FC Barcelona vence Athletic Bilbau e apura-se para final da Supertaça de Espanha

O FC Barcelona venceu esta quarta-feira o Athletic Bilbau, por 2-0, e qualificou-se para a final da Supertaça de futebol de Espanha, na qual vai defrontar o Real Madrid ou o Maiorca.

A grande figura da partida foi o centrocampista formado em La Masia, Gavi, que abriu o marcador aos 17 minutos, a passe de Alejandro Balde, e fez a assistência para o jovem Lamine Yamal, outro produto da formação barcelonista, fixar o resultado final em 2-0.

A outra meia-final disputa-se na quinta-feira, também em Jeddah, na Arábia Saudita, entre o Real Madrid e o Maiorca, para apurar quem ocupará a outra vaga na final, marcada para o estádio Rei Abdullah, para defrontar o FC Barcelona.

O clube catalão é o recordista de vitórias na competição, com 14 troféus, seguido pelo Real Madrid, com 13, enquanto o Athletic Bilbau conquistou a prova por três vezes e o Maiorca uma.

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Sim, a Igreja de Santa Engrácia existe – e sim, as obras demoraram mesmo muito

Panteão Nacional ficava no Mosteiro dos Jerónimos, antes do fim das (prolongadas) obras. Eça de Queiroz “mudou-se” para Santa Engrácia. José Maria de Eça de Queiroz foi para o Panteão Nacional. Os restos mortais foram transladados para o local histórico nesta quarta-feira, 8 de Janeiro. A manhã de quarta-feira foi preenchida com directos que duraram horas, que mostraram toda a cerimónia. E, lá pelo meio, muitos ouvintes ou telespectadores terão ouvido que os restos mortais do escritor estavam a entrar na Igreja de Santa Engrácia. “Como? As obras de Santa Engrácia” – terão perguntado alguns portugueses, aqueles que ainda não

Eleições em Moçambique. Iniciativa Liberal acusa Governo português de ter escolhido “caminho da autocracia”

O líder da Iniciativa Liberal (IL) acusou, esta quarta-feira, o Governo de ter escolhido o “caminho da autocracia” pela posição que assumiu relativamente às eleições presidenciais de Moçambique, pedindo ao Presidente da República que exerça influência para “recuperar o bom senso”.

Num artigo de opinião publicado no jornal Público, Rui Rocha critica a posição assumida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que, no dia 23 de dezembro, após o Conselho Constitucional de Moçambique ter proclamado os resultados das eleições presidenciais, divulgou um comunicado em que se manifestava “disponível para trabalhar com o novo Presidente e com governo moçambicanos”.

“O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, atirou-se para um reconhecimento imediato e irrefletido dos resultados eleitorais minutos (!) depois de serem anunciados, arrastando a diplomacia portuguesa para uma validação extemporânea da manipulação e limitando a sua possibilidade de aparecer como protagonista privilegiado de um desejável processo de mediação”, critica Rui Rocha.

Para o líder da IL, Portugal, “pela mão imprevidente e inábil do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, colocou-se apressadamente ao lado da injustiça e da opressão”.

“Não é necessário aprofundar muito a reflexão para perceber que o ministro Paulo Rangel, incapaz de ver para lá de uma lógica exclusiva de curtíssimo prazo e submisso ao poder atual em Maputo, pode ter comprometido seriamente a relação futura de Portugal com Moçambique”, refere.

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Rui Rocha critica ainda o facto de, após Venâncio Mondlane ter anunciado que ia regressar a Moçambique, a primeira intervenção de Paulo Rangel não tenha sido para “pedir ‘equilíbrio’ ao regime, instando-o, no mínimo, a que se comprometa com a garantia de não cometer qualquer atrocidade contra o líder da oposição”.

“Foi, em vez disso, para colocar sobre Venâncio Mondlane, que teve de fugir e passar à clandestinidade, que viu o seu advogado assassinado e milhares de apoiantes seus a serem perseguidos, presos e eliminados, que tem a sua vida em perigo nesse regresso, o ónus da reconciliação”, acusa.

“Não nos façam de imbecis”. Líder de ONG moçambicana avisa Portugal, UE e EUA: “Meteram gangsters no governo, não esperem que sejam o Papa”

O líder da IL defende que “a diplomacia é um figo que proporciona mais sabor se quem a dirige souber resistir à pressa de colher o fruto enquanto não está maduro”.

