PSV: os analytics, forças e fraquezas do perigo neerlandês

PSV: os analytics, forças e fraquezas do perigo neerlandês

O Benfica arranca esta quarta-feira o primeiro de dois capítulos que irão definir o seu destino europeu, seja ele a fase de grupos da Champions ou então a mesma fase mas na Liga Europa. Pela frente estará um velho conhecido, o PSV Eindhoven, que já defrontou, sem sucesso, numa final da Liga dos Campeões, naquele que foi o duelo mais importante entre os dois emblemas. Desta vez o duelo não é de final mas provavelmente vale muito mais dinheiro, do que o dessa noite de 1988, em Estugarda.

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O melhor XI da 2ª jornada da Liga Bwin 21/22 ⭐

O melhor XI da 2ª jornada da Liga Bwin 21/22 ⭐

A grande maioria dos adeptos vê apenas o jogo do seu clube ou, no máximo, os duelos que envolvem os principais candidatos. Depois existe uma minoria que “papa tudo”, de fio a pavio, por paixão ao Futebol em si. Nós juntamos paixão à missão e o que sai são “onzes” como este que irão descobrir hoje, que dificilmente seriam eleitos por outra(s) fonte(s).

O “grande” da jornada é mesmo o Vizela, para justo orgulho do seu carismático mister Álvaro Pacheco.

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Madueke, um craque em erupção

Madueke, um craque em erupção

Chukwunonso Tristan Madueke. Fixem este nome. O inglês, que nasceu no norte de Londres e foi formado primeiro nas “academias” do Crystal Palace e Tottenham, é uma espécie de perigo público número um para os adversários do PSV Eindhoven, adversário do Benfica no acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Depois de uma temporada de adaptação às ideias de Roger Schmidt, na qual realizou em todas as provas 32 partidas, marcou nove golos e gizou seis assistências, esta época o furação britânico entrou em erupção e tem sido um verdadeiro quebra-cabeças para os defensores contrários.

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Bruno Fernandes com arranque para engenheiro pensar

Bruno Fernandes com arranque para engenheiro pensar

O “Bruno não jogou nada no Euro”, leu-se (bastante) há emanas. A estreia de Bruno Fernandes na Premier League 21/22 é coisa para não só entusiasmar justificadamente os adeptos do Manchester United como também colocar os cépticos a questionar as razões para o ocaso do médio no EURO 2020.
Ó Paul, eu meto três, tu ofereces quatro

O português foi o maior destaque (mas não o único, já lá iremos) da goleada dos “red devils” frente ao Leeds de Bielsa, com o seu primeiro hat-trick ao serviço dos ingleses, com três golos de bola corrida, dois assistidos por Pogba e o terceiro pelo velho conhecido Lindelof.

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Aposta do Dia: Gunners estreiam-se a vencer?

Aposta do Dia: Gunners estreiam-se a vencer?

Uma aposta, todos os dias, durante toda a época e para ganhar. No EURO 2020 correu bem, mas sê honesto: para lá dos prognósticos que te podem inspirar, tu queres mesmo é ver se nos “esbardalhamos” forte e feio. Venhas à procura de boas dicas ou apenas de espreitar o acidente, conta com os nossos prognósticos todos os dias, com odds bet.pt. Podes também seguir a Aposta do Dia nas stories do nosso instagram.

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Mercado | Corona a caminho do Sevilla por 12 milhões?

Mercado | Corona a caminho do Sevilla por 12 milhões?

Entradas, saídas, rumores. Acompanhe neste artigo residente todas os comparativos e todas as informações GoalPoint acerca das mais importantes movimentações do mercado de futebol, nacional e internacional.

12 de Agosto
Romelu oficializado por 115 milhões

#LUKWHOSBACK 📰

🔸 Romelu Lukaku 🇧🇪 é (novamente) jogador do Chelsea por 115M€
🔸 Chelsea pagou há 10 anos 15M€ pelo avançado
🔸 É a maior venda de sempre da #SerieA
🔸 Ao todo o jogador movimentou cerca de 328M€ em transferências, ao longo da carreira pic.twitter.com/Yzz5XvB3cc

— GoalPoint.pt (@_Goalpoint) August 12, 2021

SIC avança acordo por Corona

CORONA SAI POR 12 MILHÕES ?

