Mega-fortaleza com 3000 anos no Cáucaso surpreende os cientistas. É 40 vezes maior do que se pensava

Apesar do seu enorme tamanho, a mega-estrutura da Idade do Bronze tem poucos sinais de habitação a longo prazo. Os cientistas acreditam que pode ter tido um uso sazonal. Arqueólogos descobriram uma enorme fortaleza da Idade do Bronze nas montanhas do Cáucaso que dá pistas sobre a antiga atividade humana nesta região estratégica entre a Europa e a Ásia. Conhecida como Dmanisis Gora, a estrutura pré-histórica, localizada na Geórgia, data de há 3000 anos e é uma das maiores povoações do seu tempo no Sul do Cáucaso. Apesar da sua dimensão, o objetivo do local e a identidade dos seus

Pedro Nuno candidato à Câmara de Lisboa “É um homem do Norte”

Pedro Adão e Silva lançou a ideia, Ferro Rodrigues não parece estar muito convencido e lembra o caso de Jorge Sampaio. Ninguém, ou praticamente ninguém, comentava esse cenário. Até que Pedro Adão e Silva soltou a pergunta: e se Pedro Nuno Santos fosse o candidato do PS à presidência Câmara Municipal de Lisboa No seu espaço de opinião no Público, o ex-ministro da Cultura fala sobre um “mistério” entre os socialistas em relação à capital, na preparação para as eleições autárquicas deste ano. O PS não tem um candidato, pelo menos oficialmente, e “custa a compreender este impasse” já que,

Vice-presidente do Equador acusada de usurpação e retenção ilegal de poder

A vice-presidente do Equador, Verónica Abad, foi alvo de uma queixa por usurpação e retenção ilegal de poder, um dia depois de acusar o Presidente Daniel Noboa de consumar um golpe de Estado.

Abad revelou na sexta-feira, nas redes sociais, que tinha sido alvo de uma queixa, apresentada em 04 de janeiro por uma cidadã identificada como Ida Victoria Páez Cortéz, mas em que também constam quatro deputados.

A vice-presidente interpôs uma ação junto da justiça para anular os decretos emitidos por Noboa, em que delegava, durante três dias, as funções presidenciais à secretária da Administração, Cynthia Gellibert.

Isto porque, entre 09 e 12 de fevereiro, Noboa enquanto este faz campanha para as eleições gerais de fevereiro, nas quais procura apoio para ser reeleito e continuar a governar até 2029.

De acordo com a Constituição, Verónica Abad deveria assumir a Presidência do Equador enquanto Noboa faz campanha.

Mas Noboa alegou que Abad estava ausente do cargo por não se ter deslocado a Ancara, na Turquia, como conselheira temporária, tal como estipulado num decreto.

Na quinta-feira, Abad acusou Noboa de consumar um “golpe de Estado” e insistiu que tem sido vítima de uma “perseguição brutal, que tem um único objetivo: tomar o poder pela força”.

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Abad recordou que no sábado, através de um vídeo publicado nas suas redes sociais, pediu o apoio de várias instituições do Estado, incluindo as forças armadas, que responderam que não eram deliberativas e que lhes cabia acatar a vontade de Noboa, uma linha repetida pela polícia.

A vice-presidente alega que as suposições do governo, de que iria fomentar um golpe de Estado, são falsas, acrescentando que “é evidente que isso lhe trará não só consequências políticas, mas também jurídicas, nacionais e internacionais”.

O secretário-geral da Assembleia Nacional do Equador, Alejandro Muñoz, explicou que o parlamento devolveu na quarta-feira o decreto enviado por Noboa, no qual ele confiava a presidência a Gellibert por três dias, por “erros legais e constitucionais”.

Noboa e Abad têm tido um confronto amargo desde o início do governo, em novembro de 2023, quando ele a enviou como embaixadora em Israel, e desde então Abad tem denunciado alegadas perseguições para a forçar a demitir-se e não lhe delegar a presidência durante a campanha eleitoral.

“Estou disposta a substituir o Presidente em democracia e em conformidade com a Constituição, mas impediram-me à força de assumir as minhas funções de vice-presidente”, declarou, recordando que, no final de dezembro, nem sequer foi autorizada a entrar na vice-presidência, depois de os tribunais terem levantado a suspensão de cinco meses que lhe tinha sido imposta pelo Ministério do Trabalho.