“Mas, perante a incapacidade de leitura da realidade revelada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros à luz de valores elementares e também dos próprios interesses de Portugal, resta esperar que o Presidente da República, a quem apelo diretamente, possa exercer nas próximas horas o seu magistério de influência na busca da recuperação do bom senso”, afirma.

Para Rui Rocha, “não há tempo para mais, pois de momento é absolutamente urgente que se interceda junto do regime para que este se comprometa a respeitar a vida, a integridade física e os direitos cívicos de Venâncio Mondlane no seu regresso corajoso a Moçambique”.

Segundo os resultados divulgados em 23 de dezembro pelo Conselho Constitucional de Moçambique, o candidato da Frelimo — partido no poder desde a independência do país —, Daniel Chapo, venceu com 65,17% dos votos a eleição para Presidente da República.

Perante esses resultados, o Presidente da República português fez publicar nesse mesmo dia uma nota referindo que “tomou conhecimento dos candidatos e da força política declarados formalmente vencedores por aquele Conselho”, mas na qual não menciona Daniel Chapo nem faz a habitual saudação ao proclamado Presidente eleito.

Por sua vez, o primeiro-ministro escreveu na rede social X: “Concluído o processo eleitoral pelo Conselho Constitucional e designado Daniel Chapo como Presidente eleito de Moçambique, sublinhamos o propósito de que a transição que agora se inicia possa decorrer de forma pacífica e inclusiva, num espírito de diálogo democrático, capaz de responder aos desafios sociais, económicos e políticos do país”.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros foi mais além, declarando em comunicado que “o Governo português está disponível para trabalhar com o novo Presidente e com o governo moçambicanos em prol do reforço dos laços estratégicos entre os dois países, na continuidade dos laços históricos de amizade entre os dois povos” e quer manter-se “como parceiro-chave, contribuindo para o progresso sustentável e a paz em Moçambique”.

“Políticas da saúde têm ignorado” importância dos fatores ambientais nas doenças

Uma em cada quatro mortes no mundo já é causada por fatores ambientais e a situação vai agravar-se. A aceleração das alterações climáticas, o crescimento da poluição e a perda de biodiversidade aumentam o peso dos fatores ambientais na nossa saúde. Mas em Portugal as políticas de Saúde continuam totalmente divorciadas destas questões, conclui o primeiro Relatório do Observatório Português da Saúde e Ambiente, uma iniciativa do Conselho Português para a Saúde e Ambiente (CPSA).

“Os mecanismos de monitorização dos fatores ambientais determinantes da saúde são quase inexistentes no nosso país”, pode ler-se neste relatório, que indica, ainda, que “as estruturas de saúde não estão preparadas para prevenir ou reagir atempadamente a fenómenos extremos de origem climática ou ao surgimento de uma nova pandemia”.

Num retrato preocupante, os autores deste estudo apontam falhas na formação dos profissionais de saúde para estas questões e legislação obsoleta.

Luís Campos, presidente do CPSA, diz à Renascença que, apesar do peso dos fatores ambientais na saúde humana, o que se verifica “é que as políticas ambientais têm ignorado a saúde e as políticas da saúde têm ignorado o ambiente. A monitorização desse impacto praticamente não existe ou está muito disperso”.

“Sabemos que a probabilidade de uma nova pandemia é cada vez maior, que as catástrofes climáticas já fazem parte do nosso quotidiano”, diz Luís Campos.

No entanto, “verificamos que pouco aprendemos com a pandemia de covid-19. As decisões políticas estão pouco acompanhadas pela ciência, falta planeamento, falta uma articulação com o setor privado, atravessamos um período de indefinição do modelo de governação do SNS, que cria uma vulnerabilidade perigosa, persistem os problemas de articulação e comunicação entre os vários níveis de cuidados, o modelo hospitalar dividido em silos verticalizados, fragmentados, dificulta uma mudança de prioridades que poderá ter de acontecer de um momento para o outro”, sublinha.

Outro dado preocupante – apontado pelo presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente – é a falta de especialistas em Medicina Interna nos nossos hospitais.

Se houver uma nova pandemia em que é necessário tratar “doentes complexos, multissistémicos é necessária uma abordagem holística que a Medicina Interna pode propiciar”. “Ora no último concurso, nota o médico, metade das vagas ficaram por ocupar e, portanto, é fundamental aumentar a atratividade desta especialidade”.

