MAI consulta sindicatos sobre admissões na PSP após publicar portaria

A ministra da Administração Interna entregou esta segunda-feira aos sindicatos para auscultação a portaria que altera os requisitos de admissão ao curso de formação de agentes da PSP, que já foi publicada em Diário da República.

“A ministra, ainda que não tenha explicado o porquê da aparente falha – nomeadamente, como a lei determina, de negociação coletiva com os sindicatos, – apresentou a proposta para que nos debrucemos sobre ela e possamos apresentar as nossas propostas”, disse aos jornalistas o presidente do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP), no final de uma reunião com a ministra da Administração Interna.

Na semana passada foi publicada em Diário da República a portaria que altera os requisitos de admissão ao curso de formação de agentes da Polícia de Segurança Pública, tendo entrado em vigor na passada sexta-feira.

Esta portaria, que estabelece que a idade máxima de admissão ao curso de agentes da PSP vai passar dos 30 para os 34 anos e para os 39 anos no caso de funcionários públicos e militares das Forças Armadas, foi considerada ilegal pelos sindicatos da PSP por não terem sido consultados, como a lei determina.

Na reunião desta segunda-feira, Margarida Blasco pediu aos sindicatos da PSP que apresentem as suas propostas sobre a admissão na PSP.

Bruno Pereira afirmou que o SNOP vai agora incorporar medidas para que possam “melhorar os baixos níveis de recrutamento”, embora admita que essas medidas “não vão resolver o problema e a falta de atratividade” na PSP.

Questionado se a portaria vai ser anulada, o presidente do SNOP afirmou que desconhece o que vai acontecer, mas afirmou: “Se há um pedido de auscultação aos sindicatos, acho que do ponto de vista da eficácia jurídica fica suspenso”.

Também o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) disse à Lusa, no final da reunião, que, segundo as informações recebidas, a portaria publicada vai “ficar sem efeito e aquilo que vai existir é depois da consulta aos sindicatos”.

“Ao que percebemos, houve um lapso do ministério ao avançar com essa legislação sem consultar os sindicatos, por isso deu-se um passo atrás e temos agora connosco o projeto para ser apreciado e para depois entrar em vigor”, salientou Paulo Santos.

Idade máxima para entrar na PSP estendida aos 39 anos. Sindicato considera portaria "ilegal"

Também o presidente do Sindicato Nacional da Carreira de Chefe da Polícia de Segurança Pública, Rui Amaral, disse à Lusa que não estava à espera que a ministra consultasse os sindicatos depois de a portaria ter sido publicada em Diário da República.

Rui Amaral afirmou ainda que o sindicato vai agora enviar, no prazo de 48 horas, as suas propostas à tutela.

A Lusa contactou o Ministério da Administração Interna sobre o que vai acontecer à portaria, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

Além da idade, com as novas regras deixa também de existir uma altura mínima de ingresso na PSP.

Sem avançar com as propostas que o SNOP vai avançar, Bruno Pereira afirmou que “há outros países do mundo, como os Estados Unidos, em que não há limitações de idade, e o que se exige é que o candidato tenha condições físicas e psicológicas para poder desempenhar a função”.

O presidente da ASPP discorda que o tratamento do ingresso na PSP passe pela idade, defendendo que a atratividade possa ser resolvida pela via remuneratória.

O Ministério da Administração Interna (MAI) iniciou hoje novas negociações com os sindicatos da PSP e associações da GNR, para discutir tabelas remuneratórias, carreiras e revisão dos suplementos.

Esta nova ronda negocial ficou prevista no acordo assinado em julho de 2024 e que estabeleceu o aumento faseado do suplemento de risco em 300 euros até 2026.

Bruno Pereira disse que na reunião de hoje foi feita uma projeção do calendário e dos conteúdos das reuniões para discutir “aspetos essenciais do estatuto profissional da PSP, em particular as tabelas remuneratórias e as carreiras”.

