Adepto do Manchester United, Elon Musk interessado em comprar Liverpool FC

Elon Musk poderá estar interessado em comprar o clube de futebol inglês Liverpool, afirma o seu pai, Errol, em entrevista à Times Radio. O magnata, que agora se encontra numa “disputa” com o governo trabalhista britânico, tem ligações à cidade e o sucesso recente do clube também pode ser motivo de interesse.

“[Elon] gostaria, sim, obviamente”, disse Errol Musk, defendendo que estaria no interesse de qualquer pessoa ser o proprietário do clube. No entanto, a sua resposta não representa uma garantia de que o dono da rede social X, Tesla e SpaceX irá acrescentar mais uma grande pasta ao seu portefólio. Errol confirma que o filho está interessado, “mas isso não significa que o irá comprar”.

Questionado pela jornalista, uma fã assumida do clube, o pai do magnata explica que a avó paterna de Elon nasceu em Liverpool, tendo família ainda na região. “Tive a sorte de conhecer muito sobre os Beatles porque eles cresceram com alguns dos meus familiares”, adianta Errol, reforçando a sua estima pela cidade localizada no ponto de convergência entre o rio Mersey e o Mar da Irlanda. A família acabou por emigrar para a África do Sul, onde acabaram por nascer as gerações seguintes.

Não é a primeira vez que se ouve o nome de Elon Musk associado ao mundo do futebol. Em 2022, na plataforma que agora preside, Musk sugeriu, em tom de brincadeira, comprar o Manchester United depois da derrota de 4-0 contra o Brentford. Numa outra publicação de clarificação, esclareceu que não tinha a intenção de comprar qualquer equipa desportiva. Contudo, Musk escreveu que se fosse comprar qualquer clube, seriam os red devils, a sua “equipa favorita” quando era criança.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Estudo. Bebidas açucaradas provocam milhões de novos casos de diabetes e doenças cardíacas

Um estudo relacionou o consumo de bebidas açucaradas ao surgimento de milhares de novos casos de diabetes tipo 2 e de doenças cardiovasculares, em 184 países, principalmente no continente africano e na América Latina e Caraíbas. Os dados publicados esta segunda-feira, na revista  Nature Medicine, mostram que cerca de 340.000 pessoas morreram em 2020 vítimas dessas doenças cujas causas estão associadas à constante ingestão de refrigerantes e de outras bebidas adoçadas com açúcar.

Este número representa um aumento significativo de 54% em relação a uma avaliação de 2015, que foi publicada na revista Circulation, que estimou a morte de 184.000 pessoas relacionada com problemas de saúde provocados por estas bebidas, cita o The New York Times.

O estudo agora publicado — desenvolvido pelo Global Dietary Database — revela ainda que, em 2020, as bebidas açucaradas estiveram na base do diagnóstico de pelo menos “2,2 milhões e de 1,2 milhões de novos casos de diabetes e de doenças cardiovasculares”, respetivamente.

A África Subsaariana e América Latina e Caraíbas, entre 1999 e 2020, registaram os maiores aumentos em relação a outras partes do mundo. Esta realidade foi justificada no estudo com o facto de as empresas de refrigerantes investirem esforços para atrair cada vez mais clientes em países pouco desenvolvidos, face a uma certa diminuição das vendas na América do Norte e na Europa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Venda de bebidas com muito açúcar desce 36% nos últimos sete anos

“À medida que o consumo de bebidas açucaradas se estabilizou, ou começou a diminuir nas grandes nações, a indústria de bebidas [açucaradas] voltou-se para mercados emergentes, onde as populações são altamente suscetíveis ao apelo de marketing para estilos de vida ocidentais”.

Por isso mesmo, alertou sobre o consumo constante de bebidas açucaradas que, explicou, pode levar à obesidade e aumentar o risco de doenças cardíacas, hipertensão e diabetes tipo 2.

Dariush Mozaffarian, um dos principais autores do estudo e diretor do Instituto Food Is Medicine da Universidade Tufts, disse esperar que os resultados deste trabalho possam acelerar esforços no sentido de reduzir o consumo destes produtos, particularmente em países mais pobres, onde os sistemas de saúde não estão preparados para lidar com o crescimento dessas doenças.