Esta sanção baseava-se no facto de não ter mudado atempadamente de Israel para Ancara, numa altura de escalada das tensões no Médio Oriente, embora Abad tenha afirmado o contrário.

“Parlamento não se pode substituir à justiça. Cada um no seu galho”

Ruído, ruído, ruído. O diagnóstico é várias vezes repetido pelo presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), que o aplica em diversas situações. Para João Pedro Tavares, o discurso político está pejado de ruído, o que dificulta a comunicação, os reais problemas do país não estão a ser abordados e os órgão de decisão perdem tempo com questões periféricas ou duplicam funções.

Um dos exemplos mais recentes é a nomeação de Hélder Rosalino para secretário-geral do Governo, cargo que acabaria por rejeitar por não conseguir manter o salário que recebia do Banco de Portugal. “Foi um decreto aprovado à pressa entre o Natal e o fim de ano, para permitir que esta situação fosse resolvida? Foi tratado com a devida prudência, sensatez e transparência?” Questões levantadas pelo presidente da ACEGE.

João Pedro Tavares diz que há aqui “uma quebra de confiança”, devido ao ruído instalado. “Misturamos muita coisa: 15 mil euros, um valor muito elevado, com o processo e a forma como foi feito, depois o Banco de Portugal não pode apoiar partidos políticos – que não é o caso – depois descobre-se que no passado já aconteceu e ninguém soube”, resume.

Entretanto, Hélder Rosalino já regressou à folha de pagamentos do banco central e o governador Mário Centeno ainda vai à Assembleia da República dar explicações sobre este caso. Uma audição criticada por João Pedro Tavares, que considera que “o parlamento às vezes tem um excesso de pedidos de esclarecimento e de trazer temas para a praça pública. Devia ter mais critério. Pedir ao governador do Banco de Portugal para vir fazer uma explicação ao Parlamento, não me parece a melhor situação”.

Este não é caso único. O presidente da ACEGE diz que a Assembleia da República “faz excesso de policiamento em determinados casos”, com criação de ruído. Questiona quem avalia a qualidade, a importância e os resultados de iniciativas já tomadas, nomeadamente Comissões de Inquérito, e defende que “o Parlamento não se pode substituir à justiça, não se pode substituir ao Ministério Público, cada um tem que estar no seu galho”.

Saída do CEO da Galp com “muito sal e pimenta”

O presidente da ACEGE diz que há muito fumo no processo que levou Filipe Silva, CEO da Galp, a sair da empresa. O gestor alegou “motivos familiares”, mas a decisão surgiu depois de ser divulgado o alegado envolvimento do presidente da Galp com uma administradora da petrolífera. “Esta é uma situação com muito sal e pimenta, porque vem logo misturar a relação pessoal, escondida, familiar”, diz João Pedro Tavares.

​Reprogramação do PRR é "grande oportunidade" para dar mais fundos aos privados

O líder da ACEGE lamenta que este caso tenha vindo para a praça pública. “São situações que estão previstas nos códigos de ética, uma empresa cotada em bolsa tem determinadas obrigações de transparência e dever de prestar contas aos acionistas e stakeholders. Existem canais de denúncia anónima de irregularidades mas, de acordo com o regulamento geral de proteção de dados, deve ser tratado de determinada forma e com determinado decoro”, defende.

Ainda assim, questiona: “Isto configura uma quebra de confiança, de abuso de poder, de incompatibilidade?”

As grandes empresas já estão obrigadas a terem códigos de ética e de conduta, “mas temos um caminho a percorrer, ainda”, admite. Segundo o presidente da ACEGE, é preciso mais rigor e transparência no país.

“Dificilmente” será executado o PRR

O líder da Associação Cristã de Empresários e Gestores lembra que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “está muito aquém na sua aplicação e termina em 2026, muito dificilmente o vamos cumprir na sua totalidade”. Acrescenta mesmo que na próxima mensagem de Ano Novo, a última de Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República deverá repetir os mesmos recados e receios sobre a eventual perda de verbas a fundo perdido.

Ainda assim, faz uma avaliação positiva da atual gestão do PRR, centrada no Ministro Manuel Castro Almeida.

Defende também que a reprogramação do PRR, para evitar a perda de fundos, é uma oportunidade para equilibrar a distribuição do financiamento. Volta a criticar o peso excessivo dado aos projetos públicos e espera que os privados consigam nesta fase mais financiamento.