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Ben Foster, o guardião youtuber que te vai mostrar a Premier por dentro

Ben Foster, o guardião youtuber que te vai mostrar a Premier por dentro

Regressar à Premier League aos 38 anos não é para todos. Ben Foster festejou essa sensação há uns meses, com a subida do seu Watford, um dos 12 clubes que representou ao longo de uma carreira toda ela construída em Inglaterra.

Pelo caminho Foster somou dois títulos da competição à qual agora retorna, ao serviço do Manchester United, e ainda três Taças de Inglaterra, duas novamente pelos “red devils” e uma pelo Birmingham City.

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Trilho de bicicleta na Lagoa das Sete Cidades: um dia pleno!

Trilho Lagoa das Sete Cidades

Vista de cima, de um dos seus miradouros, a Lagoa das Sete Cidades é enorme, de uma beleza tão idílica que parece inalcançável. É perfeita assim, a repousar na cratera formada ao longo de milhares de anos por sucessivas erupções vulcânicas. Mas para os verdadeiros devoradores de paisagem, como nós, era preciso explorar mais, de perto, por dentro. Queríamos navegar naquelas águas calmas (e fomos – vejam aqui como foi navegar na Lagoa das Sete Cidades), mas também percorrer as suas margens. Com trilhos espaçosos e pouco acidentados, a envolvente da lagoa pedia um desafio maior do que apenas caminhar.

Lagoa Verde, Sete Cidades, Açores

Se há um desporto que permite explorar os lugares ao nosso ritmo, em grande contacto com a natureza, lugares e pessoas, percorrendo mais facilmente grande distâncias, esse desporto é mesmo andar de bicicleta. Quem visita S. Miguel chega (quase sempre) de avião e por isso precisa de alugar as bicicletas na ilha. Complicado? Nada. Há muita oferta de actividades de ar livre nos Açores e o BTT é uma delas. Nas Sete Cidades, uma das melhores opções é recorrer à Futurismo. Além de bicicletas todo o terreno, têm canoas e caiaques no Centro de Actividades nas margens da Lagoa Azul.

Foi a nossa escolha, não só por já conhecermos a Futurismo de outras aventuras, como também porque esta empresa tem packs que combinam numa só tarde ou manhã passeios de bicicleta e de caiaque ou Stand Up Paddle para aproveitar todo o ambiente natural da Lagoa das Sete Cidades, em terra e na água.

Futurismo Lagoa das Sete Cidades

Ao chegarmos, foram-nos entregues as bicicletas e tivemos ajuda para ajustar os assentos às nossas alturas (há bicicletas de adulto e de criança e não tenho nada a apontar, pois as que nos deram eram Specialized e estavam em bom estado). Já equipados, lançámo-nos à estrada. Apesar de não conhecermos a zona, é simples fazer este passeio sem guia. Basta gerir o percurso, à vontade de cada um, de modo a voltar com tempo de ir para as actividades de água. No total, entre 3 horas a 3 horas e meia (o tempo previsto para estas duas actividades pela Futurismo) permitiram-nos fazer tudo calmamente. Mas tenham em conta que estarão nos Açores e, aqui, o apelo da exuberância é tão grande que é praticamente impossível não quererem deter-se por mais tempo do que o previsto para qualquer experiência.

Decidimos fazer toda a silhueta da margem da Lagoa Azul, começando por atravessar a Ponte dos Regos, que permite que as águas desta lagoa e da vizinha Lagoa Verde fluam entre si. Esta pequena ponte em pedra, concebida pelo arquiteto paisagista belga J. J. Dumond, é também conhecida como a Ponte dos Sete Arcos e marca a paisagem local desde 1967.

Viramos à esquerda após a ponte para começar a nossa pequena aventura. O percurso começa com zonas de algum desafio com pequenas subidas em terreno bem próprio para BTT. Os mais pequenos ou menos habituados a esse esforço podem sempre levar a bicicleta pela mão nas subidas. Mas pouco depois há descidas muito divertidas e nada perigosas. Vão dar, mais à frente, a caminhos completamente planos e largos, que primeiro se abrem para revelar a lagoa e logo a seguir nos levam ao deleite dos campos de erva macia ou de milho, que se estendem das margens até à envolvente de vegetação nas escarpas da caldeira vulcânica.

