1h. Marcelo Rebelo de Sousa elogio discurso de Natal de Luís Montenegro

O olhar de José Manuel Fernandes e Helena Matos para os principais acontecimentos do dia. Programa aberto à participação dos ouvintes que quiserem dar a sua opjnião. Basta inscreverem-se pelo 910024185. Todos os dias às 10h10 na Rádio Observador.

Triunfos pautam virada de Hélder Cristóvão

É certo que o Penafiel ainda tem mais um encontro para disputar no campeonato antes de fechar 2024, mas o seu treinador, Hélder Cristóvão, já sabe que levará para 2025 um recorde pessoal, mesmo com uma derrota …

Por João Albuquerque

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Brasil preocupado com agitação social em Moçambique após anuncio de novo PR

O Governo brasileiro mostrou esta quinta-feira preocupação com a repercussão social em Moçambique após o anúncio da eleição do candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Daniel Chapo, como novo Presidente moçambicano.

“Manifestações, distúrbios de rua e fuga de detentos [prisioneiros] seguiram-se à decisão, com registo de dezenas de vítimas fatais e feridos”, disse o Governo brasileiro, que, recordando os laços de amizade entre os dois países lusófonos, “exorta, tanto o novo Governo quanto a oposição, à máxima contenção e ao diálogo sem pré-requisitos, com vista a garantir a paz, a estabilidade e os valores democráticos, e impedir o prosseguimento da violência pós-eleitoral”.

Na mesma nota divulgada esta quinta-feira pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil recomenda-se que os brasileiros residentes, em trânsito ou com viagem marcada para Moçambique “acompanhem a página e as ‘mídias’ sociais da Embaixada do Brasil em Maputo, mantenham-se informados sobre a situação de segurança nas áreas onde se encontram e evitem aglomerações”.

Pelo menos 252 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro, metade das quais apenas desde o anúncio dos resultados finais, na segunda-feira, segundo novo balanço feito nesta segunda-feira pela plataforma eleitoral Decide.

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Pelo menos 252 mortos em manifestações em Moçambique, metade desde segunda-feira

Ainda desde segunda-feira, aquela ONG contabilizou 224 pessoas baleadas, das quais 59 na cidade de Maputo e 37 na província de Maputo, bem como 43 em Nampula e 65 em Sofala.

Desde 21 de outubro, o registo da plataforma eleitoral Decide contabiliza 569 pessoas baleadas em todo o país, além de 252 mortos e seis desaparecidos.

Somam-se ainda 4.175 detidos desde o início da contestação pós-eleitoral, 137 dos quais desde segunda-feira.

Moçambique vive nesta quinta-feira o quarto dia de tensão social na sequência do anúncio dos resultados finais das eleições gerais, marcados nos anteriores por saques, vandalizações e barricadas, nomeadamente em Maputo.

O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou na tarde de segunda-feira Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 9 de outubro.

Conselho Constitucional proclama Daniel Chapo como Presidente. Manifestantes e polícia envolvem-se em confrontos por todo o país

Este anúncio provocou o caos em todo o país, com manifestantes pró-Venâncio Mondlane — que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos — nas ruas, barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.

Pelo menos 1.534 reclusos evadiram-se na tarde de quarta-feira da Cadeia Central de Maputo, de máxima segurança, disse o comandante-geral da polícia, afirmando tratar-se de uma ação “premeditada” e da responsabilidade de manifestantes pós-eleitorais e na sequência da qual morreram 33 pessoas.

Fuga de mais de 1.500 reclusos de cadeia de Maputo faz 33 mortos

Numa intervenção a partir da rede social Facebook, Venâncio Mondlane acusou as autoridades de terem propositadamente deixado sair estes reclusos, com o objetivo de manipular as massas e desviar o foco da sociedade.

Estónia propõe reforço de presença da NATO no Báltico face a possíveis sabotagens

O primeiro-ministro da Estónia, Kristen Michal, afirmou esta quinta-feira que consultará o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, sobre o aumento da presença da aliança militar no Mar Báltico, devido a incidentes suspeitos de sabotagem.