“Vamos lutar pela melhoria de uma carreira que está destruída, porque houve anos a fio de subinvestimento, de olhar secundário para a importância desta carreira, portanto tudo faremos para a colocar no devido local e com a dignidade que é merecida”, disse, frisando as dimensões salariais na PSP “estão próximas dos níveis mais baixos de toda a União Europeia”.

Durante a manhã, a ministra Margarida Blasco recebeu os dirigentes da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) e, hoje à tarde, reuniu-se com o Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia e com a Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP) e o Sindicato Nacional da Carreira de Chefe da Polícia de Segurança Pública.

As reuniões de hoje foram com os sindicatos da PSP e associações da GNR que assinaram o acordo a 09 de julho de 2024.

As próximas reuniões estão marcadas para os dias 28 de janeiro, 24 fevereiro e 26 março. Na próxima semana a ministra reúne com os sindicatos e associações da GNR que não assinaram o acordo.

Erdogan adverte contra a divisão da Síria e afirma estar pronto a intervir militarmente

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O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou-se, esta segunda-feira, pronto a intervir militarmente na Síria em caso de “risco” de fragmentação, quando prosseguem combates no norte deste país entre fações apoiadas por Ancara e combatentes curdos.

“Não podemos permitir que a Síria seja dividida sob qualquer pretexto e, se virmos o mais pequeno risco, tomaremos rapidamente as medidas necessárias”, declarou o chefe de Estado turco.

O aviso do Presidente turco dirige-se aos combatentes curdos e, sobretudo, aos Estados Unidos, que têm apoiado as Forças Democráticas Sírias (FDS), uma fação turca que foi crucial no combate contra o grupo Estado Islâmico (EI).

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“Não há lugar para o terror e aqueles que apoiam o terrorismo serão enterrados com as suas armas”, reiterou Erdogan.

“Se o risco se tornar claro, podemos intervir de repente, de um dia para o outro”, ameaçou o chefe de Estado turco, relembrando que a Turquia tem “a capacidade para o fazer”.

Pelo menos 100 pessoas morreram durante o fim de semana em combates que opõem as fações apoiadas pela Turquia aos combatentes curdos da Unidade de Proteção Popular Curda (YPG), a “espinha dorsal” das FDS.

Ancara considera a YPG uma extensão do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado pela Turquia como um movimento terrorista.

O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan, já tinha afirmado que “a eliminação do PKK/YPG é apenas uma questão de tempo”, referindo-se à eventualidade de o movimento se juntar ao governo sírio e baixar as armas.

Ainda assim, o chefe da diplomacia turca advertiu que “se [o Ocidente] tiver objetivos diferentes e utilizar o EI como pretexto para reforçar o PKK, tal não acontecerá”.

Turquia apela à Europa para repatriar cidadãos presos por jihadismo

Desde a queda do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, os grupos armados curdos têm estado envolvidos em combates contra as milícias apoiadas pela Turquia, sobretudo no norte do país.

O novo líder da Síria, Ahmad al-Charaa, já tinha afirmado que se encontrava em negociações com as FDS “para resolver a crise no nordeste” do país, mas manifestou-se contra uma eventual autonomia curda na região.

Após o início da guerra civil na Síria, em 2011, os curdos instrumentalizaram o enfraquecimento de Assad e proclamaram uma região autónoma no norte do país, o que tem vindo a atrair a hostilidade turca.

Al-Charaa, anteriormente conhecido pelo nome de guerra Abu Mohammad al-Jolani, chefiou a coligação de grupos rebeldes que, liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham — HTS, em árabe), derrubou o regime de Assad, há 24 anos no poder na Síria, no dia 8 de dezembro, obrigando-o a abandonar o país com a sua família e a pedir asilo na Rússia.

Na Síria, 13 anos de guerra civil custaram a vida a mais de meio milhão de pessoas e resultaram na divisão do país em zonas de influência de beligerantes com interesses divergentes.

Marcelo lamenta morte de Couto dos Santos, “figura marcante” dos governos de Cavaco Silva

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou esta segunda-feira a morte do antigo ministro e deputado do PSD António Couto dos Santos, que lembrou como “figura marcante” dos governos chefiados por Cavaco Silva.