“O problema em Portugal é o stress fiscal”

Neste entrevista ao programa Dúvidas Públicas, João Pedro Tavares critica a “manta de retalhos” em que se transformou a legislação tributária e apoia a reforma fiscal defendida esta semana pelo antigo presidente Cavaco Silva.

O presidente da ACEGE diz ainda que “o problema em Portugal não é a carga, é o stress fiscal”. Ou seja, “face ao nível salarial, à dimensão das empresas e aos resultados que têm, a população vive em stress fiscal. As taxas de esforço são muito elevadas e as empresas não conseguem investir mais, nem as pessoas conseguem alargar o património e viverem com melhor bem estar”.

A pobreza e o envelhecimento são alguns dos temas fundamentais neste momento, mas estão arredados do debate político, centrado em discutir o próximo candidato às presidenciais. Para João Pedro Tavares, a atual discussão política é “pobre”.

Diz que não está contra os aumentos salariais negociados com professores, médicos ou polícias, mas o governo não se pode limitar a calar quem protesta, é preciso mais “rigor e critério” na despesa. “Vamos aos solavancos das corporações”.

Defende incentivos ao envelhecimento ativo, através de alterações legislativas e fiscais, que permitam o regresso ao mercado de trabalho dos mais velhos. “Neste momento temos um stock de capacidades, competências e experiências parado porque não querem comprometer as contribuições para a reforma nem subir de escalão”. A solução deverá passar por mais fiscalização às empresas e a alteração destas carreiras contributivas.

João Pedro Tavares defende ainda um “salário digno”, ou seja, um complemento ao salário, mediante o contexto familiar de cada trabalhador: se tem filhos, se vive com os pais, em centros urbanos ou no interior.

Explica que a promoção da família é uma das preocupações da ACEGE e dá exemplos de como se reflete nas decisões de gestão dos associados.

O presidente da ACEGE, João Pedro Tavares, é o entrevistado desta semana do programa da Renascença Dúvidas Públicas, que pode ouvir em antena aos sábados, a partir do meio-dia, ou a qualquer momento aqui no site ou em podcast.

Estivemos 10 horas nas urgências de “The Pitt” e ainda estamos à espera (mas isso até pode ser bom)

Quando The Pitt é bom, é muito bom. Os momentos são óbvios e fáceis de referenciar e, quase por regra, estão ligados à morte, sobretudo à forma como se lida com a morte nas urgências de um hospital. Médicos, enfermeiros e familiares. As mortes começam logo no início e a questão é menos a morte em si, mas o modo como se faz notar na ação hiperfrenética destas urgências em Pittsburgh. Tanto que, mais à frente, quando uma criança é protagonista, sente-se a diferença, há algo que parece abrandar. E, embora não seja necessário ser dito o porquê, há um diálogo que o faz. Não é The Pitt, a própria série, a dar a mão ao espectador, mas a fazer a diferença. Há por ali momentos de muito boa televisão. Mas também outras coisas, nem por isso tão boas. Os dois primeiros episódios já estão disponíveis na Max. Os restantes treze chegarão a um ritmo semanal.

The Pitt é uma criação de pessoas que estiveram envolvidas na já clássica série Serviço de Urgência (que também está disponível na Max). Um trio: o criador, showrunner e também produtor de The Pitt, R. Scott Gemmill, John Wells, que produz e realiza alguns episódios, e Noah Wyle, o ator que era um jovem em Serviço de Urgência e que agora comanda a equipa de médicos desta nova série. Wyle também produz e escreveu alguns episódios.

Os espectadores vão reconhecer Wyle. E não é pela ideia de transição de uma série para a outra, mas porque, ao fim de três décadas, o seu papel em Serviço de Urgência foi marcante. A forma como agarra as rédeas de The Pitt logo nos primeiros minutos mostra como estamos num sítio seguro. Mas eis a pergunta inevitável: numa altura em que há tanta oferta, em que outros géneros parecem captar a atenção, ainda há lugar para os corredores de um hospital, de umas urgências, darem lugar a grande televisão? Já lá vamos. E não, leitor, não estamos a empatar.