No dia de Natal, a ligação de corrente contínua EstLink 2 entre a Finlândia e a Estónia foi desligada da rede, anunciou o operador finlandês Fingrid, que não afastou a possibilidade de sabotagem e que garantiu na altura que o fornecimento de eletricidade não havia sido afetado.

As declarações de Michal, numa conferência de imprensa em Tallinn, surgem após o ministro do Interior, Lauri Laanemets, ter classificado como “um ataque” os danos causados aos cabos submarinos.

“É um ataque às nossas infraestruturas críticas”, reiterou o ministro, que sublinhou ainda ser o terceiro incidente do género num ano, e por isso “é difícil entender que se trata de um acidente aleatório”.

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“Os danos frequentes causados às infraestruturas vitais do Mar Báltico não podem ser acidentais ou aleatórios. Tornaram-se sistemáticos e devemos considerá-los como um ataque contra as nossas infraestruturas”, adiantou.

A polícia finlandesa abriu um inquérito por “sabotagem agravada” do Serviço Nacional de Investigação, sobre o incidente que ocorre pouco mais de um mês após a rutura de dois cabos de telecomunicações em águas territoriais suecas no Mar Báltico.

Nos incidentes ocorridos no Mar Báltico, as suspeitas recaíram sobre um navio de pavilhão chinês, o Yi Peng 3, que se encontrava na zona na altura da rutura dos dois cabos de telecomunicações.

O cabo EstLink 2 esteve parado durante grande parte deste ano para reparar os danos provocados por um curto-circuito que pode ter sido causado pelo seu complexo posicionamento.

Após o novo incidente, o ministro da Defesa da Letónia, Andris Spruds, manifestou a sua solidariedade para com a Finlândia e a Estónia e anunciou o reforço da vigilância do Mar Báltico.

“Os cabos submarinos danificados entre a Finlândia e a Estónia são um sinal preocupante que deve ser levado a sério. Apoiamos firmemente os nossos aliados finlandeses, estónios e outros aliados da NATO na proteção das nossas infraestruturas marítimas críticas”, declarou o ministro na rede social X.

“As Forças Armadas Nacionais da Letónia intensificaram a vigilância do Mar Báltico. A Marinha está a efetuar inspeções regulares às infraestruturas críticas”, acrescentou.

Em comunicado conjunto, a Comissão Europeia e a alta-representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, condenaram hoje “veementemente a destruição deliberada de infraestruturas da União Europeia (UE)”.

Há a suspeita de que a destruição dos cabos submarinos tenha sido provocada por um navio russo, o petroleiro Eagle S, alegadamente pertencente à “frota fantasma”, recentemente alvo de sanções pelos 27 países da UE.

Segundo o Ocidente, a chamada “frota-fantasma” russa é constituída por navios que transportam petróleo russo e contornam as sanções impostas a Moscovo na sequência da guerra contra a Ucrânia.

A UE considerou este incidente o mais recente numa “série que se suspeita serem ataques às infraestruturas críticas” do bloco comunitário.

Advogados pedem reflexão do que “se quer do país” face aos protestos e vandalismo em Moçambique

A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) apelou esta quinta-feira a uma reflexão do “que se quer do país” face aos protestos e vandalismo pós-eleitorais que se agudizaram após a proclamação dos resultados pelo Conselho Constitucional.

“É tempo de se parar e pensar o que se quer deste país. Temos de acreditar na grandeza da nossa nação e do seu povo para ultrapassarmos o momento atual”, lê-se num comunicado da OAM assinado pelo bastonário Carlos Martins.

“Temos de abandonar a presunção de um destino inglório, no espírito e na esperança. Devemos apostar ativamente num processo de renovação dos nossos valores, crenças e objetivos coletivos e individuais que nos conduzam à justiça social, mas sobretudo, ao bem-estar de todos”, acrescenta-se no documento enviado à comunicação social.

Em Moçambique, sobretudo a cidade e província de Maputo, ag os protestos contra os resultados eleitorais proclamados pelo CC, que atribuem a vitória à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e ao candidato presidencial que o suporta, Daniel Chapo.

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A proclamação rapidamente transformou as ruas de Maputo num caos, com a colocação de barricadas nas principais vias e vandalizações de infraestruturas públicas e privadas, resultando em confrontos entre manifestantes e a polícia moçambicana.