António Couto dos Santos foi hoje encontrado morto num campo de golfe em Matosinhos, no distrito do Porto, aos 75 anos.

“O Presidente da República lamenta profundamente a morte de António Couto dos Santos, antigo ministro da Educação e figura marcante dos governos de Aníbal Cavaco Silva”, lê-se numa mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

Nesta nota de pesar, o chefe de Estado destaca que “Couto dos Santos foi por três vezes ministro, tendo liderado as pastas da Juventude, dos Assuntos Parlamentares e da Educação”.

“Couto dos Santos foi ainda presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos, deputado à Assembleia da República e ocupou cargos de relevo em várias organizações culturais e empresariais, como a Casa da Música e a Associação Empresarial de Portugal”, refere-se na mesma nota.

António Fernando Couto dos Santos nasceu em 18 de maio de 1949, em Forjães, no concelho de Esposende, distrito de Braga, e fez o ensino secundário no liceu Passos Manuel, em Lisboa, licenciando-se depois em Engenharia Química pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa.

Nos governos chefiados por Cavaco Silva, foi secretário de Estado da Juventude, ministro Adjunto e da Juventude, ministro dos Assuntos Parlamentares e ministro da Educação, entre 1985 e 1993.

Eleito deputado pelos distritos de Setúbal e de Aveiro, Couto dos Santos foi presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República entre 2011 e 2015 e da Comissão Parlamentar de Saúde entre 2009 e 2011.

Teve também atividade empresarial, na Quimigal, foi presidente executivo da Associação Empresarial de Portugal, integrou o conselho de administração do Hospital da Amadora e presidiu à Casa da Música. Foi membro de órgãos sociais e consultor em diversos setores, incluindo a construção, energia e ambiente.

Vice-presidente da Reserva Federal responsável pela regulação bancária nos EUA demite-se

O vice-presidente da Reserva Federal (Fed) responsável pela supervisão bancária nos Estados Unidos, Michael Barr, anunciou, esta segunda-feira, a demissão, alegando que “o ambiente atual”, antes da posse de Donald Trump, não era propício ao cumprimento da sua missão.

“O risco de conflito em torno desta função pode desviar-nos da nossa missão [de supervisão e regulação do sistema financeiro]”, indica o responsável num comunicado do banco central.

“No ambiente atual, considerei que seria mais útil servir os americanos no meu papel de [simples] governador”, declarou Barr, a poucos dias de Donald Trump tomar posse como Presidente dos Estados Unidos, no próximo dia 20.

No dia em que passam quatro anos do ataque ao Capitólio, vitória eleitoral de Trump é confirmada no Congresso

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Michael Barr, que tem funções criadas após a crise financeira de 2008, tinha sido nomeado pelo Presidente cessante dos Estados Unidos, Joe Biden.

A sua demissão torna-se efetiva a partir de 28 de fevereiro e vai permitir a Donald Trump escolher um sucessor entre os membros do comité de política monetária do banco central norte-americano.

A escolha de Trump poderá levar a um recuo na regulação do sistema financeiro, embora a Fed tenha manifestado a intenção de a reforçar.

Livre pede que Marcelo vete projetos que limitam acesso de estrangeiros ao SNS

O Livre pediu, esta segunda-feira, ao Presidente da República que vete os projetos que visam limitar o acesso de estrangeiros não residentes ao Serviço Nacional de Saúde e acusou o Governo de desrespeitar o “não é não” ao Chega.

“Achamos que a gravidade da exclusão destes grupos de que aqui falei é de tal forma grande, que dissemos ao senhor Presidente da República que, em nosso entender, isso justificaria um exercício de um veto, seja político, seja constitucional, a estas leis, quando forem votadas em votação final global”, considerou.

Rui Tavares falava aos jornalistas após uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que durou cerca de duas horas e foi pedida pelo partido na sequência da operação policial do passado dia 19 de dezembro na Rua do Benformoso, Martim Moniz, em Lisboa.