[o trailer de “The Pitt”:]

Quando Serviço de Urgência surgiu, havia pouca oferta. E embora já existissem séries com médicos e hospitais, até em circunstâncias muito concretas (pense-se em M.A.S.H.), Serviço de Urgência foi marcante nos anos 1990. O elenco era ótimo e, se a memória falhar, recomenda-se que veja as primeiras temporadas para perceber como ainda se aguenta no tempo. Era muito boa televisão (melhor do que nos lembramos, melhor do que gostamos de acreditar só porque apreciamos dizer que vivemos num período de ouro da televisão). House e Anatomia de Grey foram outras duas séries que tornaram os hospitais populares e depois houve um pouco de tudo. Tal como as séries de tribunais e advogados, polícias ou bombeiros, as séries “de hospital” entraram naquele domínio comum de televisão de profissões. Há muita oferta, por regra destacada nos canais de televisão e não no streaming, quase sempre com uma ideia de localização ou de unidade definida.

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Vamos ser realistas sem preconceitos: para esse tipo de televisão já não há saco. Não é por ser boa ou má, cada coisa tem o seu lugar, e, embora, ainda haja séries dentro desse formato que sejam um sucesso, é um formato ultrapassado, que está a viver à custa de um audiência que resiste à mudança. É comida de conforto para quem não quer experimentar outro tipo de iguaria, aparentemente demasiado exótica.

Agora está à espera que digamos que The Pitt é diferente, certo? Mas, na verdade, não é. Preenche todos os requisitos da base da fórmula. Altamente localizado, em Pittsburgh, o título da série é uma referência à cidade mas também à forma como o protagonista, Robby (Wyle) se refere às urgências (uma alusão a “pit”/cova); o centro são os médicos e os enfermeiros e, tal como acontece com as outras séries, por vezes diverge para outra coisa a fim de dar algo mais a quem vê, para fazer com que os espectadores se sintam menos cansados; apesar das personagens levarem pouca bagagem para as urgências, há sempre alguma bagagem e o drama pessoal floresce aqui e ali; há frequentemente uma notória vontade de convencer-nos de que há algo mais ali, mas nunca há. Ainda assim, esse estado de permanente sugestão faz com que o regresso aconteça. E depois há tanta, tanta informação a ser debitada, que parece hiperpormenorizada e convence o mais desprevenido dos espectadores de que se continuar a ver, um dia torna-se especialista em diagnósticos só por ver televisão. Episódio atrás de episódio. Até o frenético se fazer lugar seguro.

China reserva mais fundos para reparar estradas após sismo que matou 126 no Tibete

A China vai gastar cerca de 30 milhões de yuan (quatro milhões de euros) para reparar as estradas danificadas pelo sismo que matou pelo menos 126 pessoas na região do Tibete (sudoeste), na terça-feira.

O Ministério das Finanças chinês disse que os fundos visam também prevenir desastres secundários, “detetar perigos ocultos” nas estradas e pontes e garantir o transporte de ajuda de emergência e materiais de subsistência.

Num comunicado divulgado na sexta-feira à noite, o ministério disse que os fundos vêm das tutelas das Finanças e dos Transportes.

A região afetada pelo sismo apresenta vales profundos, encostas íngremes e terrenos acidentados que podem causar deslizamentos de terra e avalanches, fenómenos comuns após abalos em áreas montanhosas, disse Ma Changqian, especialista da Universidade Chinesa de Geociências, citado pela televisão estatal chinesa CGTN.

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O sismo, com epicentro no condado de Tingri, na província de Shigatse (conhecida como Xigaze em chinês), a uma profundidade de 10 quilómetros, fez 126 mortos, número que não foi atualizado desde quarta-feira e arrasou milhares de casas.

O Governo chinês duplicou o número de feridos, passando de 188 para 337, sendo que mais de 60 mil pessoas afetadas pelo terramoto de magnitude 6,8 também foram realojadas.

Os esforços estão agora concentrados no apoio aos afetados e na reconstrução, após a busca por sobreviventes ter sido suspensa.

Tendas, colchas e outros artigos de socorro foram entregues às pessoas cujas casas passaram a estar inabitáveis ou em risco de ruir. As temperaturas caem muito abaixo de zero durante a noite, numa área com uma altitude média de cerca de 4.200 metros.

Mais de 1.600 réplicas foram registadas após o terramoto, que, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, teve uma magnitude de 7,1. O centro sísmico da China registou uma magnitude de 6,8.