A Ordem alerta para a “institucionalização da anarquia” no país, do medo coletivo e de “pequenos poderes privados radicalizados”, criticando igualmente a atuação das Forças de Defesa e Segurança face à destruição de bens públicos e privados durante protestos.

“A fuga de prisioneiros da Cadeia da Machava (Cadeia Central de Maputo), a recuperação de alguns e a chacina que se seguiu de alguns desses prisioneiros capturados, injustificada tendo em conta que já se encontravam nas mãos e sob o domínio das autoridades, numa atuação propositadamente criminosa, revelam nessa injustificada forma de atuar, repugnante, uma sociedade doente, em que as lideranças perderam totalmente a autoridade”, lê-se na mensagem do bastonário Carlos Martins.

Pelo menos 252 pessoas morreram nas manifestações pós-eleitorais em Moçambique desde 21 de outubro, metade das quais apenas desde o anúncio dos resultados finais, na segunda-feira, segundo novo balanço feito esta quinta-feira pela plataforma eleitoral Decide.

De acordo com o mais recente balanço daquela Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana que monitoriza os processos eleitorais, com dados até às 9 horas (menos duas horas em Lisboa) de hoje, só desde 23 de dezembro já morreram nestas manifestações 125 pessoas, das quais 34 na província de Maputo e 18 na cidade capital, sul do país.

Desde 21 de outubro, o registo da plataforma eleitoral Decide contabiliza 569 pessoas baleadas em todo o país, além de 252 mortos e seis desaparecidos.

Somam-se ainda 4.175 detidos desde o início da contestação pós-eleitoral, 137 dos quais desde segunda-feira.

Fuga de mais de 1.500 reclusos de cadeia de Maputo faz 33 mortos

O Conselho Constitucional de Moçambique proclamou na tarde de segunda-feira Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17% dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Nyusi, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar, nas eleições gerais de 09 de outubro.

Pelo menos 1.534 reclusos evadiram-se na tarde de quarta-feira da Cadeia Central de Maputo, de máxima segurança, disse o comandante-geral da polícia, afirmando tratar-se de uma ação “premeditada” e da responsabilidade de manifestantes pós-eleitorais em que morreram 33 pessoas.

Numa intervenção a partir da rede social Facebook, Venâncio Mondlane acusou esta quinta-feira as autoridades de terem propositadamente deixado sair estes reclusos, com o objetivo de manipular as massas e desviar o foco da sociedade.

Imigração: debates e consensos

A imigração existe. Posto desta maneira singela pode parecer um truísmo. No entanto, e importante termos um debate sobre imigração começando pelo básico do básico. Os imigrantes irão entrar ou sair de forma legal ou ilegal. Consequentemente, o Estado terá de ter uma forma de lidar com eles. Os partidos políticos necessitam de fazer escolhas políticas sobre políticas públicas de imigração. Fingir que não há necessidade de o Estado usar procedimentos legais, burocráticos e racionalistas para lidar com o fenómeno não resolve nada e parece-se mais com um fenómeno psicanalítico de denial. Fazer alterações legislativas substanciais sem as discutir abertamente e de forma séria também não me parece correcto. O debate público, por muito que nos pareça superficial e estéril, cheio de espantalhos e melodrama, é parte essencial das funções representativa e responsiva da democracia.

O tema da imigração é extremamente sensível nas nossas democracias e susceptível de inúmeras falácias argumentativas e emotivas. Parece-me que importa relembrar duas coisas fundamentais. Em primeiro lugar, a democracia não exige fronteiras abertas: a democracia é um sistema onde as populações se governam a si próprias, e portanto se autodeterminam, através de decisões tomadas por maiorias, que se constroem e oscilam dentro de um demos – uma comunidade nacional – com relativa continuidade espacial e temporal. Do ponto de vista teórico, é perfeitamente possível imaginar uma democracia com uma política migratória muito expansiva ou muito restritiva, sem nunca colocar em causa os fundamentos éticos da democracia. Assim, a esquerda deve aprender a não rotular todos aqueles que querem restringir os fluxos migratórios como sendo anti-democráticos. É perfeitamente possível ser um democrata pleno e ter preferências políticas de restrição da imigração face ao status quo. É um debate político legítimo a ter numa democracia: qual o volume (números) de imigração desejado pela opinião pública, quais os critérios (selectividade) para imigração desejados e qual a extensão dos direitos que damos aos imigrantes que já cá estão de forma legal ou ilegal. Muito para além do caso concreto, as reacções ao caso do Martim Moniz foram mais um terreno onde as várias facções políticas tentaram avançar e fazer ouvir a sua posição no que toca ao assunto, crescentemente em voga nas democracias europeias.