Pelo caminho, vêem-se rebanhos das tão características vacas felizes. E a acompanhar tudo isto, as apetecíveis e inevitáveis paragens para ver tudo de perto e… fotografar. Este é um trilho, no geral, fácil e perfeito para famílias. Deixo-vos a vista aérea, disponível no Google Maps, do percurso que fizemos, para ficarem com uma ideia melhor deste passeio e, espero, com vontade de o fazerem também!

Este é um passeio que permite conhecer as Sete Cidades como comunidade viva, muito além da imagem postal – bem merecida, é certo – das suas bonitas Lagoas. Pudemos ver, ainda na vila das Sete Cidades, meninos a brincarem no recreio de uma escola primária, daquelas com arquitectura do pré-25 de Abril e que, no continente, estão na sua maioria abandonadas ou foram reconvertidas para novos usos. A minha escola primária em Viana do Castelo tinha o mesmo exacto traçado, só que era bastante maior. Ver esta pequena escola com vida trouxe-me boas recordações. Há tempo para fazer uma paragem na avenida de árvores que conduz à capela de São Nicolau. A capela em si é simples, mas adornada pela fileira de altos pinheiros que se estendem da sua porta até à estrada, ganha um encanto muito especial.

A margem nascente da Lagoa Azul que percorremos até não haver mais caminho, é nada menos do que esplendorosa. Mas há gente aqui. Na aldeia de Cerrado das Freiras, os criadores de gado cuidam das suas vacas. Os agricultores colhem o milho ou lavram as terras. Nos caminhos de floresta, jardineiros limpam e aparam os caminhos entre árvores respeitando o equilíbrio deste habitat singular. A todos dissemos “Boa tarde!” e todos nos responderam com simpatia. Reparámos que isso não se passava com os estrangeiros que percorriam os mesmos caminhos. Para eles este cenário será mais como um quadro num museu, em que não se entra verdadeiramente, apenas se contempla. A diferença é que nós somos portugueses. Somos viajantes neste lugar, mas ao mesmo tempo sentimo-nos parte dele, sentimo-lo nosso – que orgulho! E os açorianos gostam desta familiaridade que queremos cultivar. Não seria capaz de passar numa aldeia, num caminho, sem cumprimentar os locais. Gosto mais ainda quando podemos conversar um pouco, aprender mutuamente. Ouvir contar histórias das terras por onde estou de passagem e contar as minhas, levar comigo o sentido dos lugares. E eles tornam-se mais do que paisagens, tornam-se histórias, que partilho convosco.

A sensação de calma que ganhámos neste passeio só rivalizava com o deslumbramento de sentirmos que estávamos, mesmo, no interior da caldeira de um vulcão. A caldeira das Sete Cidades tem cerca de 5 km de diâmetro e uma profundidade de 400 metros (desde o topo das escarpas até ao fundo da lagoa).

A parte da ida do nosso percurso bicicleta terminaria no Jardim da Lagoa Azul, um espaço relvado à sombra de árvores, com um dos mais bonitos parques de merendas da ilha de S. Miguel. Um pequeno ribeiro impedia-nos a passagem e já eram horas de voltar ao ponto de origem, onde nos esperava um passeio de caiaque e SUP. Este não seria um daqueles dias que deixam a sensação de que poderíamos ter feito mais, como muitas vezes acontece nas férias. Este foi um dia pleno.

Lagoa das Sete Cidades: de caiaque e SUP na cratera de um vulcão

Se há uma imagem que todos os portugueses conhecem é a da Lagoa das Sete Cidades, na Ilha de S. Miguel, Açores. Quem não sonha ver a imagem luxuriante da enorme lagoa, com um lago de tom claramente azul separado de outro verde vivo por uma antiga ponte? Os que têm a sorte de realizar esse sonho, ficam deslumbrados com a vastidão, os tons e o sentimento de absoluta tranquilidade transmitido por esta paisagem. São vários os pontos de onde podemos contemplar esta Lagoa e eu já tinha podido vê-la noutra ocasião, mas nesta viagem as suas águas azuis e verdes ganharam para mim uma nova dimensão: entrei literalmente nelas, para um passeio de caiaque.