Pela positiva, este relatório destaca a monitorização de doenças provocadas por zoonoses (transmitidas entre animais e seres humanos) e por vetores, como é o caso das carraças (responsáveis por febre escaro-nodular e a borreliose de Lyme) e por mosquitos, como a febre de dengue ou a febre do vírus do Nilo Ocidental.

Luís Campos diz que esta é a exceção: “a expansão de alguns vetores em Portugal, a vigilância epidemiológica deste tipo de doenças está a ser relativamente monitorizado”.

Porque todos os restantes que “também são fatores de risco para a saúde humana, como a poluição das águas, a poluição atmosférica, a poluição química, os plásticos, aí há não só uma dispersão a nível de informação, mas também falta de monitorização.”

O Relatório Saúde e Ambiente 2024, que esta quinta-feira é apresentado na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, contou com contribuições de quase uma centena de especialistas de diferentes especialidades.

Governo recomenda que “RTP1 deixe de ser financiada por publicidade”

O ministro dos Assuntos Parlamentares anunciou que o novo contrato de concessão da RTP recomenda que a RTP1 deve tendencialmente deixar de ser financiada por publicidade, sem estabelecer prazo, caindo a imposição do seu fim em 2027.

Pedro Duarte, que falava em entrevista à CNN Portugal, acrescentou que a revisão do contrato de concessão do serviço público de rádio e de televisão da RTP foi colocada esta quarta-feira em consulta pública e que “uma das medidas que lá está tem a ver” com o seu financiamento.

“Tínhamos uma intenção original de libertar a RTP da publicidade comercial” até 2027 “para poder estar mais próximo das pessoas e, portanto, atingir mais pessoas”, mas “o parlamento travou isso” e “democraticamente fomos, em certo sentido, obrigados a desistir dessa ideia original”, sendo agora recomendado que “a RTP deve tendencialmente nos próximos anos, não temos um prazo, mas deve caminhar num sentido que a RTP1 deixe de ser financiada por publicidade comercial”, afirmou o governante.

“Tínhamos uma medida que era impositiva” e “agora é uma recomendação” e agora os órgãos de gestão da RTP “sabem qual a orientação da tutela” e que “se e quando entenderem que é conveniente podem a partir deste momento tomar a decisão de acabar com a publicidade na RTP1”, acrescentou.

Em 22 de novembro, o parlamento aprovou com os votos favoráveis de toda a oposição a proposta do Bloco de Esquerda que travou a redução de publicidade na RTP durante este ano, na sequência do Plano de Ação para a Comunicação Social.

Pensões, RTP e salário dos políticos. Saiba o que muda no OE2025

Este plano previa uma redução gradual da publicidade em três anos, com o seu fim previsto em 2027.

Quando questionado sobre se os partidos podem de novo chamar o tema ao parlamento, o governante referiu estes “infelizmente podem fazer tudo”.

Agora, “isso é uma outra questão que vale a pena levantar-se”, prosseguiu Pedro Duarte.

“Temos um parlamento que se esquece qual é a sua função no nosso sistema político, e até na nossa organização social” e “quer não só tomar decisões em nome do Governo, portanto, quer governar com coligações negativas entre o Partido Socialista e o Chega, como de repente já querem tomar decisões dentro das próprias empresas públicas”, criticou.

“Não é uma democracia porque a nossa Constituição diz de forma muito clara quais são as competências da Assembleia da República, quais são as competências do Governo, quais são as competências da Administração Pública e quando, de repente, temos um parlamento que tem uma maioria” que é “formada por conveniência” e quer “tomar conta de tudo, toma decisões” sobre os salários dos gestores, a publicidade na RTP, sobre as portagens, “não está a cumprir aquilo que é um equilíbrio que existe nos sistemas políticos evoluídos”, sustentou.

Contudo, disse não ver razão para que o parlamento volte a chamar o tema da publicidade da RTP.

Até porque com esta recomendação “estamos a cumprir estritamente o que foi aprovado no parlamento”, de que o Governo não impõe à RTP uma redução da publicidade em 2025.

“Nós, contrariados, estamos a ceder a uma maioria porque respeitamos evidentemente as regras democráticas”, concluiu.

A consulta pública tem um prazo de 30 dias.