Em segundo lugar, os nossos regimes de democracia liberal têm obrigação de tratar todos aqueles que já cá estão, ou estão sob alçada soberana do nosso Estado, com princípios mínimos de protecção da dignidade individual, do due process e da proporcionalidade, mesmo que estas pessoas sejam um inconveniente ou indesejadas pela maioria da população. Dado que vivemos numa ordem internacional de base territorial, o Estado é responsável pelo tratamento inevitável de quem já cá está, mesmo que tenha chegado de forma ilegal, e tem obrigação de tratar estas pessoas de acordo com certos princípios. Assim, a direita não deve aceitar todo o tratamento musculado de imigrantes por parte do Estado como justificável, mesmo que não os deseje ou queira desenhar políticas migratórias mais restritivas do que as actuais.

Nem todos iremos concordar sobre o equilíbrio ideal entre as restrições à liberdade individual que aceitamos em troco da manutenção da ordem pública que queremos na nossa sociedade. Mas o princípio da proporcionalidade parece-me sensato: quanto maior a ameaça potencial, mais musculados os meios do Estado e vice-versa. Também não me parece correcto fazer racial ou social profiling, isto é, ter as forças de segurança a aplicar modos de actuação diferentes para níveis de violência, ameaça ou desordem semelhantes, consoante apenas a composição étnica ou social da zona ou dos indivíduos. O grau de proporcionalidade na acção do Estado deve ser semelhante independentemente do estatuto do indivíduo.

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No entanto, há muito mais consensos nas nossas sociedades sobre o tema da imigração do que se possa pensar. Em Portugal, um estudo recente da Fundação Francisco Manuel dos Santos, revelou que os eleitores do PS e da AD (a maioria do eleitorado) têm opiniões muito semelhantes e concordam acerca do nível desejado de imigração, os direitos a atribuir aos imigrantes, bem como sobre políticas de reagrupamento familiar e naturalização. Pelo contrário, os eleitores do Chega têm claramente posições mais restritivas, mas também são uma minoria no que toca ao eleitorado como um todo.

Na verdade, na maioria das democracias avançadas que recebem imigrantes, há uma pequena minoria (10 a 20%) de pessoas que deseja uma política aberta muito expansiva, mesmo que tal implique fazer sacrifícios para acolher mais imigrantes. E há também uma pequena minoria de tamanho semelhante (10 a 20%) que afirma ser contra todos ou quase todos os tipos de imigração. Mas a vasta maioria da população não é nem uma coisa nem outra. A maioria da população não é xenófoba nem ultra-internacionalista, mas sim “altruístas nacionalistas”, no termo do investigador Alexander Kustov: pessoas que colocam o bem-estar dos seus concidadãos como mais importante e mais prioritário do que o bem-estar de pessoas de outros países. Quase ninguém (tirando uma pequena minoria internacionalista) está disposto a ajudar imigrantes se isso implicar um custo negativo para os seus concidadãos. Ou seja, a maioria das pessoas tem preferências condicionais no que toca à imigração: desejam imigração desde que tal seja percepcionado como benéfico para o seu país. Nestes benefícios encontram-se não apenas os benefícios económicos mas também outros aspectos de transformação sociocultural. Naturalmente, pessoas diferentes têm preferências pessoais diferentes sobre o valor relativo de uma coisa e de outra.

Importa relembrar que os principais beneficiários da imigração nas nossas sociedades são as classes altas e médias-altas: aqueles que têm empresas que utilizam mão-de-obra imigrante e aqueles que consomem mais intensamente os serviços que usam mão-de-obra imigrante mais barata (restauração, limpeza e ajuda doméstica, entregas ao domicílio, motoristas, etc). As classes médias-altas e altas utilizam muito mais estes serviços, e portanto têm um benefício pessoal muito mais elevado, do que as classes médias-baixas e baixas. Essas classes médias-altas e altas também contactam muito mais com imigrantes com altas qualificações e perfil socioeconómico elevado na sua vida. E costumam viver em bairros privilegiados, que partilham com imigrantes do seu perfil educacional e socioeconómico.