A maior parte das pessoas que visita as Sete Cidades vai com o objectivo de ver e fotografar a Lagoas e as suas margens. “Só” isso já deixa qualquer um maravilhado. Mas e se, além disso, puder navegar nas águas das lagoas, em plena autonomia e sem perigos, num simpático caiaque? Eu desconhecia que era possível, mas descobri que a Futurismo, empresa de animação turística famosa pela sua actividade de whale watching, também organiza actividades nas Lagoas das Sete Cidades. Além de caiaque, pode praticar-se Stand Up Paddle (SUP) e até mesmo fazer passeios de bicicleta pelas margens da lagoa. O melhor mesmo é combinar as duas coisas: primeiro fazer um passeio de bicicleta todo o terreno e depois continuar a aventura de uma forma mais relaxada nos grandes lagos de água doce. Foi o que fizemos, aproveitando o pacote combinado da Futurismo ao longo de 3 horas. No fim, parece incrível como coube tanto em tão pouco tempo. (Conto-vos em breve aqui no blog a parte da bicicleta.)

Tínhamos
reservado a actividade nas Sete Cidades com algumas semanas de
antecedência, ainda no continente, e tivemos imensa sorte com o
tempo, pois estava ameno, com o sol a alternar com algumas nuvens –
uma típica tarde açoriana.

Chegar ao centro de atividades da Futurismo foi fácil: fica mesmo na margem da Lagoa Azul das Sete Cidades. Tem um edifício de acolhimento com um espaço interior confortável e armários para guardar os pertences dos clientes, mesmo em frente a um pequeno cais em madeira.

Como fomos em família e éramos quatro, experimentámos duas modalidades: eu e o Artur (o pequeno de 9 anos) fomos num caiaque e o Nuno e o Luís (o nosso miúdo mais velho) preferiram experimentar SUP pela primeira vez. A Futurismo tem os equipamentos para as duas modalidades e permite escolher o que cada um prefere. A Lagoa das Sete Cidades oferece condições perfeitas para o SUP pois ou não há ondas ou as que há são muito suaves, o que torna muito mais seguro praticar SUP aqui do que em lagos maiores ou no mar.

A equipa deu-nos todos os conselhos necessários. Inicialmente acharam que podia ser melhor o Artur não levar remo, por ser ainda pequeno, mas como ele insistiu, já que é bem aventureiro e muito desportista, deram-lhe um também. E ainda bem! Mesmo com bracinhos pequenos, o impulso que deu ao caiaque fez muita diferença ao navegar :). Acho mesmo que rema melhor do que eu. Quanto ao SUP, como o Nuno e o Luís eram inexperientes, foram aconselhados a começar a remar de joelhos na prancha até sentirem o controlo necessário para se porem em pé. Com a ajuda de um empurrão inicial da simpática equipa da Futurismo, todos adentramos a Lagoa Azul.

À medida que nos afastávamos da margem, começámos a sentir a verdadeira dimensão daquele lugar tão extraordinário. Estávamos numa cratera formada por sucessivas erupções vulcânicas. Nela, o tempo deu origem a esta lagoa que veio a chamar-se Lagoa das Sete Cidades e que é o maior lago de água doce dos Açores, com 4,3 km de extensão e 33 metros de profundidade. Não tinha noção, quando lá estive, de que era tão profunda. As águas, apesar mesmo com algum vento, são calmas e as escarpas verdes a toda a volta envolveram-me de tal maneira que só podia sentir-me bem. O Artur, ocupado a remar e a sentir os raios de sol, sentia-se muito feliz e nunca falou sequer em medos. O facto de termos coletes salva-vidas também dá segurança. Mas, acima de tudo, esta é uma experiência tão completa, tão perfeita, que é preciso vivê-la na primeira pessoa.

Ligeiramente atrás de nós, o Luís e o pai começavam a arriscar levantar-se na prancha – e bem! O Luís cantava, com sorriso de orelha a orelha, enquanto navegava por esta lagoa perfeita. Em pé, faz-se mais resistência ao ar, por isso o ritmo de navegação acaba por ser mais lento.

Atravessar da Lagoa Azul para a Lagoa Verde tem o seu quê de emoção: é preciso que os canoístas estejam bem coordenados para passar sob um dos arcos de pedra, que não são muito altos. Com o coraçãozinho acelerado mas muita concentração, o meu valente timoneiro comandou o caiaque na perfeição!

