Afinal, a paciência não é uma virtude

Uma equipa de cientistas procurou definir melhor o que constitui a paciência e a impaciência e os fatores que as determinam. Filósofos e estudiosos religiosos costumam referir-se à paciência como uma virtude, mas a maioria das pessoas afirma ser impaciente. Essa constatação fez a investigadora Kate Sweeny pensar se a paciência está relacionada com a forma como lidamos com as frustrações do dia a dia e procurou definir melhor ambos os conceitos. A especialista concluiu, após a análise de três estudos com cerca de 1200 participantes, que a impaciência é a emoção que as pessoas sentem quando enfrentam um atraso

Duques de Sussex mostram Archie e Lilibet em novo postal de Natal

Uma boa época festiva e um ano novo alegre são os desejos dos duques de Sussex aos seus seguidores. Num novo postal de Natal, à semelhança do que já foi feito em anos interiores, o príncipe Harry e Meghan Markle divulgaram um conjunto de seis imagens, tiradas este ano, nas quais retratam momentos a dois e, numa delas, surgem em família — com direito à presença dos dois filhos, Archie, de 5 anos, e Lilibet, de 3, numa fotografia que gerou surpresa naqueles que acompanham o casal, dado as poucas aparições dos mais novos em público, ou mesmo em imagens. E até críticas foram feitas.

No postal de Natal da família, lê-se: “Em nome do gabinete do príncipe Harry e Meghan, do duque e da duquesa de Sussex, da Archewell Productions e da Archewell Foundation, desejamos uma boa época festiva e um ano novo alegre.” Num fundo com um tom de verde-escuro, natalício, com elementos decorativos alusivos à época, juntaram seis fotografias do casal, cinco delas durante as suas viagens à Nigéria e à Colômbia e uma, aquela que gerou mais reacções, em que se mostram com os dois filhos, de costas, num encontro ao ar livre.

Nesta última imagem, onde também aparecem os três cães da família, observa-se um momento de aparente alegria e afecto. De braços abertos, Harry recebe a filha mais nova, Lilibet, ao mesmo tempo que Meghan se prepara para acolher o pequeno Archie nos seus braços. No entanto, não tardou para que os internautas analisassem esta fotografia e surgissem com teorias, na maioria das vezes irrealistas, mas com as devidas explicações, conforme indicado pelo tablóide britânico Daily Mail.

Primeiro, na sequência das publicações de um grupo de críticos dos Sussex no X, o antigo Twitter, nasceu a teoria de que a mais recente imagem de família partilhada teria sido “alterada digitalmente”, com recurso a inteligência artificial. Muitos dos indivíduos que acreditam nesta ideia chegaram a rabiscar as imagens, para apontar o que consideram ser as imprecisões. Alguns questionaram o ângulo dos pés de Meghan e o comprimento de um dos seus braços, ou a postura de Archie e Lilibet, elementos que “parecem falsos”. Até a qualidade da imagem foi questionada.

Mais tarde, numa confusão com a altura e com a cor de cabelo dos mais novos, outra teoria surgiu a insinuar que o casal tinha “alugado uma criança para as férias” e que as crianças da imagem, na verdade, não seriam Archie e Lilibet. No fundo, esta última especulação pode estar associada ao pouco conhecimento das aparências actuais dos filhos de Harry e Meghan que o público tem. E as críticas não se ficam por aí. Aliás, noutro comentário, um dos utilizadores do X escreveu que “a decisão de mostrar os dois filhos de costas tem menos a ver com privacidade e mais com o facto de eles não existirem”. Críticas à parte, o postal de família também recebeu elogios.

Nos últimos anos, os Sussex têm estado afastados da família real. Ainda assim, em Março do ano passado, foi confirmado que os filhos de Harry e Meghan passariam a ser chamados de príncipe e princesa. Já em Outubro deste ano, os duques de Sussex, casados desde Maio de 2018, terão comprado uma casa em Portugal, de acordo com a imprensa britânica. Pensa-se que a nova casa dos duques se situa na zona da Comporta, no Alentejo, onde ambos estiveram a passar férias em Setembro do ano passado.


