João Baptista Seixas

Deixe o seu comentário

Ataques israelitas matam mais de 50 pessoas na cidade de Gaza, segundo autoridades

Acompanhe aqui o nosso liveblog sobre a guerra no Médio Oriente

Uma série de ataques israelitas matou esta segunda-feira mais de 50 pessoas em Gaza, no norte do território palestiniano, segundo as equipas de socorro locais.

De acordo com o porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, Mahmoud Bassal, os ataques visaram a maior cidade do território durante todo o dia, atingindo “escolas, casas e até aglomerações”.

Um desses ataques matou onze pessoas e feriu várias outras numa casa no bairro de Shujaiya, e outro visou um grupo de palestinianos, matando sete deles na rua Al-Maamal, segundo a Defesa Civil.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Cinco pessoas foram também mortas num ataque a uma escola no bairro de Al-Darraj, de acordo coma mesma fonte.

“Não há espaço nos hospitais para receber os feridos”, declarou Mahmoud Bassal à AFP.

Estes bombardeamentos ocorrem numa altura em que tanto as autoridades israelitas como as do Hamas anunciaram progressos no sentido de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, juntamente com a libertação de reféns detidos no território desde o ataque que desencadeou a ofensiva.

Gaza: diplomatas israelitas revelam que cessar-fogo inclui Hamas libertar 33 reféns numa primeira fase

O emir do Qatar reuniu-se esta segunda-feira com representantes dos Estados Unidos para negociar o cessar-fogo de um conflito que, segundo um estudo publicado na revista “The Lancet”, já matou 3% da população em Gaza.

O mesmo estudo realizado pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres (LSHTM), divulgado na quinta-feira passada, estima em 64.260 o número de mortos em Gaza entre 07 de outubro de 2023 – data do início da ofensiva, após o ataque do Hamas contra Israel – e 30 de junho de 2024.

A investigação da LSHTM aponta para mais 26.383 vítimas mortais do que as 37.877 mortes registadas pelas autoridades palestinianas nesse período.

O possível acordo de cessar-fogo a ser negociado prevê três fases, a começar pela libertação de 34 reféns em troca de um número de prisioneiros palestinianos a determinar, e na constituição de um novo governo na Faixa de Gaza, o que culminaria na reconstrução do enclave.

Dos 240 reféns capturados pelo Hamas apenas 8 foram recuperados com vida, 40 corpos foram recuperados pelo exército israelita e três morreram após terem sido baleados por soldados israelitas, na sequência de tiroteios, enquanto escapavam aos captores.

1 157 158 159 160 161 679