Tinham-nos dito que na Lagoa Verde em geral está menos vento e as águas são mais calmas. Mas o que notámos mesmo foi a pouca profundidade da água junto à ponte. Demos por nós a remar sobre muitas raízes de plantas aquáticas e algas. É essa a razão de este lago ser verde. A luz reflecte a cor das algas que estão perto da superfície, o que não acontece na Lagoa Azul.

Mais tarde ficaria a saber que a Lagoa é o habitat de muitos lagostins vermelhos (podem ver-se esqueletos nas margens da lagoa), o que comprova a pureza deste habitat. Em toda esta viagem aos Açores, tivemos sempre a sensação arrebatadoramente boa de que a natureza é a protagonista. Sempre. E ao mesmo tempo a noção de que temos muito a aprender sobre os nossos recursos naturais, únicos e insubstituíveis. A água é um elemento constante no arquipélago açoriano, além do verde, envolvente e com espaço para crescer ou apenas permanecer, renovar-se. Sobre ambos, as aves, tantas e tão bonitas! É esta a natureza que pinta a bandeira dos Açores.

Quando decidimos regressar à Lagoa Azul a viagem já ia longa. Sem darmos conta, já estávamos há quase uma hora naquele bucólico passeio. O regresso fez-se bem, com o vento a favor. Na margem do cais, a equipa da Futurismo já nos esperava. Sentimos pena por termos chegado ao fim, mas estávamos completamente satisfeitos, de alma cheia. Sabíamos que aqueles momentos foram muito especiais. Foi como se tivéssemos descoberto um segredo que não está ao alcance de todos. Quando passámos sob a ponte havia pessoas a olharem para nós, com gosto nos nos verem mas ao mesmo tempo sem ponderarem passarem, elas, para o lado de dentro da aventura. Quando afinal basta saber que não só é possível, como acessível fazê-lo. E há um mundo de diferença entre ver ou fazer, não é? Podem acreditar: esta é daquelas experiências que valem meeeesmo a pena!

Viajar aos Açores em tempo de COVID-19: tudo o que precisa de saber

Texto e Fotografias de Vera Dantas. Todos os direitos reservados.

Em tempo de COVID-19, as viagens causam preocupação a todos, sobretudo a quem viaja em família. E apesar de os Açores ficarem em Portugal, só se chega lá de avião. Viajei recentemente (em Setembro de 2020) à Ilha de S. Miguel e tudo correu bem, mas foram necessários alguns preparativos extra. Após várias pesquisas e telefonemas esclareci uma série de dúvidas para as quais não obtive resposta numa única fonte, por isso sei que esta informação vos pode ser muito útil. Além disso, viajei de facto com duas crianças aos Açores nesta fase de pandemia global, não sem alguns receios, mas com muita vontade de voltar a um destino que me deslumbra e do qual regressámos, todos na família, maravilhados. E, sim, estivemos sempre bem nos Açores e regressámos ainda mais saudáveis do que fomos 🙂

É seguro viajar aos Açores, mesmo agora e sobretudo agora, pois poucos destinos têm tanto espaço livre, paisagens infinitas e lugares onde dormir e comer tão especiais e seguros como o nosso maior e mais verde arquipélago. Além disso, os prestadores de serviços estão a ser muito cuidadosos, o que transmite imensa segurança a quem visita os Açores. Neste artigo explico-vos tudo o que têm de saber para preparem a vossa viagem aos Açores em tempo de COVID-19.

Atenção: As informações aqui descritas estão actualizadas à data de publicação – 9 de Outubro de 2020. Deverão sempre consultar as fontes oficiais à data da vossa viagem para confirmar todos os procedimentos que devem seguir. Deixo os contactos no final deste artigo.

Conteúdo deste artigo:

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Testes de despiste ao vírus SARS-CoV-2 (COVID-19) para viajar aos Açores

É obrigatório realizar o teste?

Sim. É obrigatória a realização do teste de despiste de SARS-CoV-2, vulgarmente conhecido pelo acrónimo COVID-19 (do inglês Coronavirus Disease, do ano 2019) por parte de todas as pessoas, incluindo crianças a partir dos 13 anos (inclusive) que viagem para o arquipélago.

Quanto custa o teste de despiste à COVID-19?

Pode realizar
o teste numa das entidades convencionadas com o Governo Regional dos
Açores que suportará todos os custos. Neste caso, não terá que
pagar nada.