O líder chinês Xi Jinping ordenou “todos os esforços de resgate para salvar vidas e minimizar o número de vítimas”, informou a Xinhua. As comunicações na área também foram restabelecidas, permitindo uma entrega mais fácil de bens de emergência, disse.

A China defende que o Tibete faz parte do seu território há séculos, mas muitos tibetanos dizem que foram independentes durante a maior parte desse tempo. O Exército Popular de Libertação da China invadiu o território em 1950 e o Dalai Lama fugiu para a Índia nove anos mais tarde, durante uma revolta contra o domínio chinês.

O Dalai Lama dirigiu uma vigília à luz de velas e uma cerimónia de oração em memória das vítimas, em Dharamsala, na Índia.

Questionado sobre a cerimónia de oração, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, afirmou: “Estamos muito conscientes da natureza separatista e dos esquemas políticos do Dalai Lama e permanecemos muito vigilantes”.

Quase 500 quilos de droga apreendidos ao largo do Algarve

A Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras (UCCF) da GNR apreendeu na sexta-feira 466 quilos de haxixe no mar, ao largo da costa algarvia, entre Faro e Armação de Pera (Silves), anunciou este sábado a corporação policial.

A apreensão da droga foi feita no âmbito das ações de patrulhamento e vigilância marítima efetuada na sequência do mau tempo, para localizar droga que pudesse estar a flutuar no mar ou tivesse sido arrojada para a costa, contextualizou a GNR num comunicado.

“No âmbito de uma operação de patrulhamento e vigilância marítima, os militares da Guarda detetaram vários objetos volumosos à deriva no mar. Após a sua recolha, constatou-se que se tratavam de fardos de serapilheira com produto estupefaciente no interior, num total de 466,7 quilos de haxixe”, informou a GNR.

O resultado desta ação demonstra a importância das operações de “patrulhamento intensificado ao longo da orla costeira” realizadas últimas semanas e que contribuíram para o “combate ao tráfico internacional de estupefacientes”, considerou a força de segurança.

Na quinta-feira, a GNR anunciou que tinha apreendido na quarta-feira 21.400 doses de haxixe e onze jerricãs de combustível na Praia da Quinta do Lago, no concelho algarvio de Loulé, no âmbito das ações de patrulhamento ao longo da costa algarvia realizadas na sequência do agravamento das condições climatéricas e de mar.

Na terça-feira, a GNR já divulgara a apreensão de 93,6 quilos de haxixe na costa algarvia no início da semana, em praias dos concelhos de Vila do Bispo e de Lagoa, após ações de patrulhamento por terra que detetaram o arrojo da droga para a costa do barlavento (oeste) algarvio.

A GNR garantiu que vai prosseguir com o seu compromisso com a segurança de Portugal e com a luta contra as redes de criminalidade transnacional e de narcotráfico que operam junto à costa portuguesa.

O regresso de Donald Trump à Casa Branca e o futuro da guerra na Ucrânia

Como ficam as sanções impostas à Rússia? E esta mudança política significa uma vitória de Vladimir Putin? As incertezas sobre o futuro do conflito agudizam-se, Zelensky e a Ucrânia terão de manter a resiliência. A análise abrange também a situação atual no terreno. Ouça os comentadores do Guerra Fria em podcast, programa emitido na SIC Notícias a 10 de janeiro.

José Milhazes e Nuno Rogeiro analisam a atualidade internacional. Todas as terças no Jornal da Noite da SIC e em podcast. Oiça aqui mais episódios:

Operadoras proibidas de cobrar pela portabilidade a partir de novembro

As operadoras de telecomunicações não vão poder cobrar encargos diretos pela portabilidade do número de telemóvel e os clientes vão passar a ser compensados pelos atrasos, segundo novas regras que entram em vigor em 10 de novembro.

“As alterações ao regulamento relativo à portabilidade de números pretendem reforçar a proteção dos consumidores”, explicou à Lusa fonte oficial da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), no seguimento da publicação em Diário da República, na quinta-feira, das novas regras para o processo que permite manter o número quando se muda de operador.

Das mudanças introduzidas, após o documento ter sido colocado em consulta pública em setembro de 2024, fonte do regulador destaca “a proibição de as empresas cobrarem encargos diretos pela portabilidade aos utilizadores finais titulares de contratos associados aos números”.