O deputado do Livre criticava os projetos de lei do Chega e do PSD e CDS-PP que visam limitar as condições de acesso de cidadãos estrangeiros não residentes ao Serviço Nacional de Saúde e que foram aprovados no Parlamento na generalidade no passado dia 20 de dezembro.

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Aprovadas propostas do Chega e PSD e CDS-PP sobre mudanças no acesso de estrangeiros ao SNS

“Quando se diz que esta lei serve para impedir imigrantes indocumentados de terem acesso ao Serviço Nacional de Saúde, o que não se está a dizer é que estas pessoas estão indocumentadas não por vontade própria, mas por incompetência do Estado português”, alertou Rui Tavares.

O deputado do Livre avisou que uma futura lei pode impedir o acesso a cuidados de saúde de cidadãos estrangeiros que já estejam a descontar em Portugal ou que sejam apátridas.

Neste contexto, o Livre pediu ao Presidente da República que acompanhe “com muita atenção” o processo de especialidade no Parlamento destas iniciativas.

Acompanhado por uma comitiva composta pelo restante grupo parlamentar — Isabel Mendes Lopes, Filipa Pinto e Paulo Muacho — Rui Tavares acusou ainda o primeiro-ministro de estar a desrespeitar o compromisso eleitoral que assumiu quando afirmou “não é não” em relação ao Chega, adotando uma “estratégia de ir atrás de uma radicalização de direita”.

“O que estamos a ver na atividade parlamentar, de forma crescente, sobretudo após a aprovação do Orçamento do Estado, é que o «não é não» acabou e foi substituído por um correr atrás do prejuízo que representa uma estratégia de ir atrás de uma radicalização de direita, feita com base no «o que parece é»”, considerou o deputado do Livre.

Na ótica do Livre, o Governo “está a renegar o compromisso do «não é não» e assim está a renegar o compromisso que o levou ao Governo”.

“Não estando a ser cumprido é preciso tirar daí as devidas consequências”, afirmou.

Interrogado sobre que consequências podem estar em cima da mesa, Tavares afirmou que, uma vez que o Governo está a “correr atrás do prejuízo da extrema-direita”, isso significa que a oposição terá que entrar “numa fase diferente”.

“E isso será notório: lei a lei, iniciativa a iniciativa, numa vigilância muito mais apertada que faremos em relação a esta deriva autoritária e securitária por parte do Governo”, respondeu.

Tavares afirmou que esta oposição deve ainda ser feita “com outras forças políticas, com outros movimentos, com a cidadania em geral” e não apenas no Parlamento, mas também “a nível social”.

Interrogado pelos jornalistas, Rui Tavares dirigiu duras críticas ao presidente do Chega, André Ventura, por ter sugerido, no passado dia 28 de dezembro, ao Presidente da República a convocação de um Conselho de Estado sobre segurança em Portugal.

“O que André Ventura fez não foi digno de um Conselheiro de Estado, aquilo que ele fez não respeitou a instituição do Conselho de Estado, não respeitou o órgão de soberania que é o Sr. Presidente da República, porque basicamente foi utilizar, manipular o Conselho de Estado como peão de mais uma das suas manobras de propaganda”, acusou Tavares.

Carros elétricos: Honda põe em marcha superplano para duplicar a autonomia das baterias

A Honda planeia produzir baterias de estado sólido para veículos elétricos que poderão atingir 1.000 quilómetros com um único carregamento – mais do dobro da autonomia dos automóveis elétricos atualmente disponíveis no mercado. As baterias de estado sólido utilizam um eletrólito sólido, que permite a movimentação de iões (mas não de eletrões) entre os elétrodos  – cátodo e ânodo – de uma bateria. Isso gera eletricidade ao forçar os eletrões a circularem por um circuito externo. Essas baterias são mais densas em energia porque podem usar ânodos de lítio metálico puro, que armazenam mais energia em menos espaço, em vez

Transtejo/Soflusa abre inquérito a colisão entre catamarã e barco de pesca

A Transtejo/Soflusa determinou “a instauração imediata de um inquérito interno” para apuramento das circunstâncias e responsabilidades do acidente ocorrido na tarde desta segunda-feira no rio Tejo, envolvendo um barco de transporte de passageiros e um barco de pesca.