Benfica anuncia critérios de venda dos bilhetes para a final da Allianz Cup com o Sporting

Arranque quinta-feira às 9 horas

O Benfica venceu o Sp. Braga por 3-0 e vai defrontar o Sporting na final da Allianz Cup. Entrentanto, as águias divulgaram os critérios para a venda de bilhetes para o encontro de sábado, em Leiria.
Critérios anunciados pelo Benfica 9 de janeiro às 10h00 – prioridade aos Sócios detentores de Red Pass com assiduidade em todos os jogos, nas competições nacionais, na época 2024/2025, realizados no Estádio do Sport Lisboa e Benfica;

9 de janeiro às 15h00 – caso não se esgote o lote de venda a Red Pass com assiduidade atribuído no dia 9 de janeiro às 10h, abertura de venda aos restantes Sócios detentores de Red Pass;

10 de janeiro às 10h00 – abertura do lote de venda a Sócios do SL Benfica;

10 de janeiro às 15h00 – abertura de venda ao público em geral, caso não esgote.

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D. Américo Aguiar pede “reflexão profunda” para evitar alargamento do prazo do aborto

O cardeal e bispo de Setúbal, D. Américo Aguiar, pede uma “reflexão profunda” aos deputados na véspera de o Parlamento discutir em plenário o alargamento da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG).

Em declarações à Renascença, D. Américo Aguiar reconhece que o Parlamento tem legitimidade para discutir todos os assuntos, mas alerta para uma posição que esteja do lado da “cultura da morte”.

“Apelo à reflexão profunda dos deputados para entenderem se faz sentido estarmos a criar mais condições no caminho de uma cultura da morte, ou se não devemos, todos juntos, criar as condições de exceção para que ninguém se sinta na circunstância de um beco sem saída em que a única hipótese é a morte e a opção do aborto”, afirma o bispo de Setúbal.

D. Américo Aguiar diz-se ainda “impressionado” com a quantidade de abortos efetuados em Portugal em 2023 e desde que a lei entrou em vigor, pedindo que o país dê alternativas às mulheres que ponderam a IVG.

“Fiquei impressionado com os últimos números. Em 2023, mais de 17 mil bebés não tiveram oportunidade de nascer, mais de 17 mil, e desde que a lei está em vigor são mais de 270 mil. O que me preocupa é uma sociedade que não é capaz de proporcionar as melhores condições a mães, a mulheres, a jovens, a adolescentes, a famílias, para que estas crianças possam nascer”, critica.

Duarte Pacheco. "Tradição do PSD é dar liberdade de voto aos deputados na questão do aborto"

O cardeal e bispo de Setúbal afirma que a sua posição “não é contra ninguém” e defende que tem de ser o Estado a garantir que “uma jovem, uma mulher, não se sinta coagida a tomar uma decisão grave como esta”. D. Américo Aguiar conclui: “Quando olhamos para estes números estremecemos”.

O ex-presidente da Fundação JMJ recorre à sua experiência como sacerdote para abordar o tema: “Na minha vida já conversei e acolhi dezenas e dezenas de mulheres, de jovens, que viveram esta circunstância e todas elas ficaram com cicatrizes no seu coração, na sua alma e na sua vida, ninguém encara com facilidade a vivência de uma situação de aborto”.

Posição do PSD é decisiva. Bancada reúne-se esta quinta-feira

O alargamento do prazo do aborto é discutido na sexta-feira, num debate potestativo proposto pelo PS, que pretende alterar o limite das atuais 10 semanas para as 12 para pedir a IVG. O Bloco de Esquerda e o PCP propõem que o prazo seja de 14 semanas.

Em sentido contrário, o CDS e o Chega apresentam projetos de lei que propõem o aumento da informação às grávidas durante o tempo de reflexão antes da realização do aborto.

Além dos socialistas e dos bloquistas, o PCP, a Iniciativa Liberal e o Livre devem votar a favor das propostas da esquerda. A Renascença apurou que o Chega e o CDS vão votar contra, o que significa que tudo está nas mãos do PSD, que sexta-feira de manhã vai ter uma reunião da bancada para definir esse tema.

A questão pode ser incómoda, uma vez que o PSD poderá impor a disciplina de voto, algo raro em matérias de consciência, mas que já aconteceu em 2015, quando o PS de António Costa apresentou a votação o fim das taxas moderadoras na IVG e a direção da bancada social-democrata impôs a disciplina de voto, na altura furada por uma única deputada laranja, a ex-ministra Paula Teixeira da Cruz, que, por ter votado ao lado da esquerda, sofreu um processo interno no Conselho de Jurisdição do partido.