A introdução de uma nova compensação aos clientes por incumprimento do agendamento da “intervenção física na rede”, que obrigue à remarcação da mesma para outro dia, é outro dos pontos destacados.

O valor desta compensação foi fixado em 10 euros no novo regulamento, mas a Anacom alerta que só haverá lugar ao pagamento dessa compensação pelo prestador, isto é, da nova operadora contratada, “quando o incumprimento não se deva a motivos imputáveis ao utilizador final”.

Entre as mudanças realizadas, à boleia das alterações decorrentes da Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE), a entidade liderada por Sandra Maximiano destaca ainda a obrigação do prestador recetor (PR) assegurar que a portabilidade e a subsequente ativação de números ocorram na data expressamente acordada com o cliente “no prazo mais curto possível e até um dia útil a contar daquela data”.

Além disso, “em caso de cessação do contrato, e salvo se renunciar a esse direito no momento da desativação do serviço, o utilizador final mantém o direito de portar números do PNN [Plano Nacional de Numeração] para outra empresa”, acrescenta. Esta é uma das mudanças que vai além da atual Lei das Comunicações Eletrónicas. Enquanto esta estipula que esse direito se mantém pelo prazo mínimo de um mês, no regulamento específico para a portabilidade fixou-se que se mantém durante três meses.

Outras das alterações introduzidas no regulamento da portabilidade que não decorrem da entrada em vigor da LCE são direcionadas para as empresas do setor, nomeadamente a limitação do custo grossista que os operadores podem repercutir nas concorrentes pelo serviço. Agora, passa a ter um valor máximo de um euro.

G7 denuncia “falta de legitimidade” na tomada de posse de Maduro na Venezuela

Os líderes do G7 denunciaram “a falta de legitimidade democrática da alegada investidura de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela”, numa declaração emitida pelo Departamento de Estado norte-americano.

“Rejeitamos a contínua e repressiva busca do poder por parte de Maduro, à custa do povo venezuelano, que votou pela mudança de forma pacífica e em grande número a 28 de julho de 2024, de acordo com observadores independentes e registos eleitorais disponíveis publicamente”, lê-se no documento, divulgado na sexta-feira.

Representantes do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos condenaram também “de forma enérgica” a repressão que está a ocorrer na Venezuela contra a sociedade civil e membros da oposição, incluindo a líder da oposição María Corina Machado.

Na quintafeira, Machado disse ter sido brevemente detida pelas forças de segurança do Estado, acusação negada pelo Governo.

Maduro tomou posse na sextafeira para um terceiro mandato consecutivo, de seis anos, apesar de a oposição reivindicar a vitória nas eleições presidenciais de julho do candidato Edmundo González Urrutia, atualmente exilado em Espanha.

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“Numa democracia, nenhum líder político deve ser forçado a procurar refúgio fora da sua terra natal. Este desenvolvimento inaceitável realça a necessidade urgente de a Venezuela criar um ambiente no qual a participação democrática possa florescer sem medo de represálias”, disse o Grupo dos Sete (G7).

Os líderes do bloco manifestaram ainda solidariedade para com o povo venezuelano e “profunda preocupação” com “as detenções arbitrárias e outros abusos contra civis, incluindo crianças, jovens e ativistas, após os protestos democráticos pacíficos que ocorreram após as eleições e que se prolongam até hoje”.

O G7 defendeu um processo pacífico de transição de poder e “uma solução pacífica e democrática” para o país que respeite “a vontade democrática do povo venezuelano expressa nas eleições de julho”.

Maduro foi proclamado vencedor das presidenciais de 28 de julho com 52% dos votos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), considerado sob controlo do poder.

O CNE não divulgou as atas eleitorais das assembleias de voto, afirmando ter sido vítima de um ataque informático, um argumento considerado pouco credível por muitos observadores.

A oposição, que divulgou as atas eleitorais fornecidas pelos seus escrutinadores, garante que González Urrutia (sucessor de Corina Machado, que foi desqualificada pelas autoridades), obteve mais de 67% dos votos.

Não foi anunciada a presença de chefes de Estado estrangeiro na tomada de posse e mesmo o Presidente colombiano Gustavo Petro, próximo de Maduro, fez saber que não estaria presente.

A reeleição de Maduro gerou protestos em todo o país, em que morreram mais de 20 pessoas. O governo respondeu prendendo mais de dois mil manifestantes.

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