Indústria de refrigerantes compromete-se com nova redução de açúcar nas bebidas

“Os reguladores e atores políticos reagem rapidamente a mortes trágicas, como as causadas por um acidente de avião ou um ataque terrorista. As bebidas açucaradas causam mais mortes e sofrimento, mas estas mortes não comovem as pessoas da mesma forma, porque estão escondidas”, disse, concluindo que “isso tem que mudar.”

Cerca de 830 milhões de pessoas no mundo têm diabetes, sendo que a maioria vive em países mais pobres. No entanto, mais da metade destas não estão a receber qualquer tipo de tratamento, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Já as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, matando cerca de 17,9 milhões de pessoas a cada ano, avança a OMS.

Texto editado por Dulce Neto

Maria Luís Albuquerque. Preço das casas pode baixar com reforço do investimento na UE

Maria Luís Albuquerque disse esta terça-feira que no seu mandato como comissária quer reforçar o investimento privado na União Europeia e defendeu que mais investimento nas empresas, em vez de em ativos imobiliários, permitirá baixar os preços das casas.

Maria Luís Albuquerque participou esta terça-feira no Seminário Diplomático, em Lisboa, naquela que foi a sua primeira intervenção pública desde que tomou posse como comissária europeia, com a pasta dos Serviços Financeiros e União de Poupança e Investimento.

Para demonstrar a importância de reforçar os mercados financeiros, a comissária deu o exemplo do preço das casas que considerou que poderão diminuir se houver mais investimentos canalizados para empresas e menos para ativos imobiliários.

“Se nós conseguirmos desviar significativamente mais recursos para o capital das empresas, vamos também reduzir os investimentos, por exemplo, no setor imobiliário, que também contribui para a pressão dos preços da habitação”, disse.

Maria Luís Albuquerque quer contrariar perda de competitividade da UE

Albuquerque disse que, durante os cinco anos de mandato, quer trabalhar para criar um mercado único de serviços financeiros e promover uma melhor alocação de recursos financeiros privados na União Europeia (UE) com vista a reforçar a competitividade europeia.

“O objetivo é que diminuam os casos em que os recursos europeus vão financiar boas ideias surgidas na Europa, mas em que o mercado que permite que as duas partes se encontrem de forma eficaz e eficiente está nos Estados Unidos”, afirmou.

Poupança pode ser impulso à competitividade comunitária

A comissária europeia disse que se estima que o valor de poupanças europeias desviadas para os Estados Unidos é na ordem de 300 mil milhões de euros, pelo que se esse valor ficasse na UE seria um impulso à competitividade comunitária.

A ex-ministra das Finanças (do Governo PSD/CDS-PP, liderado por Passos Coelho) acrescentou que vai dar prioridade à harmonização da regulamentação financeira (referiu que não há uma definição de acionista comum aos 27 Estados-membros) e à redução das barreiras aos investimentos e serviços transfronteiriços.

Citou um estudo recente do Fundo Monetário Internacional (FMI) segundo o qual a fragmentação dos mercados financeiros tem um impacto na UE semelhante a uma guerra comercial com os Estados Unidos.

Comissão Europeia. ​Primeiro-ministro considera “crucial” pasta atribuída a Maria Luís Albuquerque

Maria Luís Albuquerque considerou ainda que esse reforço dos mercados financeiros é importante para as poupanças dos particulares. Considerando que nos “depósitos bancários a rentabilidade não permite garantir isso [uma vida financeira segura em idade avançada]”, defendeu que é preciso “dar opções de investimento”.

Ana Gomes coloca questão sobre desigualdade fiscal

No seminário diplomático houve lugar a perguntas, tendo sido uma da embaixadora Ana Gomes, que questionou sobre a desigualdade fiscal dentro da UE.

Maria Luís Albuquerque disse que a matéria fiscal não é sua responsabilidade e é uma discussão difícil na UE porque é uma competência vista como soberania de cada Estado-membro. Ainda assim, considerou que “haver esforço para maior harmonização fiscal, no caso do tratamento dado a investimentos transfronteiriços, será um importante contributo para a União de Poupanças e Investimento”.

Em 1 de dezembro passado, iniciou funções a nova equipa da Comissão Europeia, novamente presidida por Ursula von der Leyen.

O novo executivo comunitário é composto por 11 mulheres entre 27 nomes, uma das quais é a comissária indigitada por Portugal, Maria Luís Albuquerque (57 anos).