Texto editado por Carla B. Ribeiro

Costinha: «Houve quem não me quisesse no FC Porto»

Aos 24 anos, após abraçar o primeiro desafio longe de Portugal, o lateral do Olympiacos abre o livro. Da rivalidade louca entre gregos, ao sonho de vestir a camisola das quinas, passando por revelações do mercado de …

Por André Zeferino

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Costinha: «Jogar obrigado a ganhar é muito melhor»

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Por André Zeferino

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Atravessar o “pedaço de oceano mais temido do mundo” é como ir à Lua

A Passagem de Drake é um dos lugares mais perigosos do mundo, e os oceanógrafos consideram-no um “lugar fascinante”. É o “pedaço de oceano mais temido do globo — e com razão”, escreveu Alfred Lansing sobre a viagem do explorador Ernest Shackleton, em 1916, que o atravessou num pequeno bote salva-vidas. A passagem de Drake é, objetivamente, uma vasta massa de água e situa-se ao fundo do continente sul-americano, entre o Chile, a Argentina e a Antártica. É neste local que ocorrem as tempestades mais fortes do mundo, conta a CNN. “O Oceano Antártico é, em geral, muito tempestuoso, mas

Morre aos 60 anos o antigo ciclista Pascal Hervé, envolvido no escândalo Festina

O antigo ciclista francês Pascal Hervé, que liderou a Volta a Itália de 1996 antes do envolvimento no caso de doping da Festina, morreu na madrugada desta terça-feira, aos 60 anos, anunciou a União Nacional dos Ciclistas Profissionais (UNCP).

As circunstâncias da morte não foram divulgadas, mas Hervé revelou, em setembro último, que foi submetido a um “tumor canceroso do estômago”, em meados deste ano, com uma remoção completa do estômago.

“O Pascal foi uma figura emblemática e uma voz incontornável do nosso desporto, cuja sua grande família está de luto”, escreveu a UNCP, na sua página na rede social X.

Pascal Hervé pôs termo à carreira profissional aos 37 anos, após um controlo antidoping positivo na Volta a Itália de 2001, três anos depois de ter estado suspenso durante dois anos pelo envolvimento no escândalo de doping durante a Volta a França que envolveu a equipa Festina, na qual era fiel escudeiro de Richard Virenque.

No início do ano de 2001, as entidades disciplinares do ciclismo francês reduziram os oito meses de suspensão para dois, depois de o corredor, que confessou ter-se dopado durante o julgamento, se ter autossuspendido da atividade, em solidariedade com os então companheiros da Festina, suspensos entre 01 de novembro de 1988 e 30 de abril de 1999.

Hervé liderou durante uma etapa a edição de 1996 da Volta a Itália, corrida que, cinco anos depois, viria a abandonar, por ordem da equipa Alexia, devido a um controlo positivo por eritropoietina (EPO).

Após ter enveredado pela restauração, radicou-se, entre 2015 e 2017, no Québec, onde o natural de Tours exerceu as funções de treinador e diretor desportivo da equipa Garneau-Québecor, até deixar o mundo do ciclismo.

Notícia Record: Daniel Sousa é o sucessor de Rui Borges no V. Guimarães

Daniel Sousa é o treinador eleito para assumir o comando técnico do V. Guimarães, apurou Record. As negociações avançaram esta quarta-feira, dia de Natal, como consequência da iminente transferê…

Por Nuno Barbosa

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Carlos Ghosn critica “fusão desesperada Honda/Nissan”

Profundo conhecedor da realidade japonesa e da Nissan em particular, o antigo chairman e CEO do Grupo Renault e da Nissan, Carlos Ghosn, considera a fusão que está a ser negociada entre a Honda e a Nissan uma “solução desesperada”, o que face às dimensões dos dois construtores e à respectiva situação financeira só se pode traduzir como um take over, com a Nissan a ser absorvida pela Honda. O homem que salvou a Nissan da falência em 1999, quando a Renault que geria adquiriu uma importante fatia da marca japonesa, injectando os fundos de que esta necessitava para evitar a falência, não vê que sinergias pode beneficiar a Nissan com esta fusão com a Honda.

As dúvidas de Ghosn serão certamente justificadas por ambos os construtores serem fortes (e fracos) nos mesmos mercados, nomeadamente o doméstico (japonês) e o norte-americano, sendo ambos muito fracos na Europa. Mais ainda, numa entrevista à Bloomberg (que pode ver abaixo), Ghosn chamou a atenção para o facto de até os veículos de ambos serem similares e disputarem os mesmos segmentos, o que leva o antigo gestor francês, libanês e brasileiro a concluir que a fusão entre as marcas nipónicas se deve à pressão do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI) do Japão, que visa desesperadamente salvar a Nissan (a empresa, a economia e os postos de trabalho), bem como os bancos japoneses a que o construtor tem recorrido para se manter à tona.

Carlos Ghosn, hoje refugiado no Líbano para evitar a extradição para o Japão, conhece como ninguém a realidade da Nissan, bem como o que significa ser o investidor que pretende salvar e viabilizar este construtor japonês que, aparentemente, tem dificuldades em gerir-se a si próprio. Ghosn, enquanto responsável pelo Grupo Renault, decidiu em 1999 comprar 36,8% da Nissan por 3,4 mil milhões de euros, percentagem que depois incrementou para 43,4%, salvando os japoneses de uma falência iminente e criando as bases para a Aliança Renault-Nissan.