Na sequência do acidente duas pessoas ficaram feridas e duas estão desaparecidas.

Numa resposta enviada à agência Lusa, a empresa explica que pelas 16h55 o navio catamarã “Antero Quental”, que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, foi alvo de abalroamento por uma embarcação de pesca.

A empresa adianta que o mestre do navio tentou evitar o embate, designadamente com vários alertas sonoros, e que estes foram ignorados pela embarcação de pesca.

Depois do acidente, explica ainda a Transtejo/Soflusa, foi feito o procedimento habitual nestas circunstancias, nomeadamente a realização de um exame de alcoolemia ao mestre do navio, pelas autoridades competentes, “cujo o resultado foi de 0,0g/l de álcool no sangue”.

No entanto, acrescenta a empresa, o Conselho de Administração determinou a instauração imediata de um inquérito interno, para apuramento das circunstâncias e responsabilidades desta ocorrência.

A Transtejo Soflusa, empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, adianta que o transporte de passageiros na ligação fluvial Barreiro – Terreiro do Paço mantém-se ativo e regular.

Colisão entre catamarã e barco de pesca no Tejo faz dois feridos e dois desaparecidos

Segundo a Capitania do Porto de Lisboa, as buscas pelos dois desaparecidos que seguiam na embarcação de pesca que colidiu com o catamarã vão decorrer “até que seja possível”.

“Vai descer a maré e as buscas vão decorrer até que julguemos que há condições para as fazer”, afirmou o capitão do porto de Lisboa, Paulo Rodrigues Vicente.

O capitão-de-mar-e-guerra, que também comanda a Polícia Marítima de Lisboa, falava aos jornalistas na capitania do porto sobre o balanço das operações de socorro e resgate dos dois feridos e dois desaparecidos de uma embarcação de pesca que colidiu com um catamarã de transporte de passageiros da Transtejo-Soflusa.

“Não temos previsão em termos de horas [para fazer as buscas], vamos ver as condições, vamos bater a zona, vamos verificar todas as zonas ali perto”, explicou Rodrigues Vicente, acrescentando que o “rio tem características muito especiais, não é mar aberto, a corrente tem uma forte influência no transporte de pessoas” e vão “agarrar nessa experiência e tentar encontrar essas pessoas”.

O comandante da Polícia Marítima confirmou que foi o mestre da embarcação de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa a dar o alerta, pelas 17:05, que tinha colidido com uma “embarcação mais pequena”, com quatro ocupantes, dois dos quais foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos bombeiros de Cacilhas.

Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

Na sequência do alerta, “foram de imediato ativadas para o local uma embarcação do comando-local da Polícia Marítima de Lisboa, uma embarcação da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa e uma embarcação dos Bombeiros Sapadores de Lisboa, além do helicóptero da Força Aérea.

Segundo o capitão do porto, um helicóptero da Força Aérea foi “acionado cerca de 40 minutos após o acidente” e as buscas vão prosseguir tendo também em conta as “tabelas normais de sobrevivência na água”.

Questionado sobre o tipo de embarcação de pesca, Paulo Rodrigues Vicente avançou que “se trata de uma embarcação de pesca, vulgarmente da amêijoa”, informação que advém de, nas operações de mergulho, porque a embarcação virou, ter sido encontrada “uma ganchorra e vários apetrechos de pesca” que podem indiciar que “iam para a prática da apanha da amêijoa”.

“Os canais que as embarcações de transportes de passageiros usam, quer para o Seixal, quer para o Barreiro, são cruzados diariamente por muitas embarcações”, admitiu o capitão do porto, confirmando que a colisão ocorreu dentro desse canal.