Se decidir realizar o teste num laboratório de análises sem convenção, o custo ficará a seu cargo. Para referência, posso dizer-vos que um teste a título particular no Porto, em Setembro, custava entre 100 e 130 €.

Onde pode fazer o teste de despiste à COVID-19?

Pode realizar o teste num dos laboratórios convencionados com a Região Autónoma dos Açores para despiste à infeção por COVID-19, existentes na sua zona de residência, antes da viagem. Consulte a lista e escolha o seu aqui.

A ter em
conta:

Para a sua escolha, tenha em conta a contagem das 72 horas antes da hora de chegada prevista aos Açores – caso seja de manhã (foi o nosso caso) convém que a recolha das suas amostras biológicas seja feita num laboratório que esteja aberto no horário da manhã, pois há laboratórios que só fazem recolhas da parte da tarde.

Em
alternativa, pode realizá-lo no
aeroporto, à chegada a uma das ilhas açorianas. Há cinco portas de
entrada nos Açores por avião: os aeroportos das Ilhas de São
Miguel, Santa Maria, Terceira, Pico e Faial. A
partir delas
pode ligar-se
às restantes ilhas do
arquipélago –
Graciosa, São Jorge, Flores e Corvo –
através da SATA e, na época alta, através de ferry-boat.

Quando tem que fazer o teste?

Podem optar por fazer o teste antes do início da viagem ou à chegada (vejam como mais abaixo), como já referimos. Mas devem ter em conta o seguinte:

Fazer o teste de despiste antes da viagem

Devem agendar com antecedência o teste de COVID-19 de modo a garantirem que o mesmo será feito nas 72 horas antes da partida do voo do aeroporto de origem. Ao fazer a marcação o laboratório vai pedir-vos essa informação, para poder marcar uma hora de recolha de amostras biológicas que respeite esse espaço temporal. À partida o laboratório vai pedir-vos que façam a marcação por e-mail enviando o número de SNS de todas as pessoas que vão fazer o teste (lembrem-se que as crianças com 13 anos ou mais já são obrigadas a fazer, além dos adultos) e um comprovativo de reserva e pagamento do voo de ida, com data e hora do mesmo. No dia e na hora marcada para o teste, deverão comparecer no laboratório apresentando:

  • os comprovativos da reserva e do pagamento da deslocação para os Açores;
  • um documento de identificação pessoal (bilhete de identidade, cartão do cidadão ou passaporte).

Quanto tempo demora o resultado?

No
nosso caso, fizemos o teste pelas 10:00 de uma sexta-feira, pois
iríamos aterrar em S. Miguel às 9:45 da segunda-feira seguinte, e
na tarde de sexta recebemos o resultado (negativo) dos testes por
e-mail. Os laboratórios em regra não estão a demorar mais do que
24 horas a enviar os resultados.

Os resultados do teste são enviados diretamente ao passageiro e também à Direção Regional da Saúde.

O que acontece se o resultado teste de COVID-19 for positivo?

Caso um dos viajantes teste positivo terão de ser seguidos os procedimentos indicados pelas autoridades de saúde. No site do governo dos Açores dedicado aos procedimentos no âmbito da COVID-19, pode ler-se o seguinte:

Porque há sempre esse risco na situação em que vivemos actualmente, no nosso caso decidimos fazer um seguro de cancelamento de viagem que cobrisse essa eventualidade. Acrescentamos alguma despesas com a compra da apólice, mas preferimos investir esse valor do que correr o risco de termos que cancelar a viagem e perder o dinheiro de todos os voos e da estadia. Tenha em conta que, quer as companhias aéreas, quer as unidades de alojamento, não devolvem o valor das reservas nestes casos. E a maior parte não oferece a possibilidade de adiar as datas da reserva. Por isso, na hora de reservar, informe-se sobre as condições de cancelamento ou mudança de datas de voo e/ou estadia e tenha todos estes factores em conta.

Que comprovativos devem levar convosco para os Açores?

Ao viajarem para o arquipélago devem preencher o Questionário de avaliação do risco e deteção precoce do SARS-CoV-2, da Autoridade de Saúde Regional.

Aconselho-vos a que o façam antes da partida, para agilizar a vossa entrada na Região.