Durante a campanha eleitoral para as legislativas de 2024, o presidente do PSD, Luís Montenegro, garantiu que não iria mexer na legislação do aborto, depois de Paulo Núncio (CDS), parceiro de coligação eleitoral, ter sugerido repetir o referendo à IVG. “Não vamos mexer na lei do aborto, é assunto arrumado. Nós não vamos ter nenhuma intervenção nesse domínio na próxima legislatura”, disse o então líder da oposição, referindo ainda que a posição do centrista apenas podia “comprometer e vincular” o próprio.

A conta de Lage é contar com todos e contar sempre mais com ele (a crónica do Benfica-Sp. Braga)

Duas derrotas consecutivas, primeiro lugar perdido, a fase mais instável desde que Bruno Lage regressou à Luz. O Benfica chegava à meia-final da Taça da Liga com muitas dúvidas e interrogações, mas com uma certeza absoluta: voltar a perder com o Sp. Braga era proibido, falhar a final era proibido e abrir a porta a mais incertezas era proibido.

Do outro lado, lá está, estava um Sp. Braga acabado de vencer na Luz — e de convencer, num jogo onde o Benfica só acordou depois do intervalo e tal como tinha acontecido em Alvalade e contra o Sporting. Os últimos dias trouxeram várias críticas às escolhas de Bruno Lage, aos jogadores eleitos por Bruno Lage e às opções táticas de Bruno Lage. Mas não era por isso que o treinador encarnado perdia a confiança nas suas escolhas, nos seus jogadores e nas suas opções táticas.

Ficha de jogo

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Benfica-Sp. Braga, 3-0

Meia-final da Taça da Liga

Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria

Árbitro: Cláudio Pereira (AF Aveiro)

Benfica: Trubin, Tomás Araújo, António Silva, Otamendi, Álvaro Carreras (Jan-Niklas Beste, 81′), Florentino, Kökçü (Renato Sanches, 65′), Fredrik Aursnes, Schjelderup (Aktürkoğlu, 65′), Di María (João Rego, 74′), Pavlidis (Arthur Cabral, 74′)

Suplentes não utilizados: Samuel Soares, Alexander Bah, Amdouni, Leandro Barreiro

Treinador: Bruno Lage

Sp. Braga: Matheus, Víctor Gómez (Jónatas Noro, 67′), Robson Bambu, João Ferreira, Adrián Marín, Vitor Carvalho, Ismaël Gharbi (Ismaël Gharbi, 72′), Bruma, Ricardo Horta (Roger, 45′), Gabri Martínez (Diego Rodrigues, 45′), Fran Navarro (Bright Arrey-Mbi, 84′)

Suplentes não utilizados: Lukáš Horníček, Amine El Ouazzani, André Horta, Roberto Fernández

Treinador: Carlos Carvalhal

Golos: Di María (27′ e 37′), Álvaro Carreras (28′)

Ação disciplinar: cartão amarelo a João Ferreira (62′), a Roger (84′); cartão vermelho direto a Jónatas Noro (78′)

“Quando entrámos, entrámos sem margem de erro. Nos primeiros jogos fomos ao encontro de uma equipa que nos deu garantias, fizemos um período muito bom de boas exibições. Como não havia essa margem de erro, quer no Campeonato como na Liga dos Campeões, que é uma competição muito importante para o clube, tínhamos a ambição de nos aproximarmos do primeiro lugar. Senti mais confiança em determinados jogadores, na forma como se estavam a ligar para jogar. Mas a jogar de três em três dias, consecutivamente, sentimos que nos últimos dois jogos alguns jogadores baixaram um pouco de forma. Também já sei que vão dizer ‘sim, mas nos primeiros dias disse que contava com todos’. E conto, não abandono ninguém. Mas para trabalhar comigo os jogadores têm de andar no limite. Tenho de sentir que estão preparados para trabalhar e jogar neste nível”, explicou Lage na antevisão da partida.

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Ora, esta quarta-feira e já depois de o Sporting ter derrotado o FC Porto e garantido a presença na final do próximo sábado, o treinador encarnado confirmava a ideia de que “conta com todos” e fazia várias alterações ao onze inicial. Schjelderup era titular em detrimento de Aktürkoğlu, assim como Florentino face a Leandro Barreiro, e Tomás Araújo dava o lugar a António Silva no eixo defensivo para assumir o lado direito. No Sp. Braga, o atual detentor da Taça da Liga, Carlos Carvalhal não contava com João Moutinho e mantinha Bruma e Ricardo Horta no apoio a Fran Navarro.