Por outro lado, as classes médias-baixas frequentemente sentem que não veem benefícios concretos da imigração nas suas vidas. A investigação sobre o impacto da imigração de baixas qualificações na evolução salarial dos trabalhadores nesses sectores é variada (impacto nulo, negativo ou positivos consoante os estudos e casos analisados). Mas parece certo que estas camadas da população beneficiam menos deste tipo de imigração do que as camadas mais altas, cujo perfil económico é complementar (e não substituto) da imigração de baixa qualificação. Parece também largamente aceite por todos que, muitas vezes, os benefícios da imigração para as classes médias-baixas não são visíveis, enquanto os seus custos muitas vezes são mais visíveis do que para as classes altas – mais pressão em infraestruturas e serviços públicos nas suas zonas, por exemplo, ou transformações dos seus bairros que não apreciam (seja qual for a razão, mesmo que estética).

A melhor maneira de gerar consenso sobre imigração na sociedade é fazer com que a maioria dos cidadãos a veja como benéfica para o país como um todo. Não é uma motivação satisfatória do ponto de vista das teorias filosóficas e éticas de justiça global – na medida em que é uma motivação utilitária e que apela aos interesses egocêntricos das populações nacionais – mas tende a ser a realidade da opinião pública na maior parte dos países.

Aursnes lesiona-se e está em dúvida para o Sporting-Benfica

Más notícias para Bruno Lage! Fredrik Aursnes está lesionado e em risco de ficar de fora do dérbi de Alvalade, frente ao Sporting. As poucas informações que foram partilhadas indicam que não parece ser um problema grave, mas o alerta soou no Seixal.
Apesar da folga para a maioria do plantel, o internacional norueguês fez ontem trabalho individual no Benfica Campus, acabando por se lesionar. Nesse sentido, fez exames no Hospital da Luz. O técnico estuda agora a melhor solução, caso a indisponibilidade se confirme. Florentino, que começou a partida com o Estoril no banco de suplentes, prepara-se para regressar à titularidade com os leões, mas falta perceber se Lage irá fazer mais alguma mexida no onze. Leandro Barreiro também pode compor o miolo.

Época de azares

Aursnes, de 29 anos, é um jogador muito cauteloso com a forma física e o seu historial de lesões é muito curto. Efetivamente, na Holanda, ao serviço do Feyenoord nunca se lesionou e, nas duas primeiras épocas de águia ao peito, só uma vez tinha parado devido a problemas físicos. Um cenário totalmente diferente, em 2024/25.

Em agosto, o médio sofreu uma lesão muscular na coxa direita, frente ao Est. Amadora, e ficou de fora algumas semanas. Agora, pode voltar a parar, algo a que não está habituado. O facto de ser um dos mais utilizados pode ajudar a explicar este dado. Das 22 partidas em que foi opção, só numa delas não foi titular, e fez os 90 minutos em 13 encontros.

O jogador, que recentemente renovou contrato com o Benfica, até 2029, pode agora ser obrigado a parar e juntar-se assim a Tiago Gouveia no boletim clínico dos encarnados.

[artigo atualizado às 00:36]

PCP de Portalegre considera reposição de freguesias “insuficiente” e “tardia”

O PCP de Portalegre congratulou-se, esta quinta-feira, com a aprovação no Parlamento da reposição de cinco freguesias no distrito, mas considerou que esta “correção” das extinções que ocorreram em 2013 é “insuficiente” e “peca por tardia”.

Em comunicado divulgado esta quinta-feira, a Direção da Organização Regional de Portalegre (DORPOR) do PCP lembrou que “sempre discordou da forma antidemocrática e lesiva das populações como o Governo PSD/CDS-PP impôs a extinção de freguesias”, em 2013.

Por isso, a estrutura comunista “congratula-se agora pela reposição de cinco freguesias no distrito de Portalegre”, a qual, contudo, “é insuficiente e só peca por tardia”, pode ler-se.