O
questionário pode ser impresso – pode
descarregá-lo aqui
– para entregar, já preenchido, à chegada

Em alternativa, podem preencher o questionário online, neste link.

Depois
de preencherem
o questionário vão
receber um código, com
o qual podem identificar-se junto
dos
responsáveis da
Autoridade de Saúde que
vos irão abordar no
desembarque.

Caso
não preencham o questionário antes da viagem, podem sempre fazê-lo
à chegada (ver abaixo).

Além disso, caso tenham realizado o teste de despiste à COVID-19 antes da partida, deverão levar o comprovativo, em papel (de preferência) do documento emitido pelo laboratório onde devem constar:

  • a identificação da pessoa testada;
  • o nome do laboratório onde o mesmo foi realizado;
  • a data de realização do teste;
  • a assinatura do responsável pela realização do teste;
  • o resultado negativo.

https://www.getyourguide.com/azores-l152/so-miguel-west-tour-t64862/?partner_id=5U8AT6S&utm_medium=online_publisher&utm_source=porto_envolto&placement=content-middle

Como proceder à chegada aos Açores?

A minha experiência foi na Ilha de S. Miguel, por isso é essa que aqui vos relato.

No Aeroporto João Paulo II, em Ponta Delgada, as pessoas são encaminhadas para o exterior e divididas em duas filas: a das pessoas que têm o teste feito (e negativo, claro) e as das que ainda não o fizeram. Quase todas as pessoas que viajaram no nosso avião, procedente do Porto, já tinham feito o teste antes da viagem.

Estava tudo bem organizado e havia sempre alguém a acompanhar as pessoas e a encaminhá-las devidamente.

Aeroporto de Ponta Delgada, Setembro de 2020: Tendas de recepção e testes aos viajantes no âmbito das medidas de combate à COVID19.

Chegada aos Açores com o teste de COVID-19 negativo

Às
pessoas com o teste feito (e
negativo) mas que não têm consigo o questionário acima referido em
papel ou o código recebido após o preenchimento online, são
entregues os questionário (por pessoa do grupo/família com que
viaja) para preencher no local. No aeroporto de Ponta Delgada há uma
tenda específica para o preenchimento, com uma pessoa a esclarecer
quaisquer dúvidas.

Quem já tem o questionário preenchido é encaminhado para uma tenda onde deverá entregá-lo, juntamente com o comprovativo de realização do teste de COVID-19. Será então informado de que, caso se permaneça na ilha 7 ou mais dias, terá que marcar novo teste à COVID-19 com a autoridade de saúde do local onde estiver alojado (detalhes do procedimento mais baixo).

Fazer o teste de despiste à COVID-19 à chegada aos Açores

O Governo Regional dos Açores permite optar por fazer o teste despiste à COVID-19 no momento que se desembarca. Os profissionais da autoridade de saúde que estão no aeroporto recolhem as amostras biológicas necessárias ao teste, devendo o passageiro permanecer em isolamento profilático no seu domicílio ou local onde está alojado, até lhe ser comunicado o resultado do mesmo, o que pode demorar entre 24 a 48 horas.

Se querem aproveitar bem todos os seus dias nos Açores – e há tanto para ver e fazer nas ilhas! – esta não é a melhor opção, pois vão perder tempo à espera dos resultados.

São sobretudo os turistas estrangeiros quem escolhe esta opção, pois assim não têm que arcar com os custos do teste no seu país de origem. Pessoalmente, considero que pode ser vantajosa para a economia regional desde que os turistas sejam responsáveis e cumpram de facto o isolamento profilático. Caso contrário, estarão a pôr em risco as comunidades locais. É assinado um termo de responsabilidade quanto ao isolamento profilático, por isso quero acreditar que o mesmo é cumprido, estando as autoridades a fazer o seu melhor para que o seja.

O que acontece a quem se recusa a fazer o teste?

Quem não tiver feito o teste antes da viagem e se recuse a fazê-lo à chegada pode regressar ao local de origem do seu voo ou viajar para qualquer aeroporto fora da Região Autónoma dos Açores, cumprindo, até à hora do voo, isolamento profilático em hotel indicado para o efeito.

Estadia de 7 ou mais dias nos Açores

Como marcar segundo teste de despiste à COVID-19, 6 dias após o primeiro?