Os primeiros instantes da partida permitiram perceber desde logo que a meia-final da Taça da Liga pouco ou nada teria a ver com a 17.ª jornada do Campeonato. O Benfica entrou muito melhor do que o Sp. Braga, assumindo desde logo o controlo das ocorrências e inserindo-se por completo no meio-campo contrário. Tomás Araújo cabeceou à trave logo nos minutos iniciais (5′) e a oportunidade do defesa foi apenas a primeira de um autêntico festival de futebol ofensivo durante a primeira parte.

Di María rematou contra Adrián Marín pouco depois (11′), Carreras atirou para uma boa defesa de Matheus (21′) e Pavlidis cabeceou por cima (26′), com Bruma a ter um golo anulado por fora de jogo pelo meio (23′) — naquela que foi mesmo a única situação em que o Sp. Braga se aproximou da baliza de Trubin durante toda a primeira parte. A agressividade de Florentino e Aursnes ia fazendo a diferença no meio-campo, Tomás Araújo era um bom complemento para Di María na direita e Álvaro Carreras ia realizando uma exibição acima da média na ala esquerda.

Já perto da meia-hora chegou o inevitável. Pavlidis abriu da direita para o meio, Di María combinou com Tomás Araújo e rematou rasteiro e junto ao poste para abrir o marcador (27′). No minuto seguinte, o segundo golo. Carreras recebeu de Kökçü à entrada da grande área e atirou forte e colocado para aumentar a vantagem de imediato (28′). O Benfica tirou o pé do acelerador depois dos dois golos, de forma natural, mas ainda conseguiu chegar ao terceiro golo antes do intervalo, com Di María a bisar depois de um contra-ataque letal conduzido por Pavlidis na esquerda (37′).

No fim da primeira parte, para além de estar a ganhar por três golos de diferença, o Benfica estava a dominar por completo o Sp. Braga. A equipa de Carlos Carvalhal era uma sombra do que foi na Luz no passado sábado, sem qualquer tipo de capacidade para atacar ou para chegar perto da baliza de Trubin, e os encarnados davam uma resposta clara e consistente à derrota do fim de semana — tanto na eficácia ofensiva como na solidez defensiva, que contrastava com a passividade anterior.

Carlos Carvalhal mexeu logo ao intervalo e trocou Ricardo Horta e Gabri Martínez por Roger e Diego Rodrigues, com o Sp. Braga a dar a ideia de que queria discutir a meia-final com um remate ao lado de Roger logo nos primeiros minutos da segunda parte (48′). A reação minhota, porém, foi sol de pouca dura. O Benfica não demorou a recuperar o controlo do jogo e a construir oportunidades de aumentar a vantagem, com Schjelderup a atirar para um corte decisivo de João Ferreira (49′) e Pavlidis a rematar ao lado (56′).

Bruno Lage começou a poupar esforços à passagem da hora de jogo, lançando Renato Sanches e Aktürkoğlu nos lugares de Kökçü e Schjelderup, e a partida foi entrando numa lógica de algum conformismo: o Sp. Braga não tinha capacidade para chegar perto da baliza de Trubin, o Benfica não tinha necessidade de acelerar demasiado. Carlos Carvalhal fez uma espécie de all in à entrada para os últimos 20 minutos, com Jónatas Noro e Gharbi, mas o jovem central até acabou por ser expulso com cartão vermelho direto depois de uma entrada dura sobre Carreras.

Bruno Lage ainda teve tempo para dar minutos a João Rego, Arthur Cabral e Beste e os últimos dez minutos foram de quase ausência de acontecimentos, com o resultado já totalmente definido. O Benfica venceu o Sp. Braga em Leiria e garantiu a presença na final da Taça da Liga, onde vai defrontar o Sporting, assegurando a possibilidade de recuperar um troféu que escapa desde 2016. Bruno Lage disse na antevisão que contava com tudo e conseguiu prová-lo — mas é impossível fugir à ideia de que tem sempre de contar mais com Di María.

Quando as empresas não respondem às expectativas dos trabalhadores, isso pode ser um problema (para ambos)

Caro leitor,

Contratar e reter talento é um dos maiores desafios com que as empresas (em Portugal e noutros países do mundo) se confrontam neste momento. Há várias razões que explicam esta dificuldade e a forma como a geração nascida entre 1981 e 1996 encara o trabalho é uma delas. É como se, nos últimos anos, se tivesse aberto uma fenda entre as expectativas destes trabalhadores – que constituem uma parte significativa da força laboral – e as das empresas, que impede que elas se encontrem.