Com o Nissan Revival Plan de Ghosn a recuperar o construtor nipónico em tempo recorde (apenas dois anos), o plano da Renault começou a colidir com o da Nissan, uma vez que os primeiros pretendiam formar um “grupo” para optimizar a gestão e não perder tempo a negociar cada decisão estratégica, enquanto a Nissan preferia a “aliança” para, assim, manter uma certa independência face aos franceses. Em 2018, a Nissan tentou libertar-se (com sucesso) da pressão para a fusão com a Renault, o que resultaria na perda do controlo sobre a sua própria empresa, avançando com acusações que muitos consideraram fabricadas sobre Ghosn, na altura chairman da Nissan e CEO e chairman do Grupo Renault e da Aliança, e sobre o seu braço-direito, o americano Greg Kelly.

Após mais de uma centena de dias preso sob acusações que resultavam da prática habitual da empresa japonesa e à espera de um julgamento que não chegava, Ghosn aproveitou a passagem para prisão domiciliária para fugir para o Líbano, enquanto Kelly sairia com apenas seis meses de pena suspensa — uma pena pífia face à multa que a Nissan pagou por não declarar o que pagava aos seus quadros superiores — depois de o Governo norte-americano fazer saber que exigia um julgamento sério para o seu compatriota.

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O segredo para o combate à crise climática está em pequenos cocós no oceano

Os investigadores pretendem aumentar o sequestro de carbono oceânico através da introdução de partículas de argila na dieta do zooplâncton, aproveitando os seus hábitos alimentares naturais. Os investigadores de Dartmouth introduziram uma abordagem inovadora para mitigar as alterações climáticas, tirando partido dos hábitos alimentares naturais do zooplâncton. O estudo, publicado na revista Nature Scientific Reports, propõe o reforço da bomba biológica de carbono do oceano através da utilização de partículas de argila, que aceleram o sequestro de carbono atmosférico no oceano profundo. O método começa com a pulverização de pó de argila na superfície do oceano no final do florescimento

Livre acusa Governo de fazer “cedência retórica” à extrema-direita

O deputado do Livre Paulo Muacho acusou esta quarta-feira o Governo de ter feito uma “cedência retórica à extrema-direita” e de falhar no combate aos problemas do Serviço Nacional de Saúde, uma das promessas principais da campanha eleitoral.

“Damos uma nota muito negativa e temos muitas reservas em relação ao trabalho do Governo”, afirmou o deputado, num comentário à mensagem de Natal do primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O deputado deu o exemplo da saúde como um dos casos em que mais está por fazer, apesar de ter sido “identificado na campanha eleitoral como um dos principais temas”.

“Nós ainda hoje tivemos 11 serviços de urgências encerrados”, recordou, considerando que a “maioria dos problemas do SNS continuam por resolver e o Governo não tem dado essa resposta”.

No que respeita à “política de segurança e de migrações do governo, temos visto uma cedência retórica à extrema-direita e uma cedência numa política que é cada vez mais securitária”, afirmou Paulo Muacho, que criticou também o que considerou um “falhanço do programa do governo “Mais aulas, Mais sucesso””.

“Temos milhares de alunos que estão sem aulas desde o início do ano”, recordou o deputado, que lamentou também a “política de descida de impostos”, que “privilegia quem tem mais e quem não precisa desses apoios”, e lamentou uma “política de ecologia sem grande plano de ação” para combater as alterações climáticas.

Paulo Muacho criticou também a tentativa de aproveitamento político, por parte de Luís Montenegro, em relação ao “aumento extraordinário de pensões”, que “foi feito contra a vontade do governo”, que não tem maioria na Assembleia da República.

Hoje, Luís Montenegro defendeu que 2024 foi “um ano de viragem e de mudança” e assegurou que a “nova política de baixar os impostos e valorizar os salários e as pensões” está a ser realizada “com rigor e equilíbrio orçamental”.

Na sua primeira mensagem de Natal enquanto primeiro-ministro, Luís Montenegro inclui nas prioridades para o futuro a promoção de uma “imigração regulada” e o combate à criminalidade — sem ligar os dois temas -, a par do reforço dos serviços de saúde, educação, transportes e da execução do “maior investimento em habitação pública desde os anos 90”.

O primeiro-ministro assegurou que Portugal “é um referencial de estabilidade e um país de oportunidades” num “mundo em convulsão” e “numa Europa apreensiva com a estagnação da Alemanha e o défice e o endividamento da França”.

Melhorar os transportes públicos e executar “o maior investimento em habitação pública” desde os anos 90 foram outras das promessas, numa mensagem em que também se refere às políticas de imigração e de segurança.

“Vamos promover uma imigração regulada para acolher com dignidade e humanismo aqueles que escolherem viver e trabalhar no nosso país”, referiu Montenegro.