“Para tal atraso e insuficiência na correção dessas extinções não são alheias as ambiguidades do PS, que não achou suficiente oito anos da sua governação para reparar esta injustiça”, criticou.

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A DORPOR do PCP recordou ainda que o partido votou favoravelmente à reposição “de todas” as freguesias no grupo de trabalho parlamentar criado para o efeito.

No distrito de Portalegre foi aprovada a reposição das freguesias de Terrugem e de Vila Boim, no concelho de Elvas, e de Ponte de Sor, Tramaga e Vale de Açor, no concelho de Ponte de Sor.

O Grupo de Trabalho — Freguesias rejeitou, por sua vez, a desagregação da União de Freguesias de Carreiras e Ribeira de Nisa, no concelho de Portalegre.

No comunicado, a DORPOR lamentou que “não tenha sido respeitada a vontade das populações que, no distrito, se pronunciaram favoravelmente à reposição da sua freguesia”.

No dia 17 deste mês, o Grupo de Trabalho — Freguesias votou a favor de 124 processos de desagregação de freguesias no país e excluiu outros 64 por não reunirem condições, segundo um relatório ratificado na comissão parlamentar do Poder Local.

Eis como fica a lista de freguesias segundo as propostas de desagregação aprovadas pelo grupo de trabalho no parlamento

Esta desagregação pode levar mais de 270 freguesias à situação em que estavam antes da reforma administrativa de 2013.

Lukashenko: Bielorrússia vai receber “uma dúzia” de Oreshnik, os novos sistemas de mísseis hipersónicos russos

A Bielorrússia vai receber uma dezena de novos sistemas de mísseis balísticos hipersónicos Oreshnik, produzidos pela Rússia, anunciou esta sexta-feira o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

“Penso que, por enquanto, [vamos receber] uma dúzia e depois veremos”, disse Alexander Lukashenko na cimeira da União Económica Eurasiática, em São Petersburgo, na Rússia.

O chefe de Estado bielorrusso, um reconhecido aliado de Moscovo, acrescentou ainda que, se a Rússia tiver intenção de “instalar mais” mísseis na Bielorrússia, o seu país também os aceitará.

O Presidente russo, Vladimir Putin, já havia afirmado que os alvos visados pelos mísseis instalados na Bielorrússia poderiam ser definidos por Minsk.

A presidência russa detalhou também que a entrega dos mísseis Oreshnik ao seu aliado só seria possível no segundo semestre de 2025.

Em 21 de novembro, a Rússia disparou pela primeira vez os novos mísseis hipersónicos Oreshnik contra uma fábrica em Dnipro, no sudeste da Ucrânia, argumentando na altura que a manobra era uma resposta à utilização de armas ocidentais contra o território russo.

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Na altura, o líder russo afirmou que tinha testado em condições de combate “um dos mais recentes sistemas de mísseis russos de médio alcance“, que não pode ser intercetado por nenhum sistema de defesa aérea.

Desde então, a Rússia não voltou a utilizar os mísseis hipersónicos Oreshnik na Ucrânia.

Em resposta aos bombardeamentos contra as suas infraestruturas e cidades, a Ucrânia intensificou os ataques às instalações energéticas russas para perturbar a logística do exército de Moscovo, que ainda ocupa quase 20% do território ucraniano.

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 – após o desmoronamento da União Soviética – e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

Orca que carregava cria morta em “sinal de luto” em 2018 deu à luz novamente, mas peritos estão preocupados

Na passada sexta-feira, cientistas reencontraram a orca Tahlequah com uma nova cria.

A orca tinha sido avistada em 2018 a viajar mais de 1.000 milhas ao longo de 17 dias com a sua cria morta, em suposto “sinal de luto”.

De acordo com o Center of Whale Research, o novo avistamento da orca teve lugar no estuário de Puget, no estado de Washington, nos EUA. No entanto, após observação do comportamento de ambos os animais, os especialistas estão preocupados.

A nova cria é uma fêmea e foi batizada pelos cientistas de J61.

Numa publicação divulgada na rede social X, o Orca Conservancy, organização sem fins lucrativos, refere que “a cria foi observada a ser empurrada pela cabeça por J35 [nome formal de Tahlequah] e não parecia muito ativa, o que é uma preocupação”

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