Vários estudos e inquéritos têm dado conta da mudança na forma com as novas gerações olham para o trabalho, que deixou de ser o centro das suas vidas, dando prioridade à flexibilidade, a empregos alinhados com os seus valores, à aprendizagem e à mobilidade.

Um relatório recentemente divulgado pela Gallup vem confirmar mais uma vez que os millennials têm maior probabilidade de procurar novos empregos e estão menos envolvidos no trabalho do que outras gerações. O inquérito conclui que 21% destes trabalhadores trocaram de emprego no último ano, três vezes mais do que outras gerações; 50% contam estar na mesma empresa daqui a um ano, quando a média é de 60%; e 36% asseguram que irão procurar um novo emprego.

Mas porque é que esta geração tem tanta probabilidade/desejo de mudar? Uma das razões pode ser o seu reduzido envolvimento com o seu trabalho e com a empresa. A Gallup alerta que apenas 29% dos millenials se sentem ligados à empresa, enquanto a maioria (55%) não tem qualquer envolvimento.

Isabel Roseiro, directora de marketing e comunicação da Randstad, nota que algumas das características atribuídas aos millenials encontram-se também noutras gerações, embora com nuances e intensidades diferentes. “A priorização da flexibilidade, de um ambiente de trabalho positivo e de oportunidades de desenvolvimento é uma tendência crescente em todos os grupos etários”, refere.

A geração Z, por exemplo, “tem vindo a demonstrar preferências semelhantes, na procura de modelos de trabalho híbridos e numa maior autonomia no espaço de trabalho”, acrescenta David Ferreira, responsável pela Robert Walters em Portugal.

Seja entre os millenials ou noutras gerações, a verdade é que se tem vindo a assistir a uma mudança de valores, com impacto directo nas estratégias de atracção e retenção de talentos, obrigando as empresas a adaptar-se. 

Portugal não tem sido imune a esta procura de flexibilidade e de modelos de trabalho híbridos, nem à competição entre as empresas pelos melhores trabalhadores. Os consultores com quem o PÚBLICO falou consideram que este fenómeno tem sido particularmente visível em áreas “altamente competitivas” como a tecnologia, a consultoria, o marketing, a comunicação e as vendas, sobretudo no período pós-pandemia.

As empresas, destaca David Ferreira, não podem ficar indiferentes a estas tendências e a falta de adaptação pode ter consequências indesejadas como elevadas taxas de rotatividade e dificuldades em atrair candidatos qualificados. “O nível de exigência é cada vez maior e são os candidatos a ter a palavra final, não as organizações”, refere o responsável em Portugal pela consultora de recursos humanos Robert Walters.

“As empresas que reconhecem e apoiam a necessidade de dar uma maior importância ao equilíbrio entre vida profissional e pessoal estão em melhor posição para atrair e reter talentos. Além disso, a capacidade de oferecer opções de teletrabalho pode ser crucial num mercado cada vez mais competitivo”, nota por seu lado Isabel Roseiro, num momento em que um pouco por todo o mundo as empresas procuram um regresso ao trabalho presencial.

David Ferreira corrobora: o teletrabalho e os regimes híbridos “desempenham um papel fundamental na atracção de trabalhadores das gerações mais jovens” e são muito valorizados, “contribuindo para um maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional, aumento da satisfação no trabalho e melhoria da produtividade”.

Algumas das estratégias que as empresas podem adoptar passam por:

  • Oferecer opções de trabalho remoto, horário flexível e regimes híbridos;
  • Promover mais oportunidades de desenvolvimento profissional, assim como investir em programas de formação, mentoria e oportunidades de progressão na carreira;
  • Investir em temas de responsabilidade social corporativa, promovendo o compromisso com causas sociais e ambientais alinhados com os valores dos trabalhadores mais jovens;
  • Criar um ambiente de trabalho positivo, inclusivo e que valorize a diversidade;
  • Adoptar tecnologias e ferramentas que possibilitem o trabalho remoto e colaborativo.

Mas a verdade é que a resposta para este dilema exige esforço de ambas as partes. Se, por um lado, as empresas precisam de estar atentas e de se adaptar às novas gerações; os trabalhadores também terão de ajustar as suas expectativas e reconhecer a importância da resiliência e do compromisso no longo prazo.