Na carta de missão, a líder do executivo comunitário pediu que a comissária portuguesa use a sua experiência no setor público (de ministra das Finanças e secretária de Estado do Tesouro) e no privado (após ter passado por empresas como a gestora de fundos europeia Arrow Global e o banco mundial Morgan Stanley) para “desbloquear montante substancial de investimento” na UE.

Assembleia Municipal de Lisboa pede reformulação da proposta do referendo sobre AL

A Assembleia Municipal de Lisboa pediu ao Movimento Referendo pela Habitação (MRH) que reformule a sua proposta de realização de uma consulta popular sobre a possibilidade de se proibir o alojamento local em fracções habitacionais na cidade, depois de a mesma ter sido chumbada pelo Tribunal Constitucional (TC).

Os responsáveis pelo movimento, que foram notificados de tal pedido ao final da tarde desta segunda-feira, têm agora cinco dias úteis para apresentarem uma nova versão da proposta de referendo que havia sido aprovada pela assembleia municipal, no mês passado. Ao PÚBLICO, dizem que vão apresentar uma nova proposta, “mas nunca de tal modo que subverta as intenções da iniciativa” daqueles que a apoiaram.

“Iremos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para lutar pelo nosso direito à cidade e fazer valer a nossa vontade de sermos ouvidos em referendo”, garantem os responsáveis pelo MRH, sem deixar de reconhecer a dificuldade em tentar convencer os juízes, a quem acusam de terem tomado uma “decisão política”, a mudarem de posição sobre a iniciativa.

“Sabemos que vai ser muito difícil, porque o Tribunal Constitucional decidiu ser especialmente intransigente com a proposta popular”, considera o movimento, num comunicado publicado a meio da tarde desta terça-feira. E no qual os activistas afirmam que “a reformulação sempre foi uma possibilidade do processo” e prometem continuar a lutar pelo seu objectivo.

A reformulação da proposta do referendo sobre a possibilidade de banir a actividade de AL em edifícios destinados à habitação está agora nas mãos de juristas do MRH, confirmou ao PÚBLICO Teresa Mamede, do movimento. “Todo este processo do lançamento de referendo por iniciativa popular tem questões altamente técnicas. Por sorte, temos no movimento pessoas que se ocupam desta área do direito e que estão a analisar a melhor forma de reformular as perguntas”, diz a activista.

Algo que terá de ser feito, nota, tentando estabelecer um compromisso entre o corrigir os vícios apontados pelos conselheiros do TC e a necessidade de “respeitar o espírito original desta iniciativa de referendo, de defesa do direito à habitação”.

O Tribunal Constitucional (TC) chumbou, num acórdão publicado a 3 de Janeiro, a realização do referendo sobre a proibição do Alojamento Local (AL) em todos os apartamentos privados destinados à habitação na cidade de Lisboa. Os juízes conselheiros consideram não estar verificada a legalidade daquela que seria a primeira consulta do género, de iniciativa popular, a realizar em Portugal. A decisão mereceu o voto favorável de todos os juízes, tendo parte da fundamentação do acórdão sido, todavia, contestada por dois dos conselheiros, que apresentaram declarações de voto.

O colectivo de juízes do TC invocou razões de duas naturezas distintas para recusar autorizar a realização do referendo, prendendo-se, essencialmente, com matérias de duas naturezas distintas.

Por um lado, consideram não estarem verificadas as condições mínimas para a realização da consulta deste género por o processo não ter cumprido pelo menos três requisitos legais. O que tem que ver não apenas com o número de assinaturas mínimas conseguidas para lançar o processo, mas também com a identificação clara dos mandatários do processo referendário e ainda com a inexistência de um parecer vinculativo por parte do presidente da câmara, Carlos Moedas. Por outro lado, dizem, o actual quadro legal não permite referendar esta matéria.

Musk e as democracias: não há respostas fáceis

O PÚBLICO não é compatível com o Internet Explorer 10 ou versões inferiores. Por favor, actualize o seu browser.

PÚBLICO

Abrir portas onde se erguem muros

Assinaturas

Presidente convoca Conselho de Estado para discutir situação na Madeira

O Presidente da República convocou o Conselho de Estado para discutir a situação política na Madeira. Após receber todos os partidos com representação na Assembleia Legislativa Regional da Madeira, esta terça-feira, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu ouvir também os conselheiros de Estado a 17 de Janeiro.