Estão esgotados os bilhetes para o Sporting-FC Porto

Estão esgotados os bilhetes para o clássico entre Sporting e FC Porto de amanhã, terça-feira. Em comunicado publicado esta segunda-feira, a Liga Portugal informou que já foram adquiridos todos os ingressos disponíveis para o duelo da primeira meia-final da Allianz Cup, esperando-se, assim, um Estádio Dr. Magalhães Pessoa com casa cheia para o duelo que determinará o primeiro finalista da edição deste ano.
Na mesma nota, o organismo informou também que já existem poucos bilhetes para a segunda meia-final da competição, entre Benfica e Sp. Braga, que se disputa na quarta-feira, também em Leiria.

Por Sérgio Magalhães

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Buscas por pescadores desaparecidos no Tejo interrompidas durante a noite

As buscas pelos dois desaparecidos que seguiam na embarcação de pesca que colidiu com um catamarã de passageiros no rio Tejo foram interrompidas esta noite e serão retomadas na terça-feira de manhã, adiantou a Autoridade Marítima Nacional (AMN).

“As buscas foram interrompidas esta noite e serão retomadas amanhã de manhã [terça-feira]”, pode ler-se, num comunicado onde é referido que as vítimas não foram encontradas.

As operações de buscas serão retomadas com recurso a embarcações da Estação Salva-vidas da Capitania do Porto de Lisboa, da Estação Salva-vidas de Cascais, dos Bombeiros Sapadores de Lisboa e dos Bombeiros Voluntários de Cacilhas.

Por terra, estarão empenhados meios do comando-local da Polícia Marítima de Lisboa a realizar patrulhas nas duas margens do rio, acrescentou a AMN.

Além dos meios marítimos e terrestres, foi também empenhado nas buscas desde o final da tarde de hoje um helicóptero EH-101 Merlin da Força Aérea, anunciou este ramo das Forças Armadas.

O capitão do porto de Lisboa, Paulo Rodrigues Vicente, tinha explicado antes que foi o mestre da embarcação de passageiros que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa a dar o alerta, pelas 17h05, que tinha colidido com uma “embarcação mais pequena”, com quatro ocupantes, dois dos quais foram resgatados junto ao cais da Margueira e assistidos pelos bombeiros de Cacilhas.

Os dois feridos, um com gravidade e outro ligeiro, foram transportados para o Hospital Garcia de Orta, em Almada.

A Transtejo/Soflusa anunciou, numa resposta enviada à agência Lusa, a “instauração imediata de um inquérito interno” para apuramento das circunstâncias e responsabilidades do acidente.

A empresa explicou que pelas 16h55 o navio catamarã “Antero Quental”, que fazia a ligação entre o Barreiro e Lisboa, foi alvo de abalroamento por uma embarcação de pesca, adiantando que o mestre do navio tentou evitar o embate, designadamente com vários alertas sonoros, e que estes foram ignorados pela embarcação de pesca.

A Transtejo Soflusa, empresa responsável pela ligação fluvial entre o Seixal, Montijo, Cacilhas, Barreiro e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, e Lisboa, adiantou ainda que o transporte de passageiros na ligação fluvial Barreiro – Terreiro do Paço mantém-se ativo e regular.

Dois mortos e três feridos em fogo em prédio na Costa da Caparica

Duas pessoas morreram e três ficaram feridas na sequência de um incêndio num prédio na Costa da Caparica, no concelho de Almada, distrito de Setúbal, adiantou esta segunda-feira fonte da Proteção Civil.

O alerta foi dado pelas 19h02, para um incêndio num segundo andar de um prédio na Avenida Dom Sebastião na Costa da Caparica, que foi dado como extinto pelas 20h02, referiu fonte do Comando Sub-regional da Península de Setúbal.

A mesma fonte explicou que o fogo resultou em cinco vítimas, dois mortos e três feridos leves, por inalação de fumos.

Os feridos leves foram transportados para uma unidade hospitalar, acrescentou.

O Comando Sub-regional da Península de Setúbal referiu não ter ainda conhecimento se a ocorrência resultou em desalojados. A Lusa tentou obter mais informações junto da GNR mas não foi possível até ao momento.

Para o local foram destacados elementos dos bombeiros de Cacilhas, Almada, Trafaria e Seixal, bem como do INEM, GNR e da autarquia de Almada, num total de 30 operacionais, apoiados por 13 viaturas.

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