Se a vossa estadia nos Açores for de 7 ou mais dias devem, no 6.º dia a contar da data de realização do (primeiro) teste de despiste à COVID-19, contactar a autoridade de saúde do concelho em que estão alojados (ou residem), para realizar novo teste de despiste, a realizar pela autoridade de saúde local.

Para
que não se esqueçam,
vão dizer-lhe isso mesmo à sua chegada ao aeroporto, indicando o
dia em que devem
fazer
a marcação
do
teste e
dando-lhes
um
papel com o url da página com os Contactos
das
Unidades
de Saúde de Ilha

e Hospitais.

Deixo-vos
(mais) uma dica valiosa:

Vejam qual o contacto de e-mail da autoridade de saúde que vos concerne e preparem o draft do e-mail antes da viagem, pois evitam perder tempo a inserir dados de documentos num telemóvel, caso não viajem com computador. Podem ver abaixo fazer copy/paste do draft que preparei (abaixo). Poupou-me tempo e deu-me imenso jeito na altura de fazer a marcação:

Draft para e-mail de marcação do segundo teste de COVID-19

Enviar
para: Delegação de … (concelho
onde está alojado), e-mail: …

Boa tarde,

Conforme nos foi indicado, vimos por este meio solicitar a marcação do 2º teste obrigatório para despiste à COVID-19.

Chegámos a (ilha de desembarque) dia … de …. às … horas. Temos voo de partida a … /… às … horas, de (ilha de partida).

Fizemos o primeiro teste em …./… às … horas, com resultado negativo.

Somos
(… indicar nº de pessoas que vão realizar o teste), com os dados
abaixo:

Pessoa 1 … (nome completo)

Nº SNS: …

… Listar as outras pessoas e os seus números de SNS).

Aguardo contacto para marcação do teste.

Contacto
telefónico para envio de marcação: … … …

Cumprimentos,

… …

A delegação de saúde responde por telefone para marcar o teste do 6º dia. No nosso caso enviámos o e-mail de manhã e fomos contactados à hora do almoço. Foi-nos indicado o local, a forma de proceder (em Ponta Delgada o teste foi feito dentro do carro, numas tendas drive-through junto ao Hospital do Divino Espírito Santo) e as horas disponíveis. No dia seguinte realizámos o teste conforme indicado.

O que acontece se o teste de COVID-19nos Açores der positivo?

Segundo o que me informou a Linha Açores de Esclarecimento Não Médico COVID-19, se o teste de COVID-19 feito 7 dias após o primeiro der positivo, a pessoa em causa terá que permanecer em quarentena obrigatória durante 14 dias na ilha em que se encontram. O Governo Regional cobrirá as despesas de alojamento (estadia e alimentação) nos estabelecimentos por ele designados para o efeito.

Quando aos acompanhantes da pessoa infectada, a autoridade de saúde local determinará se são consideradas de grande risco – caso em que terão que ficar também em quarentena – ou não – caso em que poderão regressar no voo previsto.

Como obter informações actualizadas sobre viajar aos Açores em tempo de COVID-19 ?

Porque
estamos numa situação de contingência em que a única certeza é a
incerteza e as informações que vos dou aqui podem sofrer
alterações, aconselho-vos
a
prepararem
a vossa viagem aos Açores consultando um ou vários dos recursos que
a região coloca à disposição dos viajantes.

  • Site com Informações oficiais do Governo dos Açores sobre o Controlo da pandemia de COVID-19: Destino Seguro Azores.
  • Serviço de atendimento telefónico sobre as medidas adoptadas na Região dos Açores para fazer face à pandemia do novo coronavírus:

Linha
Açores de Esclarecimento Não Médico COVID-19

Tel.: 800 29 29 29

Horário: Dias úteis das 8:30 às 18:30 H.

Liguei
para lá antes da viagem e fiquei muito mais esclarecida sobre várias
eventualidades e informações que partilho convosco neste artigo.
Mas tenha em conta que esta é uma linha de atendimento Não Médico,
ou seja, trata das questões logísticas. Para
questões médicas há uma linha própria para onde deve ligar para:

  • Linha Saúde Açores, para Questões Médicas

Tel.: 808 24 60 24

Se
preferir esclarecimentos por e-mail, envie as suas dúvidas para:

  • esclarecimentocovid19@azores.gov.pt

Texto e imagens de: Vera Dantas

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