Numa nota publicada no site da Presidência da República, o Marcelo Rebelo de Sousa informa que “na sequência da audição dos partidos políticos representados na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, o Presidente da República decidiu convocar, nos termos constitucionais, o Conselho de Estado para o dia 17 de Janeiro, pelas 15 horas, para o efeito de pronúncia nos termos do Artigo 145.º, alínea a), da Constituição”. Este artigo determina que compete ao Conselho de Estado “pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República e das Assembleias Legislativas das regiões autónomas”.

Ao longo desta terça-feira, o Presidente da República ouviu os partidos com assento parlamentar na Madeira, que pediram a convocação de eleições antecipadas perante a queda do governo regional, que foi alvo de uma moção de censura. Após ouvir o Conselho de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa poderá decidir se dissolve a assembleia legislativa regional e, com uma antecedência mínima de 55 dias, convoca novas eleições antecipadas na região.

Bloco de Esquerda força apreciação parlamentar da revisão da lei dos solos com o apoio do PCP, Livre e PAN

A Assembleia da República vai apreciar o decreto do Governo para a revisão da lei dos solos no próximo dia 24, uma iniciativa do Bloco de Esquerda que teve o apoio do PCP, do Livre e do PAN.

Este foi um dos dois pedidos de apreciação parlamentar que resultou da reunião de terça-feira da conferência de líderes, durante a qual se procedeu à marcação dos debates de 30 iniciativas legislativas, da autoria todos os grupos parlamentares e do Governo, para a segunda quinzena deste mês.

O primeiro dos dois pedidos de apreciação parlamentar partiu do PS, ocorrerá no próximo dia 23 e visa um decreto do Governo de outubro passado sobre o regime jurídico dos estabelecimentos de alojamento local.

Já o segundo pedido de apreciação parlamentar, do Bloco de Esquerda, que também reuniu assinaturas de deputados do PCP, Livre e PAN, visa um decreto recentemente promulgado com reservas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial, ou seja, a lei dos solos.

PEV defende que alteração à lei dos solos representa “retrocesso”

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

No final da conferência de líderes, o presidente da bancada do Bloco de Esquerda, Fabian Figueiredo, criticou Marcelo Rebelo de Sousa por ter promulgado um decreto que classificou como “um entorse” e deixou um desafio indireto ao PS para se definir em matéria de alterações à lei dos solos.

Perante os jornalistas, Fabian Figueiredo acusou o PSD de estar “a esquartejar” uma lei da autoria do antigo ministro social-democrata Jorge Moreira da Silva e defendeu que o atual Governo pretende uma revisão da lei dos solos que “incentiva a especulação imobiliária, agrava as condições de combate e de prevenção aos efeitos das alterações climáticas e promove o desordenamento do território”.

“O Bloco de Esquerda e um conjunto de deputados do PCP, do Livre e do PAN entregaram uma apreciação parlamentar para que esse mesmo decreto-lei, que nunca devia ter visto à luz do dia, que devia ter sido vetado pelo Presidente da República, seja discutido na Assembleia da República. Este decreto-lei deve ser chumbado pela Assembleia da República e é agora o momento dos partidos se pronunciarem como votarão a apreciação parlamentar”, declarou Fabian Figueiredo.

O líder parlamentar do Bloco de Esquerda afirmou ainda que “urbanistas, pessoas da área do direito, ativistas contra a corrupção e cidadãos que refletem sobre a forma como o território deve estar organizado para enfrentar as alterações climáticas têm caracterizado a lei do Governo como uma catástrofe”.

“É uma catástrofe porque promove a especulação imobiliária, porque não prepara o país para a mitigação dos efeitos das alterações climáticas e porque promove o desordenamento do território“, acrescentou.

Fraude, branqueamento, falsificação: Brandão arguido horas após demissão do Novo Banco

Constituídos dois arguidos e realizadas quatro buscas domiciliárias para “a descoberta da verdade”. Até hoje administrador do Novo Banco, Brandão é suspeito de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e falsificação.  Esta segunda-feira, Carlos Brandão era administrador do Novo Banco. Esta terça-feira, ainda de manhã, foi destituído com efeitos imediatos e, horas mais tarde, foi constituído arguido, por suspeitas de fraude, branqueamento e falsificação, de acordo com nota da Procuradoria-Geral da República (PGR). “No âmbito de inquérito dirigido pela 4.ª Secção do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), estão a ser realizadas diligências de busca para identificação e

1 22 23 24 25 26 672