Sabia que…

Durante o período experimental qualquer das partes pode denunciar o contrato sem justa causa, sem aviso prévio (excepto quando durou mais de 60 ou de 120 dias) e sem pagamento de indemnização?

Previsto nos artigos 111.º a 114.º do Código do Trabalho, muitos autores e juristas defendem que o período experimental está em permanente tensão com a Constituição da República. É que, ao mesmo tempo que a constituição garante a segurança no emprego e proíbe o despedimento sem justa causa, no período experimental o contrato pode ser denunciado por qualquer das partes sem justificação.

Ainda assim, a lei não exclui que possa haver casos em que a denúncia do contrato no período experimental é abusiva, como o caso de uma trabalhadora despedida durante o tempo de prova porque o empregador descobriu que está grávida. Neste caso, cabe ao tribunal declarar o carácter abusivo da denúncia e respectivos efeitos relacionados com o pagamento de uma indemnização e reconhecimento de direitos.

Trabalho extra

Cadavez mais jovens rejeitam o trabalho, a educação e a formação

O Financial Times dá conta de um aumento do número de jovens britânicos insatisfeitos com o mercado de trabalho e que não estão na escola, não têm emprego ou não fazem formação (os chamados NEET ou nem-nem). O fenómeno está a aumentar em vários países devido a dificuldades económicas, à saúde mental ou ao descontentamento com as condições laborais, com consequências preocupantes.

O artigo dá conta de fóruns online onde estes jovens partilham experiências. Há uns que optam por se afastar do mercado de trabalho tradicional para explorar interesses pessoais, outros que largaram tudo porque achavam que as suas condições de trabalho eram más e não ganhavam o suficiente, mas que agora dependem de amigos ou familiares para subsistir enquanto tentam encontrar alternativas.

Trabalhadores virtuais podem integrar a força de trabalho já este ano

O presidente executivo da OpenAI, Sam Altman, antecipa que os trabalhadores virtuais podem começar a integrar a força de trabalho já em 2025.

A Microsoft, principal parceira da OpenAI, já anunciou a introdução de ferramentas de inteligência artificial capazes de realizar tarefas de forma autónoma. A consultora McKinsey, por exemplo, é uma das primeiras a adoptar estas soluções, tendo anunciado a criação de uma ferramenta para processar pedidos de novos clientes, realizando tarefas como o agendamento de reuniões. Todo um mundo novo que pode acompanhar neste artigo do The Guardian.

Novas licenças parentais com pouca adesão

As novas licenças parentais introduzidas com a Agenda do Trabalho Digno tiveram até agora uma utilização reduzida, com os pais a preferirem as modalidades mais antigas.

Os dados oficiais mostram que apenas 597 pessoas pediram subsídio parcial, o que representa 0,23% das 264.103 licenças parentais pedidas entre 1 de Maio de 2023 e 13 de Dezembro de 2024. Já a licença de 180 dias pagos a 90% se o pai ficar 60 dias, no mínimo, em exclusivo com a criança foi accionada por apenas 5617 pessoas, o que representa 5,1% do total de licenças partilhadas.

Contratos de teletrabalho aumentam 30% num ano

O jornal digital ECO dá conta de um aumento do número de contratos de trabalho que prevêem o exercício de funções à distância não tem parado de subir. Apenas num ano, aumentou 30%, superando a fasquia dos três mil contratos.

Os dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho mostram que, dos quase 3,3 milhões de trabalhadores por conta de outrem registados em 2023, cerca de 2,3 milhões tinham contratos sem termo e, destes, 3006 previam a prestação subordinada de teletrabalho. Em comparação, no ano anterior, contavam-se 2305 contratos deste tipo.

A Estónia está a eliminar a sua herança cultural por medo de Putin

No ano em que a cidade de Tartu, na Estónia, foi Capital Europeia da Cultura, o país deu passos fulcrais para a eliminação da herança cultural deixada pela Rússia, nos últimos séculos. Tudo isto por receio de uma invasão de Putin. A Lituânia, a Letónia e a Estónia sentem-se de novo ameaçadas pela Rússia. Ao longo do século XX, os Estados Bálticos tiveram de lutar contra a Rússia pela sua própria existência. Atualmente, o legado desta história recente paira sobre a geopolítica regional contemporânea. A ocupação russa da Crimeia em 2014 e a subsequente invasão em grande escala da Ucrânia em

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